Você aceita?

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Junior.

— Junior, tá fazendo cócegas! Para. — Manu pedia rindo baixinho. — Quero dormir, você olha a neném?

— Claro amor... Tudo o que você quiser. — ri safado e ela deu um tapinha no meu braço, por fim eu fiquei quieto olhando o celular e a Manu dormiu.

Deixei ela no quarto e sai de fininho indo atrás da minha mãe e encontrei ela no quarto da Valentina a ninando pra dormir. Ela me pediu pra não fazer barulho e eu fiquei ali na porta esperando, ela deixou a pequena no berço e veio ao meu encontro, sorriu e eu abracei pelo pescoço e descemos.

— O que rolou hein? Tá com essa cara de bobão aí. — empurrou meu rosto para o lado e eu ri e neguei.

— Nada pô. — ela me olhou desconfiada e nos estavamos já na sala e nos jogamos no sofá.

— Hummmm, já sei! — riu e eu fiquei sem graça. — Você não perdoou nem a falta de memória da menina, Juninho!

— Ué, ela deixou pô!!

— Meu Deus, Neymar Junior!! — me estapeeou e eu gargalhei.

— Não tá escrito o quanto eu amo essa mulher mãe, sério mesmo... Eu nem sabia que era possível que a Manu me fizesse ficar tão doido por ela.

— O nome disso é amor, meu filho. Muito amor. E é notável o quanto ela também gosta de você, mesmo nessa situação.

Eu concordei e cocei minha cabeça, ficamos alo conversando por um bom tempo, assistimos um filme e depois ela decidiu que iria dormir. Eu fui pra sala de jogos e os moleques estavam lá, liguei um dos computadores e iniciei uma partida com eles enquanto conversávamos.

M A N U E L A.

Junior havia esquecido a babá eletrônica no quarto e com isso eu acabei acordando no susto com o choramingo da Valentina, vesti um robee por cima da minha camisola, calcei os meus chinelos meio apressada e fui para o quarto da frente.

— Xi.... já estou aqui, pequena. — a acalmei enquanto a pegava no colo para ninar, mas percebi o porque do choro, a fralda estava com um cheirinho. — Menina e tu consegue fazer esse estrago sendo tão pequena?

Ela me olhava a atenta e agora sugava a chupeta. A coloquei no trocador, tirei aquela fralda fedida pra um caralho, limpei ela toda e fiz todo o processo direitinho para que ela estivesse  outra com a fralda limpinha e confortável pra dormir.

Num canto do quarto, Junior havia colocado uma mesinha com água filtrada, mamadeiras, colher e a formula que a Valentina está tomando. Com um braço eu a segurava e com a outra preparava o leite dessa gordinha. Sacudi a mamadeira depois de colocar a água e o leite, tampei tudo ali e me sentei na poltrona com a Valentina. Ela tomava tudo sem tirar os olhos de mim e chegou a rir, deixando até um pouco de leite escapar.

— Para de ser toda oferecida menina, tá derrubando tudo aí ó. — eu dizia mas nem eu não aguentei e acabei rindo junto dela. — Aiai, Valentina. Você é toda engraçadinha, né? Parece seu pai.

Eu falava e ela continuava bebendo o leite como se nem fosse ela o assunto. No fim, ela já estava cochilando, a coloquei pra arrotar e depois ela voltou pro bercinho já dormindo serenamente.

Ajeitei melhor a bagunça que eu tinha feito, joguei a fralda no lixo, lavei minha mão ali no banheiro e sai de novo levando a babá em mãos. Senti meu estômago roncar e desci, passei pela cozinha e catei uns morangos e uvas, lavei, coloquei num potinho e iria voltar para o quarto mas ouvi a voz dos meninos e resolvi ir onde eles estavam mas parei por impulso e escutei o que eles falavam.

Sentimento Louco 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora