Marcelo
— Vamos, tia, por favor! Só um pouquinho! — Poliana continua insistindo mas não faz efeito em Luísa.
— Já disse que não, Poliana. Essa água tá muito gelada. — Ela diz e coloca seus óculos de sol novamente.
— Deixa, Poli. Não vamos conseguir convencer sua tia. — Digo a ela.
— Mas, Marcelo! - Poliana reclama e eu pisco pra ela. — Ah. Tá bom, então! Tchauzinho! — A menina diz sorridente e depois vai até a piscina e pula na mesma. Luísa se senta na espreguiçadeira e franze o cenho.
— O que deu nela?
— Deve ter desistido. — Sorrio e também me sento na espreguiçadeira.
O clube que estamos também é de posse do dono do parque que estávamos fazendo o piquenique. Cláudia explicou que esse clube é para alugar, ou seja, não é aberto para todo mundo. As crianças ficaram indignadas ao saberem que o clube não ficava dentro do parque como Cláudia tinha dito, ou seja, tivemos que sair do parque para ir até o clube. Ela disse que se não tivesse mentido ninguém iria querer ir.
Agora estou descansando um pouco. Perdi a conta de quantas vezes já pulei na piscina. Estou exausto.
O lugar é agradável e arejado. Em frente a grande piscina, tem um pequeno lugar onde podemos comprar comida. Ao lado, tem um lindo jardim com alguns brinquedos e uma árvore enorme. Definitivamente esse lugar é maravilhoso.
Só estou esperando eu recuperar minhas energias para poder jogar Luísa na piscina. Se ela não quer entrar por bem, vai entrar por mal.
— Você não acha que tá muito calor pra você ficar usando essas roupas? — Pergunto a ela. A mesma está de short jeans e uma blusa rosa.
— Não. Pelo contrário, está bem fresco. E você? Não acha que está muito despido, não? — Ela levanta o seu óculos de sol para me olhar. Rio com sua pergunta e me dou conta de que estou apenas de sunga.
— Sabe que não? — Ironizo e Luísa revira os olhos. — Que foi? Tá com medo de alguma mulher reparar no meu corpo?
— Perdeu a noção do juízo? Só tem minha família e nossos amigos aqui.
— Tem as funcionárias que trabalham naquele bar ali. — Olho para o bar do clube e depois volto a olhar Luísa.
— Quer saber? Vou me trocar que eu ganho mais. — Ela se levanta e sai. Rio sozinho ao me lembrar de suas palavras.
Estou muito feliz por estar com Luísa, mas triste por ter que esconder esse amor de todo mundo. Queria mostrar para todos o quanto eu amo ela e, finalmente, poder dizer que é minha. Vou respeitar sua decisão, mas não garanto que sempre terei a devida paciência para esperar que ela conte. É difícil não demonstrar que eu a amo o tempo todo, muito difícil. Acho até que as outras pessoas já sabem, em vista do carinho excessivo que tenho dado a ela. Sua irmã, então, com certeza já sabe, mesmo que Luísa nem tenha contado a ela. É inevitável esconder nossos sentimentos um pelo outro. São fortes demais, mais fortes do que a gente. Não podemos controlá-los.
Desperto dos meus pensamentos ao ver Luísa incrivelmente maravilhosa com um maiô simples preto e uma saída de praia por cima. Meus olhos como imãs seguem seus movimentos e a observa se sentando novamente na espreguiçadeira. Ela percebe que estou a encarando e um sorriso convencido se forma no rosto.
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O Sonho e o Futuro (Lucelo)
Fanfiction--- Então eu os declaro... --- O padre é interrompido por um barulho estrondoso que parece vir do começo da igreja, perto da porta. De repente, as portas da igreja que antes estavam fechadas foram abertas bruscamente por um homem. --- Eu tenho algo...