parabéns, vovó!

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J Ú N I O R.

- COMO ASSIM GRÁVIDA, BRUNA!?

- Ah preto, transamos, não nos protegemos e puf! Estou grávida. Parabéns papai do ano!

Ela tinha um sorriso filho da puta no rosto, eu a deixei sozinha e só catei a chave do carro saindo de casa e pegando a milhões até a casa da minha mãe.

Não seria possivel que minha vida iria se tornar um redemuinho sem fim.

- Porra! - grito sozinho e soco o volante do carro, sentindo meus músculos se contrairem com a força que usei.

Estacionei de qualquer jeito e desci correndo.

- MÃE! MÃE! PELO AMOR DE DEUS!

- O que houve menino, que susto merda! - ela vinha correndo da area da piscina e eu desabei a chorar no sofá. - Júnior, caramba, pelo amor de Deus menino.

- E-e-e-la...

- Ela quem Júnior? Olha aqui! Levanta agora, para de chorar e me fala o que houve, filho.

- O bebê... o be-be-bê. - meu choro me rasgava e minha mãe me olhava cada vez mais confusa e eu nem conseguia montar frases inteiras.

- Bebê de quem Júnior?

- A bru-bru-na tá... o be-be-bê.

- Ai meu Deus do céu! Não me diga que... Meu Deus, Juninho!

- Eu...eu... não se-se-sei o que fa-fa-zer.

- Vai ter que assumir né, não tem como correr disso. Mas meu filho, porquê deixou acontecer, Juninho. - ela dizia tão serena que isso estava cessando meu choro.

Mas eu ainda estava atordoado. O sorriso da Bruna não saía da minha mente e seu modo de falar me amendrontava.

- Vem, vou te fazer um chá... você precisa se acalmar. - eu assenti sem conseguir nem agradecer, me levantei quase por se arrastar e fui para a cozinha com minha mãe.

M A N U E L A.

Eu estava há quase uma semana nessa lenga-lenga. Um enjoo que me fazia sentir o estômago revirar só em pensar que tinha que comer algo.

Os meninos haviam chamado a Rafaella para passar o almoço e o ínicio da tarde com a gente.

Eu tentei ajeitar tudo e até consegui, mas quando mencionei colocar a comida na boca, meu estômago se contraíu e eu sai correndo.

- Amiga! Meu Deus, Manu. - Rafa segurava meu cabelo, após correr até o banheiro e me ver vomitando.

- Não sei o que mais falar pra essa garota procurar um médico. - Daniel bateu o pé e eu revirei os olhos e me levantei para lavar a boca.

- Eu já falei que não é nada... apenas um enjoo, talvez seja por algo que comi.

- Ah sim, virose né. - Guga afirmava rindo e a Rafaella acabou rindo junto.

- Ai gente, que saco!

- Tá bem mesmo, Manu? - Rafa dizia e voltavamos a cozinha.

- Não! Mas vou fi..fi...car. - meu corpo amoleceu e eu precisei me segurar no armário pra não cair.

- Tá nada, olha isso. - Daniel dizia bravo e eu pisquei algumas vezes na tentativa de desenbaçar a minha visão.

- Meu Deus, ela vai desmaiar.

Puf!
Apaguei.

(...)

- Minha mãe vai surtar pra caralho. - ouço a voz distante do Daniel e encaro de vez o teto branco a cima de mim.

Sentimento Louco 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora