- de quem é esse filho?

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M A N U E L A

Eu havia percebido um clima estranho entre Daniel e o Júnior, o que não era novidade para ninguém que o Dani não vai muito com a cara dele, mas tem algo a mais nisso.

— Dani! Não precisava ter sido grosso com ele. — resmungo quando já estavamos dentro de casa.

— Espera até o momento certo e vai ver o quanto eu tenho razão.

— Ai bicha, pelo amor... — Guga remungou e eu mantive meu olhar no Daniel, que desviou e depois negou em decepção.

— Deixa, Guga. Não adianta, ele sempre fica de fogo no cu com o garoto e ele nunca fez nada pra tu né Daniel? Qual o problema?

— Você logo vai saber. — ele diz e sobe as escadas indo para o quarto dele.

Dei de ombros e bufei entediada em ver que o meu primo/melhor amigo não consegue aceitar ao menos que eu sou feliz, mesmo de um jeito erronho.

Beijei o rosto do Guga e também subi para o meu quarto, tomei um banho, me troquei, arrumei uma mochila pequena e fiquei enrolando na cama enquanto conversava com o Júnior.

Manu!
Vem logo, quero dormir contigo.

Ahn, amor..... tô cansada.

Tá, então eu vou.
Você não vai escapar de dormir comigo, loirinha.

Dei risada e passei o endereço do apê para ele, ele disse que ainda demoraria um pouco mas logo estaria aqui.

Troquei de roupa, colocando uma camisola preta com rendas e vesti um robbe por cima, desci e fui para a cozinha, fiz uma panela de brigadeiro e subi com a mesma, antes, destranquei a porta para que o Júnior subisse direto.

Tirei meu robbe o jogando em cima do puff do meu quarto e me destraí com a netflix.

— Que visão gostosa! — dei risada e enchi minha boca outra vez de brigadeiro.

— Oi, preto!

Sorri e ele deixou uma mochila no chão, trancou a porta, tirou o tênis com auxilio dos próprios pés e se jogou na minha cama, tomando de mim a colher.

— Vai virar uma bolota e nem ta com barriga ainda.

— Bolota vai virar a tua cara com um socão, quer experimentar?

— Agressiva.... gostei... — ele gargalhou e eu revirei os olhos. — Cadê os meninos?

— Guga já deve ter ido dormir e o Dani... tá puto.

— Porque?

— Ahn, o mesmo de sempre.

— Ele me odeia, na moral. E nem entendo isso.

— Ele só quer me proteger, Júnior. Eu sei que é isso, mas também acaba me chateando porque ele sempre usa palavras pesadas.

— Idiota. — Júnior murmurou e eu o encarei com as sobrancelhas erguidas. — Desculpa.

— Não fala assim dele, ok? Eu também não vou aceitar isso. — Tirei a panela do meu colo e entreguei para ele. Escovei meus dentes e lavei as mãos. E voltei para a cama.

Júnior havia deixado a panela na cômoda e entrou no meu banheiro, voltando minutos depois, de banho tomado e com uma samba–canção.

— Loira, vai ficar brava é?

— Me deixa quieta, Neymar.

— Deus do céus, já ta no treco lá dos hormonios da gravidez? — não aguentei e acabei gargalhando do jeito que ele disse.

Sentimento Louco 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora