Capítulo 33 - Trevo

684 55 10
                                    

Luísa

O fim de semana chegou, finalmente. Já não estava mais aguentando a pressão que o trabalho sempre põe sobre mim.

Para aproveitar o sábado de manhã, eu, Joana e Cláudia resolvemos fazer um piquenique em um parque que tem perto daqui. Chamamos todo mundo mesmo! A família de Joana e Sérgio, os filhos da Cláudia, filhos do Durval, Poliana, Alice, João e Marcelo.

Agora estou terminando de arrumar a cesta de comidas que eu fiquei encarregada de levar. São oito e quinze da manhã. Combinamos de sairmos as oito e trinta, então estamos adiantados, considerando que estou quase terminando tudo.

João está sentado no sofá da minha sala assistindo a algum desenho qualquer e brincando com Feijão, seu cachorro de estimação.

Coloco algumas frutas e sucos na cesta. Guardo também todos os igredientes que serão necessários para preparar os sanduíches.

Coloquei uma roupa bem simples para essa ocasião. Um short jeans, uma blusa da cor rosa bem claro com as mangas curtas e que ficam abaixo do ombro e uma sandália branca. Como eu disse, bem simples. O local é refrescante e calmo, não fazia sentido eu me vestir demais.

Quando guardo a última coisa na sexta, sinto algo tocar em minha cintura e se entrelaçar no vão da minha barriga. Me arrepio quando Marcelo cheira meu pescoço. Ele deixa beijos pela mesma região e eu rio com o gesto.

— O João está ali, Marcelo. Nem esconder algo você consegue? — Sussurro em seu ouvido, ainda rindo. Marcelo levanta a cabeça para olhar para João e logo se volta olhando pra mim.

— Relaxa, ele tá tão distraído que nem vai perceber.

— Todo cuidado é pouco. — Pego seus braços e os retiro de minha cintura. Pego a cesta e o lençol que usaremos para nos sentarmos.

— Agora a gente vai parar de ter nossos momentos de carinho por causa dos outros? — Ele coloca suas mãos em sua cintura.

— É. — Concordo com o que ele diz, sorrindo. — Vem, me ajuda a levar tudo isso lá pra baixo. — Ele dá um sorriso e nega com a cabeça. Entrego a ele a cesta que está pesada e levo na mão apenas o lençol e uma sacola com algumas outras poucas coisas que serão necessárias para fazer os sanduíches. — Vamos, João?

— Opa! Vamos. Vem, Feijão. — Ele pega na coleira do cachorro e o guia, andando atrás de mim.

Nós saímos do prédio e fomos até o meu carro que está do outro lado da rua. Todo mundo também estava do lado de fora esperando eu, João e Marcelo. Para caber todo mundo, foram precisos três carros, incluindo o meu.

— Ai, finalmente! Quanta demora. Ah, oi, Feijão! — Diz Poliana que logo se distrai com o cachorro de João.

— Até parece que você também não se atrasou, mocinha. Eu já tô arrumado a um tempão, Marcelo e Luísa que ficaram enrolando lá em cima. — João diz. Que absurdo!

— Mas, gente, eu acho isso um absurdo! Quanta calúnia sobre mim! — Falo, fingindo estar ofendida.

— Também vou começar a ficar chateado. — Marcelo me acompanha após guardar a cesta no carro.

O Sonho e o Futuro (Lucelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora