Capítulo 42 - Noite fria

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Luísa

Movimento minha cabeça bruscamente para o lado para que ela soltasse meu queixo. A olho com fúria, mas meu medo também era possível ser visto em meus olhos.

— O que você vai fazer comigo? — A pergunto. Seu sorriso cínico me irrita profundamente.

— Se você prometer se comportar, não farei nada. Mas caso o contrário, eu vou pensar em algo. — Ela diz e meu corpo se arrepia pelas suas palavras ásperas.

— Por que está fazendo isso? O que eu te fiz, Débora?! — Ela gargalha diante de mim.

— Você ainda pergunta?! — Eu franzo o cenho à ela. — Roubou o homem que eu amo, Luísa, você tirou de mim o amor da minha vida. Eu e ele éramos como marido e mulher, e você me tirou isso.

— Eu?! — Pergunto, incrédula. — Você que cavou a sua própria cova, Débora! Eu e Marcelo nem estávamos juntos e você e Afonso decidiram que iriam se juntar para acabar com minha amizade e a dele! Não apagou as mensagens, não teve cuidado. Qual é?! Você achou mesmo que ia conseguir esconder isso por muito tempo?!

— Ei, não vem colocar a culpa daquele idiota do seu ex-noivo em mim, não. Quem não teve cuidado foi ele, e se não fosse por ele, provavelmente eu ainda estaria com Marcelo e estaríamos bem longe de você e de sua família.

— Aparentemente não deu certo, né? — Seu rosto, antes com uma expressão cínica e divertida, agora se transformou para uma expressão séria.

— Olha o jeito que você fala comigo, garota. Esqueceu que eu posso fazer o que eu quiser com você, agora?!

— Me mate, então, Débora! Eu sei que seu objetivo não é esse. — Falo com convicção, ao perceber o que ela realmente pretende com tudo isso. — Se eu sumisse o Marcelo, obviamente, iria vir me procurar e, como é o caso, ele provavelmente já está a minha procura. E é ele quem você quer, não é? — Ficamos caladas por um tempo, seu rosto, furioso, toma uma cor avermelhada de raiva. Ela deposita um tapa em meu rosto. Meu rosto se vira para o lado, bruscamente.

— Cala a boca! — Devolvo a ela o mesmo olhar de raiva. — Pendleton! Pode vir. — Meu coração acelera ao escutar esse nome e, em seguida, ouço passos atrás de Débora.

— Sim? — Ele para em pé atrás de Débora e cruza os braços. Seu sorriso no rosto faz meu estômago todo se contorcer em desconforto.

— Pode bater nela.

Marcelo

— Okay, muito obrigado. — Desligo a ligação e olho para Alice e dona Isadora.

— E aí? Algo dela? — Alice pergunta, apreensiva.

— I-Infelizmente, não. — Digo com a minha voz um pouco embargada.

Essa foi a última pessoa que nos restou ligar para sabermos de Luísa, mas também não sabem de nada. Já liguei para amigas, familiares, e nada.

A situação está se agravando e o tempo está passando, o que nos resta agora é ligar para a polícia.

Eu vou colocar até o corpo de bombeiros nisso, se for preciso, para encontrar minha mulher!

O Sonho e o Futuro (Lucelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora