Luísa
Me encontro assustada nos braços de Marcelo. Não consigo enxergar nada ao meu redor. As luzes do elevador se apagaram do nada. Eu tenho claustrofobia, não posso ficar muito tempo aqui. O ar vai se fazer presente, logo logo.
Abraço Marcelo, fortemente. Eu estou, claramente, com muito medo.
--- M-Marcelo, o que aconteceu? --- Me solto de seus braços aos poucos, olhando ao redor.
--- Parece que o elevador pif... --- Com medo, eu o interrompo.
--- Não, não, não! Eu não posso ficar muito tempo aqui!
--- Lu, calma, se desesperar não vai ajudar em nada.
--- Por quanto tempo vamos ficar aqui? Vai demorar muito? Eu quero sair daqui, Marcelo! Eu vou entrar em pânico desse jeito! --- Coloco minhas mãos na cabeça e fecho os olhos fortemente, desejando que tudo aquilo fosse um simples pesadelo.
--- Ei, calma. Eu tô aqui com você, não tô? --- Ele vem até mim e me abraça. Eu fecho olhos e respiro fundo, tentando normalizar minha respiração.
--- Pega seu celular, Marcelo.
--- Pra quê?
--- Pra usar a lanterna dele, aqui tá muito escuro. --- Pego o meu telefone e ele faz o mesmo. Nós ligamos nossas lanternas e deixamos os celulares iluminarem o local.
--- Eu tenho que avisar minha mãe. Ela vai ficar esperando e, do jeito que ela é, vai ficar preocupada.
--- E com razão, né? Não é atoa que estamos presos dentro de um elevador e... que pode despencar a qualquer momento. --- Começo a entrar em pânico novamente.
--- Por favor, Lu, economize oxigênio.
--- O ar vai acabar, eu não vou aguentar ficar aqui por muito tempo. --- Coloco a mão em meu coração e ele está acelerado. --- Eu sou claustrofóbica, Marcelo. Lugares apertados pra mim são um pesadelo!
--- Eu sei, mas é preciso ter calma. A qualquer hora vão precisar usar o elevador, vão ver que ele parou de funcionar e vão vir aqui consertar.
--- Não me pede calma. Você nunca deve pedir calma a uma claustrofóbica quando ela está em um lugar apertado. --- Digo, ainda respirando fundo.
Marcelo suspira e se senta no chão do elevador.
--- E você vai ficar aí, de boa? --- Pergunto, indignada.
--- E o que você quer que eu faça? O que me resta é esperar. --- Diz ele, dando de ombros.
Sem pensar muito, eu vou em direção a porta do elevador e começo a bater desesperadamente nela, esperando que alguém escute.
--- Ei! Tem alguém aí?! Ajuda, por favor! --- Faço a mesma coisa repetidas vezes. Na última, eu me canso e me sento no chão do elevador como Marcelo.
--- Ué, desistiu? --- Marcelo pergunta, ironicamente.
--- Não enche, Marcelo. --- Se olhares matassem, Marcelo estaria morto agora, sem dúvidas.
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O Sonho e o Futuro (Lucelo)
Fanfiction--- Então eu os declaro... --- O padre é interrompido por um barulho estrondoso que parece vir do começo da igreja, perto da porta. De repente, as portas da igreja que antes estavam fechadas foram abertas bruscamente por um homem. --- Eu tenho algo...