32|| You're an angel, tell me you're never leaving

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~ JOHN'S POV 🌺

Marie não sabia, mas ela corria mais perigo ficando em Connecticut,  do que talvez estaria em Paradise Valley. Primeiro, que se ela tivesse decidido em voltar para lá, eu poderia mandar Downey ou Lena, para ficar na cola dela. Para cuidar de sua segurança enquanto eu precisasse ficar aqui. Eu poderia me preocupar muito menos com ela longe, podendo terceirizar sua segurança... Mas, não é algo que eu quero... Ficar longe dela não é algo que eu queira. Me acostumei em olhar para o outro lado da cama, e ela estar aqui, deitada, serena e com o semblante tranquilo. Eu gostava de sentir sua presença pela casa, quando estou cozinhando, e ela entra na cozinha vestindo um dos meus pijamas, com os cabeloa loiros soltos, parecendo fios de ouro em torno de seu pescoço. O modo como ela sempre rebate uma piada maldosa minha, porque ela tem essa língua afiada. Gosto de sentir o  sabor de seus lábios, que me lembrava chiclete, quando sua língua tocava a minha. Marie me fazia querer todas as coisas que achei que tinha perdido quando Katy foi assassinada... Por um tempo achei que jamais fosse me conectar com alguém de novo, porque querendo ou não, sou amaldiçoado. Eu sei disso! Nunca nada vem fácil para mim, e quando vem, há sempre complicações no meio. Que nem estar com Marie, é fácil ficar aqui assistindo ela dormir, vestindo apenas a camisa azul estampa de flores, que eu vestia ontem quando nos deitamos. Ela estava se descobrindo comigo, e me fazendo experimentar sensações que nunca imaginei que pudessem existir antes. Tirei um pouco de cabelo que, cobria seu rosto e beijei a bochecha dela. O sorriso que ela deu, mesmo dormindo, me fez sentir como um adolescente idiota. Eu gostava de provocar sensações tipo essas nela. Sensações como, agora, eu estar passando as pontas de meus em sua coxa, enquanto ouço barulhos satisfeitos virem de sua garganta. De ir beijando seu corpo, até seus olhos estarem completamente abertos e ela estar rindo enquanto beijo seu pescoço. "Bom dia para você também, senhor Mayer.", essa garota não sabe que o ponto fraco desse homem aqui, é ouvi-la me chamar assim?, "Bom dia, flor de cacto.", beijo sua testa afastando seus cabelos novamente. "Dormiu bem?", ela concorda que sim com a cabeça. "Que bom!", toco seu rosto com a mão. "Queria levar você há um lugar hoje...", ela se senta animada na cama. "Onde?", seus olhos curiosos,  azuis esverdeados me sondam. "Hum... No centro da cidade. Você disse que queria trabalhar na biblioteca,  vou levar você lá para te apresentar Nathaniel, um dos caras mais legais de lá!", Seus olhos se iluminam e ela me abraça jogando nós dois no chão. "Ai!", ela levanta de cima mim, se desculpando. "John, ai meu Deus! Me desculpa! Você está bem?!", me sento rindo. "Sim. Talvez fique com um roxo no braço por ter jogado o peso para um lado só, para não machucar sua cabeça, mas tudo bem.", ela faz uma careta. "Bobo", puxo ela para o meu colo. "Você quer realmente ficar, né?! Não está ficando porque se sente obrigada, certo? Por que, Annie, eu odiaria...", ela me beija. "Para de falar.", correspondo seu beijo aoa risos e me afasto para vê-la. "É sério, anjo.", insisto. Odiaria saber que ela ficou porque se sente obrigada, ela pode ir para casa se quiser, não é como se eu fosse deixar ela simplesmente sair assim da minha vida. Eu voltaria a Paradise Valley por ela. "Sim. Estou ficando porque quero ficar. Passei toda a minha vida em Montana. Vim poucas vezes em Nova York,  antes de te conhecer. E gosto da ideia de ficar em Connecticut por um tempo.", ele me beija de novo. Diabo de mulher! Ela é uma perdição. "Se eu não disse ainda, saiba que você é linda. E a luz do sol, parace um anjo.", assistir suas bochechas corarem era sempre uma experiência maravilhosa. Beijei sua bochecha, parando um tempo para observar cada pedacinho desse lindo rosto em minha frente. Marie costuma dizer que meu olhar faz com ela fique desconsertada, como se eu estivesse sempre tentando ver sua alma. E na verdade, eu apenas gostava de admira-la. Gostava de ver seus olhos curiosos tentando adivinhar o que eu pensava. E gostava ainda mais das expressões que seu rosto faziam, quando ela desistia. Como agora. Esse revirar dos olhos, e o bufar de desistência. "Para de olhar para mim assim. Não há nada demais em minha alma, homem!", ela ri. "Tem muito mais do que você imagina!", bato com meu dedo indicador no nariz dela. "Agora, levanta. A gente vai tomar café no centro da cidade."

DEAR MARIE [JM] 1Onde histórias criam vida. Descubra agora