Mas quando te vejo com ela
A minha mão gela
A minha boca vai secando, eu vou ficando muda
Ô meu Deus me ajuda, o que é que eu vou fazer?
Eu sei que 'tá com ela pra manter as aparências
Mas nas suas horas de carência você vem me ver
• todos os direit...
M A N U Eu me ajeitava no carro, em um estacionamento exclusivo do hospital, tinha muita gente da impressa lá fora, e o Big aconselhou ao Júnior a utiliza esse estacionamento.
— To toda costurada aqui, que horror. — Reclamei sentando na cadeira do carro com dificuldade. — Nunca mais na vida quero passar por isso, me dói até a alma.
— E o outros 10 que teremos? — Júnior me perguntou também entrando no carro enquanto ria.
— Com você eu não tenho mais nada meu filho. — Falei também rindo.
— Aí aí, duvido! — Rafa completou.
— Tenha você Rafinha, eu já tive a Tininha e pronto. — eu afirmei apontando para ela.
— Quem vê até pensa .. mas cadê aquele amor que estavam até ontem? — Tia Nadine perguntou.
— Foi só a emoção mesmo. — Falei revirando os olhos enquanto ajeitava a Valen na cadeirinha. — Vai devagar viu, Junior? Eu tô sentindo meus orgãos sambando dentro de mim.
— Só por isso vou pisar fundo! — ele dizia rindo e eu revirei os olhos e encarei a tela do meu telefone.
A minha mãe me ligava de meia em meia hora, ela já sabia do nascimento da Vallentina, estava vindo pra cá, o Gabriel acompanharia ela, era a hora de eu contar a ela quem era o pai.
Ela era totalmente alheia ao mundo digital, a fofoca de famosos então ela realmente não fazia ideia de quem era o pai da Valen.
Acredito que ela faça ideia de que seja de algum homem comprometido, afinal eu sempre corri dessa pergunta.
— Minha mãe chega amanhã, não sei como falar com ela. — Falei assim que sentei, com dificuldade, no sofá da sala.
— Eu quero estar presente... — Júnior falou enquanto balançava a Vallen no colo.
— Primeiro eu converso com ela... — Falei encarando o mesmo. — Eu preferia até mesmo receber ela na minha casa. — Suspirei.
— Não vou concordar com isso Manu... — Nadine me encarou.
— Porque você não pede pro Gabriel já vim conversando com ela? — Rafa me perguntou.
— Nem pensar, ela tem que ouvir da minha boca. — Suspirei.
Eu começava a me adaptar a Vallentina, mas ainda sim ela parecia ser uma bebê tranquila, assim dizia tia Nadine.
Após ter tomado um banho, me sentei na cama, antes do Júnior e no momento minha, e fiquei olhando algumas fotos que tirei desde ante ontem até hoje, a galeria já estava cheia de fotos da Valen.
Abri meu Instagram e resolvi postar uma que tirei assim que chegamos da maternidade.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
@font_manu: Meu amor chegou! Te carreguei por quase nove meses, por quase nove meses sonhei com esse encontro, sonhei com essa foto, te ter nos meus braços é a melhor sensação do mundo. Quero deixar aqui pra Valen ler daqui a alguns anos, e saber que ela é a melhor coisa da minha vida, que dentro dos meus erros ela foi o meu maior acerto. Te amo minha filha. 💕
Em segundos de postagem a minha publicação já tinha trocentas curtidas e comentários. Suspirei já sabendo que em segundos isso estaria nos igs de fofocas e sendo noticiamos.
— Ela tá dormindo? — Júnior entrou no quarto sussurrando e eu afirmei.
Ele veio sorrindo até a cama e sentou na beirada com calma pra não despertar a neném.
— As vezes nem acredito que estou vivendo isso, sério... nunca me imaginei pai, na verdade sempre quis, mas não pensei de acontecer nesse momento... — Ele falava encarando ela. — E digo pra você, se eu soubesse que era essa sensação eu tinha tido mais cedo.
— Mas eu não seria a mãe... — Falei rindo.
— Ah é, verdade! — Ele respondeu sorrindo, tirando a mirada que antes era da Valentina. — Estou ainda mais realizado por ela ser sua filha também, filha da mulher que eu amo.
Ele falou se acomodando ainda mais na cama e parar sentado de frente pra mim, eu tinha a cabeça baixa, encarava minha filha afim de não trocar olhares com o Júnior.
— Júnior, não começa .. — Falei respirando fundo.
— Manu, vamos começar, recomeçar na verdade...
— Júnior não viaja, eu não consigo esquecer de uma vírgula das coisas que você me disse, que a sua mulher ou ex mulher, não sei, fez comigo .. a minha mãe tá vindo aí do Brasil também não faço ideia da reação da mesma, então não viaja da gente brincar de casalzinho ..
— Manu, eu to livre, eu não estou com a Bruna... não vamos brincar, vamos viver como casal. — Júnior argumentava.
— Você terminou porque descobriu a mentira dela vindo da boca de outras pessoas, eu te falei, você não acreditou... você preferiu acreditar nela...
— Me entende Manu...
— Não, eu não lhe entendo... — Falei prestando atenção naquele pequeno corpinho que tinha acabado de acordar. — Acordou meu amor? — Falei com voz de criança, segurando a mãozinha pequena que apertou com força o meu dedo.
Peguei a Valentina no colo e fingir nem mais ver o Júnior ali, ajeitei ela direitinho no colo e comecei a amamenta-la e percebia o olhar atento dele sobre mim.
— Eu vou te reconquistar, bota isso na sua cabeça, você vai me perdoar e seremos sim um casal, um casal não, uma família. — Ele suspirou pesado e eu encarei o mesmo.
O resto do dia passou e o frio na barriga me consumia, a minha mãe estava para chegar no outro dia pela manhã, eu sabia o quanto eu iria ouvir da mesma.
