agora — quatro horas após o acidente.
Lisa
Já havia passado horas demais desde que eu vi a minha menino entrar desacordada naquela ambulância, eu mal me aguentava em pé mas teria que tirar forças de todos os lugares possives e me manter ali, para a minha filha.
Os médicos ainda não haviam voltado desde a breve notícia que a Manuela estava em coma por conta da gravidade do acidente. Os policias que haviam chegado ao hospital á pouco, conversavam com a Nadine e o esposo.
O Junior não havia ainda aparecido por aqui e pelo o que a cunhada de minha filha me contou, ele havia passado muito mal e o pai o deixou em casa para que ele se acalmasse um pouco. Assim também ele ficaria um pouco com Tininha e a acalmaria já que a babá disse que a mesma estava muito agitada.
— Lisa? — Nadine chamou minha atenção e eu sequei meu rostou com pressa.
— O que eles disseram, Nadine?
— Estavam em uma persseguição e pelo pouco que entendi, Manu estava desatena também pois falava no celular comigo. — ela engoliu a seco e eu desabei. — Me desculpa, eu não..não... atenderia se soubesse que ela... ela..
— Nadine, não tinhamos como adivinhar o que iria acontecer, agora eu só espero que a minha menina se recupere logo de tudo isso. E volte pra casa comigo e a minha neta. — respondi rude e ela me olhou confusa.
— Como? Você não pode fazer isso! Não pode!
— Posso e vou, a sua família e o seu filho só desgraçaram a vida dela. — eu disse mais alto e o esposo da Nadine se aproximou.
— Ei, fica calma! Estresse e brigas agora não vão ajudar em nada. — a Nadine intercalou o olhar entre mim e ele, deu um suspiro e ajeitou o cabelo meio nervosa.
— Está tudo bem, meu amor. Ela só está um pouco nervosa, todos estamos na verdade. Mas tudo passa e estaremos esperando a Manu.
Eu me afastei deles dois com a visão turva pelo meu choro e possivelmente pelas longas horas que eu já não comia absolutamente nada.
Neymar Junior.
— Filha, fica calminha amor. O pai precisa ir ver sua mãe, por favor. — eu supliquei enquanto embalava a Tininha para que ela pegasse no sono.
A Má acabou dando um chá de camomila para ela e ela foi se acalmando mas ainda resmungava bem baixinho, parecia adivinhar como estavamos com toda aquela situação, e porra, se eu também pudesse estaria da mesma forma. Chorando de soluçar, não que eu já não estivesse feito isso... mas agora, eu havia engolido o choro na marra e tentava tranquilizar aquele pedacinho de gente que agora, mas do que nunca iria precisar de mim. Quando ela pareceu pegar firmemente um sono calmo e delicadinho, eu a pus com cuidado no bercinho, a cobri e selei sua testa, acabei deixando algumas lágrimas escaparem enquanto encarava cada tracinho da pequena.
— Eu vou cuidar de você amor, eu juro e nos vamos ficar bem até sua mãe voltar para nós, viu? — eu dizia baixinho e a Valentina suspirava num sono gostosinho que nem parecia que ela estava aos berros á minutos atrás. — Te amo amor, muitão... tipo uns mil milhões.
Deixei ela quietinha ali e saí indo direto ara o andar de baixo onde encontrei a Rafa bem ao pé da escada. — Preto, tá tudo bem para irmos? Tem certeza?
— Eu só quero ver ela Rafa, só isso. — senti minha voz embargando e ela assentiu.
— A Má vai subir e ficar no quartinho da Tininha, pelo menos ela já está bem acostumada mais com a Ma do que com a babá e isso pode ajudar. — ela começou a falar outras coisas e minha mente já estava bem longe dali.
Esperei ela pegar a bolsa e falar algo com a Marcela e saímos de casa, ela tomou a chave do carro da minha mão e eu nem relutei para que eu dirigisse, eu estava tão exausto, tão perdido que nem fazer uma das coisas que eu amava iria levar o mínimo do meu ânimo.
Tivemos que passar por uma entrada quase escondida do hospital pois a frente já estava tomada por jornalistas e canais de tv. Eles realmente não respeitam o mínimo da privacidade, mas aquilo seria o menor dos meus problemas agora.
— Filho... — o choro que eu estava prendendo desceu no mesmo instante que minha mãe pos os olhos em cima de mim, ela me puxou para um abraço apertado e eu estava tremendo de tanto que chorava. — Calma meu amor, calma. Vai ficar tudo bem.
— Eu... caralho.... eu não quero perder ela, mãe. — o choro me atrapalhava, os soluços atrasava a minha fala e meu corpo inteiro tremia mesmo que minha mãe me apertasse forte para me acalmar.
— Nos não vamos a perder meu amor, você não vai perder ela. — Eu a olhei e neguei. — Não vai amor, Manu é forte e corajosa. Ela vai passar por tudo isso e logo vai está com todos nós. Com você e com a Tininha.
— Mãe... ela tá sentida demais, parece que tá sentido tudo. Eu tô fudido mãe, eu tô fudido.. eu não vou saber o que fazer com ela, eu não saber mãe.
— Claro que vai! Vai sim, você já é um ótimo pai e tudo isso só vai te fortalecer mais ainda. Agora você precisa se acalmar e ser forte por elas duas. — eu assenti e ela secou meu rosto. Ela me acalmou e me contou aos poucos como tinha rolado todo o acidente e eu só fiquei quieto na minha escutando atento a todos os detalhes.
— Eu já posso ver ela? — perguntei um tempo depois que minha mãe já nem falava comigo, apenas estava fazendo um carinho na minha mão e estavamos sentados lado a lado naquela sala de espera. — Posso, mãe?
— Amor, temos que esperar os médicos liberarem ainda.
eu não aguento esse menino nessa sofrência 🤧😭
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Sentimento Louco 》 NJR
FanfictionMas quando te vejo com ela A minha mão gela A minha boca vai secando, eu vou ficando muda Ô meu Deus me ajuda, o que é que eu vou fazer? Eu sei que 'tá com ela pra manter as aparências Mas nas suas horas de carência você vem me ver • todos os direit...