Capítulo 32 - Prometer

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Débora

— Um sequestro o quê?! — Pergunta Afonso, incrédulo.

— Relâmpago. Nunca ouviu falar?

— M-Mas, Débora, a polícia pode se envolver nisso, e nós podemos ser presos! Ficou louca?!

— Louca eu sempre fui, mas pelo Marcelo. E eu sei que é crime, Afonso, tenho consciência disso. Mas é só planejarmos tudo com calma. Não vamos fazer isso agora, óbvio que não, vamos dar um tempo, aí, de uns cinco ou seis meses, talvez, para colocar tudo em prática. — O olho seriamente. — E, dessa vez, você vai fazer tudo o que eu mandar. Tim tim por tim tim. Não quero homens idiotas como você atrapalhando meus planos.

— Aquilo foi um acidente, e você mesma disse que não temos tempo para julgamentos, agora.

— Realmente, não temos. Mas, vem cá, onde você tá morando, agora?

— Na casa da minha mãe.

— Certo. Vou te tirar de lá ainda hoje.

— Ah, é mesmo? E onde vamos ficar?

— Numa casa que eu vou comprar.

— Com que dinheiro, Débora?

— Lembra que eu te disse que meus pais eram podres de ricos? Então. Extorquir dinheiro deles é fácil. Um drama aqui, outro ali, e eles, rapidamente, ficam com dó de mim e me dão dinheiro.

— Você é má. — Ele fala rindo e eu o acompanho.

— Ah, eu sou, mesmo.

— Mas você pensa em sequestrar a Luísa?

— Sim. Aí o Marcelo vai ir atrás dela e, como vai ser eu quem vou estar com ela, BUM! Ele também vai vir atrás de mim. E, depois disso, é simples: "fica comigo ou eu mato ela". — Suspiro em prazer só de pensar na cena de Luísa refém a mim.

— Você não pensa em matar ela, pensa?

— Não, mas se for preciso...

— Não, Débora, isso não. Se você matar a Luísa você vai presa, e eu também!

— Shh! — Coloco meu dedo indicador em seus lábios. — Já te disse pra confiar em mim, Afonso. Eu sei o que eu estou fazendo, fique calmo.

Marcelo

— Não acredito que vou ter que esconder meu relacionamento com você, Luísa. — Digo, ainda incrédulo porque Luísa quer esconder nosso relacionamento das pessoas.

— É para o nosso próprio bem, Marcelo, e para o bem do nosso relacionamento. Mas, pensa, que legal vai ser a gente esconder de todo mundo!

— Legal? O que tem de legal nisso? Eu queria falar pra todo mundo que você é só minha e de mais ninguém. — Acaricio seu rosto.

— Mas, por agora, se controle. Ainda vamos chegar na parte de contar pra todo mundo, Marcelo, fica calmo. — Ela sorri pra mim e eu a envolvo em um abraço apertado. Escondo meu rosto no vão do seu pescoço e ela brinca com os meus fios de cabelo. — Você vai voltar pra escola?

O Sonho e o Futuro (Lucelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora