Capítulo 13 - Orgulhosa

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Marcelo

Chego em casa irritado por causa do drama que Débora causou no restaurante. Viemos o caminho inteiro discutindo.

Agora eu entendo perfeitamente o sentimento ruim que estava sentindo antes.

--- Ah, tá, agora a culpa é minha, então! --- Diz Débora, revoltada, entrando em casa.

--- Mas é claro que é, Débora! Pra que fazer aquele papelão todo?!

--- Que papelão, Marcelo? --- Ela se vira pra mim. --- Não tenho culpa se Luísa tem o costume de esconder esse tipo de coisa do próprio noivo. Aliás ela tem o costume de esconder muita coisa.

--- Não se faça de vítima! Você fez tudo aquilo pra provocar a Luísa e pra causar desconforto em nos dois! E além de tudo isso incomodou eles e provavelmente causou um grande desentendimento sem necessidade!

--- Vai defender a Luísa agora?

--- Eu não tô defendendo ninguém. E não é questão de defender, Débora, o que você fez não foi certo e ponto! --- Falo passando as minhas mãos no meu rosto o esfregando em sinal de cansaço. --- Na segunda-feira, eu faço questão que você vá pedir desculpas a ela pessoalmente. Peça a ela para levar o pedido de desculpas até o noivo também. --- Ela me olha com incredulidade.

--- Mas nem morta!

--- Vai sim! Se você não pedir desculpas a ela por bem vai pedir por mal! --- Ela bufa e me lança um olhar ameaçador antes de subir irritada para o quarto.

Suspiro, cansado, e me sento no sofá, apoiando minhas mãos por cima dos bolsos laterais da minha calça.

Dou uma remexida neles e sinto falta da minha carteira.

Ótimo. Consegui a proeza de esquecer minha carteira no restaurante.

Subo as escadas e bato na porta do meu quarto.

--- Que é?! --- Responde Débora.

--- Eu vou ter que voltar no restaurante, esqueci minha carteira lá. Depois vou aproveitar para buscar o João na casa da Alice. --- Falo e não faço questão de uma resposta dela.

Desço as escadas, pego a chave do carro e saio de casa, novamente. Entro no carro, ligo o mesmo e vou em direção ao restaurante.

Depois de mais ou menos 55 minutos eu finalmente chego no restaurante. Por sorte ele ainda não fechou. Estaciono o carro do outro lado da rua e vou em direção a entrada do restaurante.

Me distraio com um barulho vindo do outro lado do estabelecimento.

"Parece um... choro." --- Penso.

Vou para a parte de trás do restaurante e vejo uma mulher com um vestido vermelho, sentada no chão. Ela parece quase pegar no sono. Ela ainda soluça baixinho por causa do choro.

--- M-Moça? Tá tudo bem? O que houve? Precisa de alguma ajuda? --- Me agacho para conseguir ver o seu rosto. Levo um susto ao ver Luísa com olheiras enormes e a cara vermelha por causa do choro. Um sentimento ruim me invade. Sinto um aperto no coração ao ver ela naquele estado. --- L-Luísa?! Ei, o que você está fazendo aqui? Cadê seu noivo? --- Pergunto a ela segurando levemente seu queixo para que ela olhe pra mim.

O Sonho e o Futuro (Lucelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora