bolinha cor de rosa.

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M A N U E L A
— Tia, eu não quero ir. Eu vou ter que conviver com o Júnior. — Eu reclamava com a Nadine.

— Vai sim! Arruma tuas coisas, só saio daqui junto com você. — Tia Nadine sentou no sofá.

— Pois é, estamos voltando amanhã pro Brasil, e ela não queria que a gente contasse a vocês, ela quer ficar aqui sozinha. — Gui falava pra Nadine.

A tia Nadine chegou aqui em casa agorinha, eu já tava quase pronta pra dormir, mas o Guilherme e o Daniel contaram pra ela que eu ficaria sozinha por um tempo aqui em casa e ela se recusa a me deixar aqui.

— Porque a senhora não manda a Rafa pra cá? — Eu lhe dei essa ideia.

— Porque eu não confio na Rafaella, ela é lerda, agora tudo que você precisa é de atenção e cuidado, falta pouco pra você ganhar a Valentina. — Ela respondeu me contrariando.

— Então fica a senhora aqui comigo. — Eu balancei os ombros.

— Não, lá em casa tem os meninos, te a Rafa todo mundo pra me ajudar contigo.

— Vem todo mundo pra cá, menos o Júnior, claro.

— Que coisa chata viu?! — Daniel se meteu. — Vai logo pra casa dela merda, deixa de ser insuportável.

— Não se metam! — Eu falei emburrada.

— Bora bora, vamos!!!

Ela me deu pressa, me fazendo levantar e ir atrás de tudo que é meu.

— Não vou mudar de roupa, me deu maior trabalho vestir uma calça do pijama, não consigo ver meus pés. — Reclamei manhosa, voltando pra sala com uma mala com as minhas coisas.

— Pegou a mala da maternidade da Valentina? — Gui me perguntou e eu afirmei.

— Só ando com ela agora, não sei o momento. — Eu fiz cara de pânico.

— Não vejo a hora .. — Tia Nadine bateu as mãos me olhando.

— Eu não, to morrendo de medo.

J Ú N I O R
Logo que minha mãe saiu e desci pra sala, fiquei conversando com o Gil, Jota e a Rafa.

— Será que minha mãe vai conseguir trazer a Manu? — Rafa perguntou.

— Eu não duvido! — Gil respondeu rindo. — Tia Nadine consegue tudo que quer.

Travei ao notar uma pessoa toda de rosa entrar pela porta da sala junto com minha mãe, ela estava de calça e blusas de manga, uma pantufa nos pés, o cabelo preso no alto da cabeça, três travesseiros nas mãos. Minha mãe veio logo depois com umas mochilas na mãos, inclusive uma com o nome Valentina.

— Tá de mudança? — Rafaella perguntou a Manu e todo mundo da sala riu.

— Eu sou durmo com esses travesseiros nas minhas costas. — Ela respondeu estressada.

Eu no sofá observa tudo isso, nem pra minha cara ela olhou, mas eu já estava aliviado em ter ela debaixo do mesmo teto que eu.

A barriga dela tava imensa, ela jogou os travesseiros no sofá, e ficou ali de pé, com os braços cruzados apoiados na barriga e eu não conseguir segurar o riso.

— Tá rindo de mim porque? — Ela me olhou desafiadora.

— Porque você tá parecendo uma bolinha cor de rosa. — Eu respondi rindo.

— A culpa é sua! — Ela respondeu ainda mais estressada. — Você me deixou assim ..

— E você gostou, quando ele fez isso ... — Rafaella falou rindo.

Sentimento Louco 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora