Minha mente rodava, rodava e rodava e não parava em lugar algum. Eu não havia conseguido nem ao menos dar a partida até o hospital, o cebola foi dirigindo para mim e assim que estacionou em frente a maternidade, eu entrei feito louco naquele prédio. O que menos me importava agora era que me reconhecessem. Nem precisei me identificar, assim que a enfermeira me viu, me chamou e me guiou pelo corredor até o quarto onde a Bruna estava. Entrei e a vi falando com um Doutor e logo pararam ao me ver.
— O que aconteceu com o meu filho, Bruna? — questionei e o Doutor a olhou como se esperasse alguma autorização. Ela estava começando a ficar com os olhos marejados e o meu peito se apertou.
— Sr. Santos, infelizmente não conseguimos salvar o bebê. A sua esposa sofreu um aborto e quando chegou em nossa maternidade já era tarde para se fazer algo. — encarei aquele cara e eu não consegui me manter em pé, caí no chão e apoiei-me na parede, minhas mãos apertavam a minha cabeça.
Isso não pode mesmo esta acontecendo comigo, não pode.
— Dr, por favor... — Bruna começou a falar e sua voz falhava. — Pode me deixar sozinha com o meu marido?
— Sim, claro. Mas lembre-se que você ainda ficará aqui por uns dias, para observação. — tudo, tudo e qualquer um ao meu redor estava pequeno demais se eu mensurasse ao sentimento horrivel que brotava dentro de mim.
— Meu bem?
— Porra, Bruna... meu filho, caralho! — eu não estava aguentando encarar ela. — Eu tinha que estar em casa, pra te ajudar e... caralho.
— Venha aqui, Júnior. Por favor! — mesmo sem a olhar eu sentia o choro em sua voz e aquilo tava me fudendo ainda mais. Me arrastei com pezar até sua cama e me sentei no pouco espaço que sobrava, meu corpo se encostou na cabiceira, desajeitadamente e eu a puxei da forma de dava para deitar em mim. — Me desculpa, meu amor... eu queria mesmo ter conseguido ter o nosso bebê. — ela soluçava e eu não consegui falar nada. — Em pensar que tudo poderia estar bem se não fosse...
— Se não fosse o que Bruna? Vai me dizer que isso tudo...
— Sim, é culpa dela. A sua amantezinha nos tirou o nosso filho, Neymar! Olha só o que você nos causou, você não...ela... a culpa é toda dela. — ela quase berrava e eu estava assustado e não vou negar que estava me dando raiva também. — Ela me disse coisas horrivéis, Ju, eu comecei a me desesperar e... perdi o nosso bebê.
— Bru, me desculpa. Isso é culpa minha. Eu sei.
— Não é não! — encarei seu rosto e ela passou a mão no mesmo, tirando um pouco das lágrimas que tinha caído. — É tudo culpa dela! Ela acabou com a nossa vida. Destruíu o nosso casamento e não pareceu ser suficiente para ela já que ainda nos tirou o nosso filho!
Eu não consegui falar nada, a Bruna voltou a chorar feito louca e eu não conseguia dizer uma palavra sequer para confortar a minha esposa. Eu sou um fraco. Nos tirou o nosso filho. Isso estava me atormentando de tal forma que eu nem sei por quanto tempo fiquei parado, olhando o nada. Com a mente a milhões, a Bruna acabou dormindo depois de chorar bastante. Me retirei com cuidado da cama e a ajeitei ela, cobri e saí do quarto digitando minha senha para desbloquear o telefone. Gil me olhou esperançoso e eu apenas neguei e ele pareceu entender, pois voltou a se sentar na cadeira e passou a mão pelos cabelos. Coloquei para chamar o número da Manuela que a Rafa havia me mandado e esperei três toques ate que ela me atendesse.
— Alô?
— Como você consegue ser tão fria e calculista, Manuela?
— Que? Pera aí, Neymar, quem foi que te deu a porra do meu número?
— Não interessa caralho, você acabou com a minha vida porra, não já é o suficiente você me privar da Vallentina?
— Calma aí, porra. Para de gritar comigo, Júnior. Eu não tô entendendo nada!
— Não? Mas entendeu quando ligou para a minha mulher e pertubou ela até que ela perdesse o meu filho né? Isso você entendeu, não é mesmo, sua filha da puta!
— Q-ue-ue? Ela... ela perdeu o bebê? Meu Deus.
— Como você é ridicula ao ponto de ainda se fazer de sonsa? Caralho... Manuela, você vai se arrepender de ter me conhecido, na moral.
M A N U E L A.
Eu não estava acreditando naquilo, encarei o telefone depois que ele desligou na minha cara e respirei fundo, tentando assimilar todas as informações que me foram passadas á base de gritos. Ela perdeu o bebê.
— Filho da puta! — Esbravejei depois de tentar retornar a ligação, eu precisava me justificar.
Resolvi ligar pra Rafa.
— Rafa? — Falei chorosa, eu tava abalada, pensando no bebê.
— Oi Manu .. — Rafa falou também em tom triste.
— Poxa, eu não tive culpa! — Não conseguem segurar o choro. — Ela me ligou Rafa, você sabe que eu não tenho nem o número dela .. — Eu não conseguia segurar o choro.
— Eu sei Manu, fica calma! — Rafa tentava me acalmar.
— Poxa, seu irmão me ligou me esculachando, eu tenho como tirar o print, ela que ligou. — Eu falava sem parar. — Gente, um bebê .. coitada.
Fiquei um bom tempo conversando com a Rafa, graças a Deus ela acreditava em mim, depois de um certo tempo eu peguei no sono, eu realmente estava abalada.
oi, o próximo ja esta sendo escrito. hahahaha
e tem é merda vindo, 👋
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Sentimento Louco 》 NJR
FanfictionMas quando te vejo com ela A minha mão gela A minha boca vai secando, eu vou ficando muda Ô meu Deus me ajuda, o que é que eu vou fazer? Eu sei que 'tá com ela pra manter as aparências Mas nas suas horas de carência você vem me ver • todos os direit...