Sentimento Louco 》 NJR

minha filha

M A N U
Gabriel veio me trazer no aeroporto, estávamos no saguão, e eu percebia a presença de paparazzi.

— Vou ver se dou um pulo la pra te ver, qualquer folga eu dou um chega lá. — Ele falava me abraçando de lado.

— Vai sim, vou sentir sua falta. — Eu sorri pra ele.

— Claro que vai, você já me ama. — Ele falou rindo.

Realmente esses dias no Rio me fez me aproximar do Gabi, e aquele clima da nossa saída nem existia mais, eu tinha nele um irmão.

— Você se acha Gabriel. — Falei rindo, ouvi a chamada no meu voo. — É, preciso ir .. — Falei encarando ele, eu tinha lágrimas nos olhos, merda de hormônios da gravidez. — Odeio despedidas ..

— Ô minha loirinha. — Ele me abraços agora de frente, com dificuldade pela minha barriga.

Senti a Valentina chutar, com certeza o abraço do Gabi incomodou ela.

— Sua sobrinha tá reclamando do seu abraço de urso. — Falei sorrindo.

— Tchau minha princesa..— Ele se agachou na minha frente, na altura da minha barriga e começou a falar com a Valen. — E ver se não deixa aquele vacilão te encher o saco igual ontem, ta me ouvindo né Manuela?

Eu conseguia enxergar alguns flashs sobre a gente.

— Entendi, gato. — ri toda cínica e ele negou rindo em seguida. — Pede a esse paparazi a foto, deve ter ficado linda. — Falei rindo quando ele levantou.

Nos despedimos com muito carinho, e eu caminhei pra aeronave preparando meu psicólogo pra mais de 11horas de voo.

J U N I O R
Pedi dispensa do time por esses dias, hoje passei o dia inteiro com a Bruna no hospital, sai agora à noite e deixei uma amiga dela com ela, sai a contra gosto, ela disse que eu precisava descansar e eu realmente precisava.

— Vem pra cá, mamãe fez uma janta que você gosta. — Rafa falou comigo pelo telefone.

— Tá bom, to indo prai. — desliguei e peguei o carro dando a partida.

Parei no sinal e aproveitei um pouco pra vê minhas redes sociais, eu já tinha me manifestado sobre a perda do bebê.

Passei um pouco as fotos até me deparar com a foto do Gabriel Barbosa beijando a barriga da Manuella... parei pra ler a entrevista e lá eles surgiriam a paternidade dele, como se ele ou a Manuella tivesse confirmado.

Eu tinha um turbilhão de sentimento dentro de mim, aquilo me deu um ódio fora do meu controle, escrevi muita coisa pra Manuella e sem nem ao menos hesitar, eu mandei.

Você se torna cada vez mais imprevisivel, Manuela!

Porra, deixar o cara te expor tanto assim em poucos dias porque até onde eu me recordo nunca ouvi você dizer que conhecia ele.

Você tá enfiando a nossa filha nisso tudo cara, porra, pensasse pelo menos na garota e não só no teu fogo do caralho.

Pode esperar que eu vou atrás de você e foda se, se você quer ou não me ver.

Tá carregando meu sangue dentro de você, já fez bagunça demais sem poder!

××

Deixei o carro em frente a casa da minha mãe e nem me preocupei em estacionar diretamente na minha vaga, catei minha carteira e meu telefone que eu havia jogado no banco do passageiro, saí do carro e o travei. Assim entrei em casa, reconheci a cabeleira loira a poucos passos de mim.

— Veio contemplar a desgraça, cara a cara? — senti meu tom aumentar sem permissão alguma e a Manuela se virou para mim.

— Júnior, isso é jeito de falar com a menina?

— Não sei porra, tô achando pouco ainda já que a Bruna perdeu o meu filho por culpa dela. — falei grosso e a Manuela continuava me olhando sem vacilar.

— Eu vim pelo menos tentar te explicar tudo o que aconteceu, Neymar. Não é bem assim como você pensa.

— Ah não? E é como então? Você fez mágica e puff, meu filho desceu pernas abaixo. Coé, Manuela, eu já cansei desse teu jogo filho da puta comigo.

— Manera, Júnior... manera. — cebola interviu e o encarei.

— Pelo jeito tá com o time feito né Manuela? — me aproximei mais e vi o Jota se levantar e vim para o meu lado.

— Júnior, por favor! Vamos conversar. Não precisa disso tudo.

M A N U E L A.

Eu estava em choque, eu não conhecia aquele homem a minha frente, os olhos do Júnior pareciam pegarem fogo. A tia Ná havia me dado uma de suas mãos e a outra ela esfregava em minhaa costas em sinal de carinho e não saía de perto de mim.

— Eu não preciso de defensores, Neymar e você sabe bem disso. Sua esposa me ligou de uma hora oara outra e eu nem sei como ela conseguiu o meu número. — minha garganta dava nós e eu precisei bigarrear antes de continuar. — Ela começou a me falar muitas coisas e de repente disse que estava passando mal e desligou... Eu... eu sinto muito.

— Mentira! Você está mentindo para se livrar da culpa. — eu dei dois passas para trás quando ele levantou a mão para apontar o dedo em minha cara, Rafaella estava intacta tão assustada quanto eu.

— Isso...isso não é verdade. Eu posso te provar que foi ela quem me ligou. — ele me deu as costas e o Jota falou alguma coisa bem baixo, diretamente para ele. Ele assentiu e continuou de costas para mim.. — Eu posso te provar, eu não tenho culpa. — quase sussurei e ele voltou a me olhar, seus olhos ainda estavam em chamas como há pouco minutos.

— Você saiu daqui, foi para o Brasil sem me dizer um a e do nada aparece com aquele cara? PORRA MANUELLA, VOCÊ ME FUDEU.

— Mas, Júnior... eu não tenho culpa.. Meu Deus!

— Tu já me tirou um filho, quer tirar outra? — teus olhos estavam marejados demais e aquilo estava me despedaçando por dentro, eu poderia sentir o tanto. — HEIN PORRA! ME FALA!

— ELE É MEU AMIGO CARALHO, VOCE ACHA QUE EU SOU O QUE? — Eu gritei fazendo todos ali ficarem apreensivos de até onde iria aquela nossa conversa.

— UMA VAGABUNDA, como a Bruna sempre te chamou. — Ele falou sem nem ao menos se preocupar com o que aquelas palavras causariam em mim.

Dei por mim quando o estalo do tapa aconteceu, sim, eu dei um tapa na cara dele.

— Meu Deus! — Tia Nadine me segurava.

Gil e Jota estavam entre nós dois, a Rafa continuava estática no sofá.

— VOCÊ VAI SE ARREPENDER DESSE TAPA MANUELLA. — Junior me encarava com mão no rosto.

— QUEM VAI SE ARREPENDER É VOCÊ NEYMAR, EU VOU FAZER O MAIOR ESCÂNDALO QUE VOCÊ JÁ VIU NA VIDA, MAS VOCÊ NÃO TOCA NA VALENTINA, EU VOU INVENTAR COISAS SOBRE VOCÊ SE VOCÊ OUSAR ME PROCURAR OU PROCURAR A MINHA FILHA. — Eu gritava descontrolada, eu precisava jogar pra fora toda a mágoa que ele estava me causando.

esse foi de fuder, cleitin.