13|| All I know is I was, enchanted to meet you

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Lá estava eu de novo esta noite, forçando o riso, fingindo sorrisos, o mesmo lugar velho e solitário... paredes de falsidade. Olhares perdidos e vazios sumiram quando eu vi o seu rosto... Tudo o que posso dizer é que foi encantador conhecê-lo. Seus olhos sussurraram "já nos conhecemos? " Do outro lado da sala sua silhueta começa a fazer sentido pra mim. A conversa brincalhona começa contra todas as suas observações, rápidas como passar bilhetinhos...E foi encantador conhecê-lo... Tudo que posso dizer é que eu estava encantada em conhecê-lo. Esta noite está vibrante, não a deixe acabar... Estou perplexa, corando todo o caminho até em casa. Vou passar a eternidade me perguntando se você sabia que eu estava encantada em conhecê-lo? A pergunta persistente me manteve acordada, 02: 00, "Quem você ama? " Pergunto-me até que eu esteja bem acordada. Agora estou para lá e para cá, querendo você à minha porta. Eu abriria e você diria: "Fiquei encantado em conhecê-la..."

É o que Taylor Swift diz em sua Enchanted. E agora fazia todo sentido. Eu não estava triste por ter levado um fora dele ontem a tarde... Eu não sei bem o que estava sentindo, é como se sei lá, de repente eu não era suficiente o bastante para um cara do porte de John se interessar por mim. Eu só queria poder mais experiencias nesses assuntos. Por que tenho certeza que se tivesse, saberia lidar melhor com que estou sentindo. Eu fui dormir ontem com a cabeça cheia de coisa, e passei o dia de hoje com a cabeça cheia de coisa.

Era por isso que até agora eu não tinha me interessado em ninguém, viu o que se interessar por alguém faz a você? Eu só me encantei com John, e depois de ontem tudo virou essa grande coisa esquisita. Esse era um dos motivos para eu sempre escrever romances e não os viver, alguém sempre sai machucado disso. Por que estou reclamando tanto disso? Porque estou tão irritada? Ele se acha tão suficiente assim, que é tão horrível que eu tenha me interessado nele?

"Eu te odeio, John!", arremesso uma almofada pelo quarto. "Já ouvi isso antes!", NÃO! Seguro no corrimão de madeira e olho baixo. E meu coração para por milésimos de bater. Ele estava todo de preto, e molhado. Estava chovendo desde as 19hrs, e agora era pouco mais que 21hr da noite. "Porque... O que... John, por você esta aqui?", ele não espera eu convida-lo para subir, para vir até onde estou. "Bem, eu acho que te devo um pedido de desculpas...", diz subindo as escadas. Eu me sento na cama, e ele se escora no corrimão onde eu estava antes. "Acho que fui estupido com você ontem, Annie... E sinto muito.", levanto a mão. "Para. Para bem ai.", me levanto ficando cara a cara com ele. Seus cabelos estão pingando água, vou até o gaveteiro pego uma toalha -rosa-, e entrego a ele, que me devolve um sorrisinho. "Nenhum pio.", aviso. Ele seca os cabelos de uma maneira nada delicada e masculina, passa a toalha pelo casaco preto, e a pendura no corrimão. "Me deixa terminar de falar agora?", faço que sim com a cabeça. "Marie, eu perdi Katy á três anos... E desde então, nenhuma garota com a qual me envolvi, saiu bem de um relacionamento comigo. O problema sou eu, entende? E por mais piegas que isso pareça ser, é a verdade. Eu fui machucado em escalas enormes, eu não sei mais corresponder o sentimento... Me desculpa.", ele diz aquilo com tanto pesar, que sua voz fica mais profunda, quase embargada. John ajeita a bagunça que está meus longos fios loiros, e sorri, batendo indicador em meu nariz. "E você, querida, Marie... Você não merece um cara como eu. Você merece alguém que te faça sentir todas essas coisas novas, e completamente amáveis.", ele acaricia minha bochecha. "Merece um cara que cuide de você, que seja seu amigo, e te ame incondicionalmente... E eu não acho que posso ser esse homem para você. E sendo completamente honesto, não é que eu não tenha me encantado com você... Porque sim, me encantei. É que eu não faço joguinhos, e não quero magoar você."

Esse homem é real? Ou estou alucinando? Ele realmente estava aqui na minha frente dizendo tudo isso, mesmo? Como ele conseguia ser tão honesto desse jeito?

"Foi por isso que insisti para você me falar o que estava pensando. Você pode dizer o que sente, Annie. Eu não quero nada alem da sua honestidade, por é tudo o que eu tenho sido com você.", ele ajeita uma mecha do meu cabelo atras de minha orelha. "E acredito...Na verdade, pelo oque sua amiga Molly disse, você nunca nem ao menos foi beijada, certo?", concordo com a cabeça. "Me diz, Annie. Usa essa boca para alguma coisa. Você não é assim tão tímida. Sua amiga Teddy que é.", tadinha da Tegan, até ele zoa minha bichinha. "A Molly fala demais. Mas você está certo, eu sou essa garota desinteressante do interior.", dou de ombros, e ele arqueia uma sobrancelha. "Eu não disse isso, disse?", ele segura minha mão. "Não. Não disse, mas eu sei que sou. Não é como se eu fosse uma dessas top models, ou sei lá, uma dessas garotas capas de revista... Eu sou... normal.", ele ri balançando a cabeça, e me puxa num abraço me deixando sem sabe o que fazer. Apenas deixo minhas mãos caírem rentes ao meu corpo. "Você pode me abraçar se quiser, Annie. Não é errado.", com muito receio, é o que eu faço. "Você é extraordinaria, moça. Se tem algo que você não é, é desinteressante. Você já se ouviu falando?", ele se afasta o suficiente para olhar em meus olhos. "Você é super articulada quando conversa. Fala sobre tantas coisas com propriedade... E você tem apenas 25 anos... Não viveu nada ainda.", acabo rindo. "Da maneira que você diz, parece que você tem 80, ao invés de 41. Você não é tão velho assim, Johnny. Se tá enxutão!", ele gargalha. "Tá vendo só? Você consegue ser sincera. É isso que eu gosto em você...", prendo a respiração. "Sim, Marie, eu gosto de você. Gosto de passar tempo com você. Gosto de conversar com você. Na verdade, você é praticamente a unica pessoa que eu tenho conversado nos últimos tempos."

DEAR MARIE [JM] 1Onde histórias criam vida. Descubra agora