43|| I never be the same

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Hoje parei para analisar essa parte da minha vida. A de uma garota do campo vivendo com um homem 16 anos mais velho que ela e tendo uma das fases mais intensas de sua vida... E me peguei imaginando como monha vida seria depois de John... Ele é um homem intenso. Cada coisa que ele faz, transborda isso. Por tras de toda a cara amarrada, que ele adora exibir atras de seus óculos escuros, existia um homem profundo, intenso e vulnerável. 

Era algo que me fazia pensar muito... Tanto, que mesmo estando trabalhando neste exato momento, estava pensando nisso. Eu amava o fato dele se sentir tão seguro em se abrir comigo, que não tinha medo de se expor. John era despido de muita coisa, apesar da cara mostrar outra coisa, ele era um cara muito pró coisas boas. Ele era a favor de tudo que trouxesse felicidade de forma boa em sem danos.

Sinceramente, eu o achava deveras fora da caixa, e hoje em dia é bom saber que ainda existem caras assim... Não estou querendo dizer que esse homem é algum tipo de anjo, porque ele não é. Mas, digamos que dos demônios,  ele era o que tinha o coração mais quente.

John é terrivelmente, sexy, daquele jeito que só os librianos (segundo algo que eu li recentemente), conseguia ser. Ele tem essa coisa com olhar, que parecia despir você. E a cada arqueada de sobrancelha, eu sentia toda minha força se esvair... Adorava o fato de como ele era muito doce, e muito bruto. Como uma criança, sabe? Que hora é toda delicada e fofinha, e então de repente muda e tá la querendo brincar com você das coisas mais peraltas possíveis. E assim era o homem. Meu homem? Sim... Acho que sim. Toda vez que me colocava a pensar no fato de dormir todas as noites ao seu lado, em seus braços, eu achava que estava vivendo uma fantasia, e que uma hora, como em Show de Truman,  eu começaria a achar que algo estava errado, para descobrir que a vida como eu acho que é um reality show.


Quando meu expediente acabou, e eu subi na bicicleta para vir para casa, o sol clareava todo i caminho. E apesar de estamos no verão,  estava um dia frio.

Pedalar de volta para casa, era uma das coisas que aprendi amar em Fairfield. O bairro onde moravamos, era bem perto da biblioteca,  mas eu gostava de fazer um caminho mais longo para aproveitar para apreciar a vista. Eu gostava de fechar os olhos e sentir a brisa fria do mar bater em meu rosto, o que era algo muito comum aqui. De um lado você tinha a praia, e do outro casas e arvores. Connecticut era uma graça,  e cada dia que passava aqui mais me encatava por ela.

Quando entrei na rua, de longe notei uma movimentação estranha na rua, havia um caminhão do corpo de bombeiros e alguns carros de polícia logo a frente,  e quanto mais eu pedalava, mais entre a bagunça de pessoas eu ficava, até eu perceber que a casa em que eles estavam em frente era a de John.

Parei a bicicleta, a larguei no chão antes mesmo de estar na calçada da casa e corri até eles, só para colocar as mãos na cabeça ao perceber que na verdade era a casa a frente da nossa que havia pegado fogo. Coloquei minhas mãos em meus joelhos e respirei fundo aliviada.

Quando me acalmei o suficiente,  voltei até onde a minha bicicleta estava, a peguei e voltei a empurrando até estar na garagem da casa. Deixei ela lá,  e entrei pela porta da cozinha. Fui  até a geladeira, deixando minha bolsa sobre a bancada, e me servi de água, e então quando estava entrando na sala, um nenem preto veio correndo e abanando o rabo em minha direção: Moose.

"Ei meu amor!", me abaixei no chão para abraçar o labrador preto. "Seu pai resolveu mandar buscarem você?", faço carinho em sua cabeça e ganho uma lambida. "Aw. Você é uma coisa mesmo.", em cima da mesa tinha um bilhete escrito a mão por John:

"Vou ficar fora por 2 dias, Mama. Desculpa não ter ligado para avisar, mais foi de última hora e eu precisava ir o mais rapido possível.

Já fazia uns dias que eu havia pedido ao pessoal do rancho pra mandarem, Moose para casa, e bom, aqui está ele lambendo minha cara enquanto tento escrever isso... Espero que ele te faça companhia nesses dois dias.

Me liga assim que encontrar o bilhete, ok? 

Com amor,

Seu Johnny ♡"


Ele realmente desenhou um coração depois do nome dele!? MEU DEUS, esse homem não existe!

Peguei meu celular no bolso de traz da calça e disquei o número dele.

Ele atendeu no segundo toque.

"Ei... Você achou meu bilhete.", ele diz assim que atende.

"Sim. Acabei de le-lo. O que foi tão urgente que você teve que viajar assim do nada?", pergunto.

"Estamos seguindo uma linha de investigação. Eu não queria deixar você sozinha ai na cidade,  mas preciso estar com a equipe, e-", o interrompo. 

"Não precisa se desculpar. Está tudo bem. Você tem trabalho a fazer."

"Você é a melhor,  Annie. Obrigado por ser comprensiva.", dou risada.

"Sem problemas. Não é como se eu tivesse muita escolha, né?!", digo divertida e ele dá risada.

"Como foi seu dia de trabalho? Cansativo? Pensou muito em mim?", ouço o barulho de água. 

"Foi cansativo, mas bacana.  Como sempre Nate me fez rir até o refrigerante sair pelo meu nariz no almoço... Mas não é nada novo sob sol.", ele gargalha. "E pensar em você?  Desde quando eu faço isso? Eu hein!!", digo brincalhona.

"Eu pensei em você o dia todo hoje. Falo mesmo.", continuo a ouvir agua cair. "Você está tomando banho enquanto fala comigo?", o barulho de água para.

"Sim. Qual o problema?", reviro os olhos.  "Ai, John. Minha vida nunca mais vai ser a mesma, depois de você.", suspiro. "Eu sei. Eu causo esse efeito nas garotas.", ele diz., "Babaca!", digo e ele ri. "Sim. Mas, não.", ele responde.

Passamos alguns minutos conversando até ele desligar e eu voltar minha atenção ao labrador deitado em frente a lareira. 

"Seremos só você e eu nessa casa por 2 dias Moose. Nós vamos nos divertir pelo bairro.", ele mal se move. Eu virei mesmo a maluca que fala sozinha.

Obrigada, John Mayer, muito obrigada.

DEAR MARIE [JM] 1Onde histórias criam vida. Descubra agora