Capítulo 41 - A própria

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Luísa

Um barulho de algo caindo me assusta, me fazendo despertar rapidamente. Olho para a janela da sala e estranho ao ver que já está de noite.

Dormi a tarde inteira aparentemente.

Olho para o chão para ver o que caiu e meu coração falha uma batida ao ver que é meu celular. O pego com cuidado e o analiso para ver se algo quebrou. Suspiro aliviada ao ver que ele está funcionando normalmente.

Meu bebê tá bem, ufa!

O ligo para ver as horas e já passam de uma da manhã. Me levanto e esfrego meus olhos para que eu me desperte mais.

Acho que vou tomar um banho. Afinal, eu mereço! Hoje foi um dia difícil, aliás, ontem foi um dia difícil.

Vou até meu quarto e acendo as luzes. Separo um baby doll azul de bolinhas brancas confortável para eu vestir e o deixo na cama. Quando encosto na maçaneta do banheiro que fica dentro do meu quarto, me arrepio ao sentir algo gelado tocar em minha cintura, agarrando-a. Antes que eu pudesse gritar, minha boca é tapada com um pano extremamente... cheiroso. Pressiono meus olhos ao sentir uma agulha perfurando meu ombro. Abro os olhos e olho para o lado. Tem alguém ali, mas não consigo enxergar quem é. Quando não acho mais forças para me debater, meus olhos pesam...

e eu adormeço.

Marcelo

Os raios de sol que atravessam as cortinas do meu quarto me despertam. Esfrego meus olhos em uma tentativa falhada de me despertar mais. Me sento na cama e ajeito meus cabelos. Sou presenteado com uma dor de cabeça horrível, mas também, não era pra menos, em vista da raiva que passei ontem. Começo a me lembrar do que houve ontem e do que Luísa disse.

Assassino?

Será que o que ela havia dito era verdade? Ou ela disse apenas na hora da raiva?

Não.

Luísa não é de fazer esse tipo de coisa.

Bom, de qualquer forma, meu dever é proteger Luísa e a afastar ainda mais desse cara. Mas ela não explicou muito as coisas ontem. Hoje eu vou procurá-la para conversarmos com mais calma, afinal, estamos brigados também. Antes que eu quebre algum contrato com ele, devo procurar outro investidor, e que ofereça a mesma coisa ou até mais do que o Pendleton. Tenho que admitir, o Pendleton é um investidor que não se deve jogar fora, mas aqui temos um caso diferente e bem mais sério. Vou conversar com Luísa também a respeito sobre o entregar para a polícia.

Me levanto da cama e vou até o quarto de João, para acordá-lo. Abro a porta e me assusto ao ver o garoto já arrumado brincando com Feijão, seu cachorro.

— Ué, macho, acordou cedo?

— Marcelo? O que cê tá fazendo aqui, ? — Franzo o cenho diante de sua pergunta.

— Como assim o que eu tô fazendo aqui?

— É porque faltam dez minutos pra aula, eu tava saindo agora para a escola pensando que você já tava lá. Tu tá atrasado, macho. — Arregalo os olhos. Vou correndo até o meu quarto. Pego meu telefone que estava em cima do meu criado mudo e o ligo para ver as horas. Meu coração acelera quando meus olhos encaram o relógio marcando seis e cinquenta da manhã.

O Sonho e o Futuro (Lucelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora