maria chuteira

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O calor daquela cidade eu não estava acostumada a muito tempo, até mesmo a Valen tadinha, ela se mexia e não era pouco na minha barriga e eu acariciava a mesma.

— Mãe, sua neta tá com fome. — Falei rápido com a intenção dela se calar e perceber que eu não estava nem aí pra o que tanto ela falava.

— Aí meu Deus, minha neta.. — Ela me olhava sorrindo e com os olhos brilhando, mas que logo foi perdido quando a pergunta “X” veio. — Quem é o pai dessa criança Manuella?

— Ela não tem pai mãe ... — Revirei os olhos entediada com aquele papo.

— Não existe isso, você sabe, ninguém faz filho sem um homem.. — Ela estava parada na minha frente com a mão na cintura.

— Eu sei mãe, mas é porque não vem ao caso, é algo irrelevante. — Eu a encarava.

— Não vá me dizer que você não sabe quem é ...

— Eu sei quem é mãe, no momento certo eu te falo, prometo.. — Levantei do sofá e fui caminhando pra cozinha com a intenção de sair daquela conversa, mas a minha mãe me seguiu.

Se ela sonhar que eu fui amante do Neymar e ainda engravidei ele, puta merda, quero estar bem longe quando o surto vinher.

J U N I O R
— Manuella foi vista no aeroporto com aquele jogador brasileiro, acho que é o Gabigol, já está em todos os sites de fofoca. — Rafa falava com minha mãe.

Manuella foi pro Brasil?

— Minha menina vai me fazer falta aqui, ela e a Valen.. — Minha mãe conversava com a Rafa.

— Pra onde ela foi? — Eu perguntei e vi as duas me encarrarem.

— Pra casa da mãe dela. — Rafa me respondeu seca.

Era assim que ela respondia a qualquer assunto que tivesse a Manu.

— E vai ficar quanto tempo lá? — Perguntei encarando as duas.

Ouvimos a voz da Bruna entrando na casa.

— Ela não tem semancol? — Minha mae questionou me olhando.

Depois da ultima briga que a Bruna teve aqui em casa a minha mãe praticamente expulsou ela daqui.

— Ela é sem noção. — Rafa sussurrou e eu ouvi.

Tentei de todas as formas me aproximar da Manu e percebi que eu estava deixando meu outro filho de lado e não podia fazer isso, por isso me aproximei da Bruna, mas não vou mentir, quem eu queria ao meu lado era a Manuella.

— Oi sogrinha, oi cunhadinha ... — Bruna chegou do nosso lado e cumprimentou elas duas.

Minha mãe ainda respondeu, mas a Rafa levantou e saiu do local.

— Tá vendo com ela me trata? — Bruna sussurrou perto do meu ouvido.

— Não liga Bru, a Rafa deve está de tpm. — Disfarcei.

— Vem cá Ney, você tem certeza que o filho da Manuella é seu?

Bruna me perguntou isso na frente da minha mãe, que parou o que estava fazendo pra encarar esse momento.

— Esse assunto Bruna? Sério? — Eu a questionei.

— Não, é porque ela já está com outro jogador, acho que ela é uma Maria chuteira. — Ela falava enquanto me mostrava a imagem que acredito ter sido a que a Rafa tinha mostrado a minha mãe agora a pouco.

— Bruna, eu não vou admitir que você fale assim da Manuella. Tenha mais respeito pela minha menina e se manque, nem aqui você deveria estar! — Minha mãe se meteu.

— Eu só to perguntando, calminha sogra ... — Bruna respondeu cinica levantando as mãos.

B R U N A
É claro que eu não podia perder a oportunidade de passar na cara do Junior a foto daquela vagabunda no aeroporto com outro jogador, mas algo me deixava preocupada, ela precisava voltar, eu precisava me encontrar com ela, afinal eu preciso executar meu plano antes que o Junior descubra que não tem mais gravidez.

— E como tá a gravidez Bruna? — Nadine perguntou olhando pra minha barriga.

— Estamos bem sogrinha, muito bem.. — Respondi rápido e tentando passar toda essa certeza pra ela.

— Engraçado, a barriga da Manu já esta bem visivel! Ja a sua... — ela apontou com a cabeça e eu quis revirar os olhos.

— Nenhuma gravidez é igual a outra, nunca ouviu falar sobre isso? Estranho, já que você tem dois filhos. — sinalizei o numero com uma das mãos e ela assentiu ainda me olhando bem desconfiada.

— Sei...

Sorri bem falsinha e ela ficou encarando minha barriga, eu havia engordado uns dois kilos depois da curetagem e também porque havia tomado soro, estava um pouco fraca e isso me inchou... Dando um pouco de volume na minha barriga, mas nada comparada a da outra, que era notorio até que se ela usasse umas daquelas blusas largas. Bufei impaciente e fui para o banheiro, lavei meu rosto e me olhei no espelho...

— Acho que já passou da hora, eu tenho que fazer algo! — resmunguei sozinha e depois neguei frustada.

Sentimento Louco 》 NJROnde histórias criam vida. Descubra agora