Sentimento Louco 》 NJR

- eu não quero!

M A N U E L A
— Deixa eu te contar, fui hoje com o Dan olhar nosso apartamento, simples, mas é nosso. Ele não aguentava mais ficar lá com a mãe e o padrasto, ele dizia que tirava a privacidade dos dois, se ele tira, imagine eu?

Eu falava com a Rafa, na mesa de um restaurante no centro de Paris.

— Que legal amiga, quero ir com vocês comprar todos os móveis. — Ela falava animada enquanto comíamos um pétit gateau.

— Gente, isso aqui é maravilhoso. — Eu experimentava o doce no meu prato. — Mas sim Rafa, não vai ter muita coisa não, vamos comprando aos poucos.

Já tinha alguns dias que eu não encontrava o Junior, até mesmo bloqueei o contato dele do meu WhatsApp, eu preferir fazer isso antes que meu coração criasse um sentimento louco por ele, e seguir o conselho que ele de uma certa forma me deu, resolvi cair fora.

— E seu irmão, cadê? — Perguntei rápido, fazendo a Rafa me olhar e rir.

— Eu sabia que você não ia conseguir segurar. — Ela suspirou me olhando.

— Não cara, eu só to querendo saber mesmo... — Eu tentei disfarçar e logo coloquei mais uma colherada da minha sobremesa na boca pra não precisar continuar falando.

— Você bloqueou ele não foi? — Eu afirmei e ela riu. — Ele perguntou por você todos esses dias, e eu só falo que você tá bem.

— E eu realmente estou. — Dei nos ombros.

— Hm, tá bom! Me conta vai, você chegou a se apaixonar por ele?

Eu não tinha por onde correr, a Rafa apesar de ser irmã do jogador em tão pouco tempo viramos verdadeiras amigas.

— Não é bem apaixonada. — Eu larguei meu prato de lado e resolvi me abrir com a Rafa. — Eu comecei a criar uma sei lá Rafa, dependência dele, dependência do sexo com ele, sabe?

— Ulalá! — Ela fazia graça e eu também rir.

— Sério poxa. — Eu tentava ficar seria. — E isso de certa forma tava me deixando vulnerável a ele, ele só fazia estalar os dedos e eu tava lá, já deitada na cama com ele.

— O poder do pretinho né? — Rafa brincou mais uma vez e eu a olhei seria, segurando o riso. — Tá, parei ..

Ela levantou as mãos em sinal de rendição.

— Então preferir cair fora, antes que eu acabe arriada por um cara escroto né? — Dei nos ombros. — Desculpa, é seu irmão, mas em termo de mulher ele é um bom filho da puta.

— Mas ele é mesmo. — Rafa gargalhou escandalosa e eu bati no braço dela. — Vamos mudar o assunto, meu pai tá chegando hoje, e minha mãe já me mandou mensagem exigindo a sua presença lá.

— Aí meu Deus, eu querendo fugir do boy problema, e você querendo me levar pro lugar que ele vai tá Rafaella?

J U N I O R
— Meu pai deve tá chegando agora. — Olhei no relógio após sentar ao lado da Bruna.

— Dessa vez ele demorou lá, né? — Ela me respondia mais não tirava os olhos do celular.

— Ele tava resolvendo uns lances do instituto. — Mudava os canais com a intenção de achar algo bom.