Luísa
— Meu Deus, que visita maravilhosa! — Digo e a abraço fortemente.
— Que saudade que eu estava de você! Não te via a anos. — Ela retribui o abraço na mesma intensidade que eu.
— Digo o mesmo. — Nos soltamos.
— Já que você não foi me visitar eu mesma vim. Posso entrar?
— Claro, a casa é sua, fica a vontade. — Dou espaço para ela entrar e fecho a porta logo em seguida.
Ela olha o apartamento em volta, provavelmente maravilhada com a decoração.
— Que apartamento lindo! De fato minha nora tem muito bom gosto. — Franzo o cenho e ela me olha. — Perdão, ex-nora. — Dou um sorriso sem graça a ela.
— Se sente, por favor. — Ela se senta no sofá e eu fico de frente a ela, também sentada no sofá. — A que devo a honra da sua ilustre visita?
— Nada especial. Eu queria conversar com você novamente, afinal faz tantos anos que não nos vemos, não é? E, com todo respeito, o tempo só te deixou ainda mais linda do que já era. Marcelo realmente não estava exagerando. — Minhas bochechas começam a formigar.
— Que nada, são seus olhos. Você também está ótima!
— Não é necessário mentir, Luísa.
— Mas eu estou dizendo a verdade. — Sorrio pra ela. Tinha me esquecido de como Glória era extremamente brincalhona. Ela consegue me arrancar muitas risadas. — Ah, você aceita uma água, um suco ou café?
— Um café, por favor. — Me levanto e vou até a cozinha. Trago o café pra ela. — Mas e então? O que tem feito nesses últimos anos?
— Ah, nada demais. Bom, me formei em artes. — Ela abre um enorme sorriso.
— Sempre soube que você iria dedicar sua vida a pintura. Desde pequena você sabia pintar melhor do que ninguém! Soube que está noiva, certo? — Ela toma um pouco do café.
— Sim, estou. Desculpe a indelicadeza, Glória, mas foi o Marcelo quem te contou isso? — Pergunto.
— Foi sim. Não era para ele ter contado?
— N-Não, não é isso, só achei estranho mesmo.
— Mas me conte. Você e meu filho voltaram a ser amigos? — Ela pergunta e eu estranho.
Desde quando Marcelo começou a contar tudo o que acontecia entre a gente para a própria mãe?
— Perdão, Glória, eu nem sabia que você estava sabendo da nossa reaproximação. Mas nós voltamos a nos falar ontem.
— Ah, que ótimo! Eu sabia que vocês não iriam ficar muito tempo sem se falarem. — Ela sorri sem mostrar os dentes. Eu sorrio sem graça.
— É. Eu tenho que admitir, a amizade com seu filho é muito boa e me faz muito bem, e eu precisava de um conselho vindo de alguém diferente, sabe? Que não fosse a minha irmã ou Joana e Cláudia para me julgarem.
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O Sonho e o Futuro (Lucelo)
Fanfiction--- Então eu os declaro... --- O padre é interrompido por um barulho estrondoso que parece vir do começo da igreja, perto da porta. De repente, as portas da igreja que antes estavam fechadas foram abertas bruscamente por um homem. --- Eu tenho algo...