Capítulo 45 - De igual para igual

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Luísa

Débora é um monstro. E isso ninguém pode negar.

Quem não tem uma pessoa desagradável na vida? Quem não tem aquela pessoinha que só a presença dela já o incomoda? Aquela pessoa que você odeia, detesta, com todas as suas forças!

Todo mundo tem uma.

E isso é completamente normal.

A situação fica grave a partir do momento em que a raiva por essa pessoa é tão grande a ponto de te consumir por completo, e te permitir fazer coisas que, talvez, você nunca nem imaginou que seria capaz de fazer.

E isso aconteceu com Débora.

Sua raiva por mim a consumiu. A tomou por completo a ponto de fazer mal à duas crianças que são completamente inocentes. Poliana e João sequer sabiam do meu passado e histórico com Débora por completo, eles não tem culpa de nada sobre isso mas, mesmo assim, Débora sempre acha que todos da minha família são culpados pela vida dela ser o inferno que é hoje.

Ela mesma que permitiu sua vida se tornar um inferno. E isso apenas porque o que ela queria não estava nos planos do universo.

Débora é sutil. Sabe quando deve agir e quando não deve. Não é atoa que ela demorou um certo tempo para colocar seu plano de me sequestrar em ação. Ela calcula cada pontinho de seus planos para que nada dê errado.

Resumidamente,

ela é uma cobra.

Um ser humano terrível e que me mostrou o que é odiar alguém com todas as suas forças.

E vendo ela acorrentando João e Poliana só aumentou meu ódio por ela.

— Isso é para vocês três aprenderem que quando entram no meu caminho eu não deixo barato. E cá está o preço que vocês estão pagando por terem feito isso. — A olho com desprezo em meus olhos. Como pode ser tão desprezível assim?!

— Se a sua vida é um lixo, Débora, a culpa não é de nenhum de nós. Você já imaginou o caos que você também causou na vida de muitas pessoas?! E nem por isso elas te sequestraram e te acorrentaram brutalmente. — Minha respiração comeca a acelerar conforme a raiva vai se alastrando em meu corpo.

— Pois é. É porque elas não tem a mente brilhante que eu tenho. Elas perderam a vez. Já era. Eu tive a ideia primeiro. Quem ri por último ri muito melhor. — Ela abre um sorriso enorme, expressão genuína de felicidade.

Essa mulher é louca. Louca! É isso o que ela é.

— Como você pode ser tão cruel? Como consegue dormir a noite? — Poliana pergunta com a voz embargada e com o rosto que ganhou coloração avermelhada por causa do choro constante.


— Quando você sabe que está se vingando e está conseguindo o que quer, Poliana, o sono é até mais relaxante. Acredite. Deveria tentar! — Ela solta uma gargalhada amedrontadora.

— Nunca! — A menina tenta se soltar das correntes mas sem sucesso.

— Eu sempre soube que você não era flor que se cheire. Só convivendo com você todos os dias pra saber o quanto tu é uma cobra! Quando o Marcelo ler a tua carta e saber que foi você quem sequestrou a Luísa ele nunca mais vai te perdoar. — João eleva sua voz, tentando ter empoderamento.

O Sonho e o Futuro (Lucelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora