Capítulo 38 - Sua felicidade, minha felicidade

597 59 5
                                    

Luísa

Após Cláudia me deixar em casa, Marcelo subiu comigo. Agora está sendo uma verdadeira luta para tirá-lo daqui. Daqui a pouco é o jantar que marquei com minha família e eu tenho que me arrumar. Mas quem disse que ele quer sair daqui?! Mereço!

— Saaai! — Reclamo quando ele me abraça por trás e beija meu pescoço pela milésima vez. — Marcelo, eu não tô brincando, eu realmente preciso me arrumar!

— Eu te amo. — Ele diz contra minha pele, me causando arrepios.

— Santo Cristo! Minha paciência está esgotando, Marcelo! — Tento retirar seus braços de minha cintura, mas é em vão, em vista de que ele reluta e é muito forte. — Sai! Você tem que ir embora agora!

— Não consigo! — Ele deposita mais beijos em meu pescoço e depois sobe para meu rosto.

— Vai ter que conseguir. — Me liberto finalmente dos seu braços e o empurro até a porta, o colocando do lado de fora. Dou um último beijo nele e sorrio. — Até mais, Marcelo. — Fecho a porta antes que ele pudesse dizer qualquer coisa. Encosto minhas costas na mesma. Fecho os olhos e suspiro profundamente, me lembrando de tudo o que passei nesta tarde.

Okay, Luísa, foco! Você tem uma reunião em família agora.

Pego uma toalha minha e vou em direção ao banheiro. Abro a porta, tranco a mesma, tiro minhas roupas e tomo um banho.

É incrível como a vida consegue mudar tudo de uma hora para a outra. Em um dia, estava eu vivendo uma vida de noiva que iria casar daqui a 10 meses e, BOOM! Cá estou eu namorando com Marcelo. Isso prova que o destino é poderoso, porque se dependesse de mim, provavelmente não estaria com ninguém agora.

Encerro o banho e saio do banheiro com um roupão e uma toalha na cabeça. Vou até o meu armário para escolher uma roupa. Pego um vestido bege colado no corpo que bate um pouco acima do joelho. Pego um salto branco e o calço. Ajeito meu cabelo, em seguida, passo uma maquiagem básica. Pego um perfume qualquer e o passo também. Em uma bolsa, eu guardo meu telefone e algumas outras coisas se eu precisar, e vou até o estacionamento do prédio já com a chave do carro na mão. Ligo o carro e dou partida para a mansão.

Marcelo

Perdi a conta de quantas vezes eu suspirei em meio ao trajeto pra casa. Essa tarde foi literalmente a melhor que eu já tive, possivelmente o dia também foi um dos que ficarão marcados na minha vida.

Ter Luísa ali, nos meus braços, em meu colo, me fez novo. Me senti um adolescente naquela hora. Será que se não estivéssemos em uma roda gigante teria acontecido... não, não. Luísa não é dessas, Marcelo, pois então, controle-se.

Mas não posso negar que ela é maravilhosa.

Chego, finalmente, em casa. Abro a porta que já estava destrancada e vejo uma cena horrorosa em minha frente.

— Você não é mais bem-vinda aqui! Acha que o Marcelo vai gostar disso, sua louca?!

— Olha como você fala comigo, garoto! — Débora berra para João. Os gritos de ambos juntamente com os latidos do Feijão me deixam com uma terrível dor de cabeça.

— O que tá acontecendo aqui?! — Chego mais perto esperando um explicação de um dos dois.

— É a Débora! Eu tava passeando com o Feijão e quando cheguei aqui essa louca tava sentada no sofá vendo televisão.

O Sonho e o Futuro (Lucelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora