Five

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p r e ѕ o ѕ

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Queria dizer que eu estava ficando maluca ou que tudo no final era apenas um sonho, mas não era.
Eu estava mais do que acordada, se possível.

Lee Minho estava realmente ali, na minha frente, me encarando com seriedade.
A distancia entre nossos corpos era mínima, a respiração pesada dele batia em meu rosto.

— Ficou assustada, S/n? - o mais alto então riu e usou uma das mãos para brincar com as mechas do meu cabelo.

Respirei fundo, tentando não me desconcertar com a proximidade que estávamos.

— Como não ficaria? Você me pegou de surpresa, seu grande idiota! - coloquei minhas duas mãos em seu peito para empurra-lo.

O garoto tombou para trás com meu golpe mas não se abalou.
Apenas deu de ombros e se aproximou novamente, segurando em meu braço para me barrar quando tentei ir embora.
O sinal já estava para bater e eu não queria deixar os meninos me esperando por muito tempo.
Do jeito que Chan era exagerado, acabaria ligando para a polícia se eu sumisse por muito tempo.

Olhei para o Lee e não consegui decifrar a expressão em seu rosto enquanto o mesmo me encarava.
Seu rosto não estava nem tão sério e nem tão dócil.

— Pode me soltar, por favor? Eu preciso mesmo ir embora - pedi, me concentrando para me manter calma e plena.

Mas o garoto teimoso não me soltou.
Pelo contrário, me puxou para perto, nos grudando um no outro.
Prendi a respiração quando vi seu rosto tão perto do meu.
Ele não iria me beijar, iria?

O sorriso convencido surgiu.

— O que pensa que vai fazer, Lee Minho? - perguntei, mas meu tom saiu mais baixo e esganiçado do que eu esperava.

Ele riu e aproximou ainda mais seu rosto do meu, fazendo nossas testas se colarem.
Estava tao perto que eu conseguia ver cada detalhe de seus lábios.

— Minho, para..- supliquei, a respiração acelerada dificultava minha fala.

O maior riu e, para meu alívio (eu acho) se afastou, me soltando.

Respirei aliviada enquanto ele cruzava os braços e apenas me observava com sua postura convencida e debochada de sempre.

— Incrível - ele alargou o sorriso presunçoso — mantém uma pose de durona quando falo com você, mas hoje pude perceber que, se eu te beijasse agora, você cederia sem nem pensar duas vezes - era um convencido, mas um convencido iludido.

Foi a minha vez de rir da cara dele.

— Não achava que você fosse ser tão iludido, Lee Minho - balancei a cabeça enquanto ria alto — eu deixar você me beijar? Só se fosse em outra vida - falei rispidamente, me virando para ir embora.

O moreno não se abalou, apenas me seguiu até a porta sem tirar o sorriso convencido do rosto.
Ignorei-o prontamente e agarrei a maçaneta da porta, desesperada para sair dali (ou não).

Mas a porta não reagiu.
Forcei a maçaneta o quanto pude e nada da porta ceder.

— Saí daí, fracota. Deixa isso pra quem tem força de verdade - Minho riu, me empurrando para o lado e tentando abrir a porta á força.

Mas nada adiantava. A porta não queria abrir de modo algum.
Depois de muito forçar a porta sem sucesso, Minho desistiu e passou a mao pelos cabelos.

— Deve ter emperrado - falou ele.

Como se eu ja não tivesse percebido esse fato.

— Ah, jura? Quem será que a fechou com tanta força que a fez emperrar, ne? - olhei acusadora para ele.

Eu não tinha tanta força para fazer uma porta emperrar e também lembro muito bem de que não a fechei quando entrei na biblioteca.
Minho que realmente a fechou, quando veio atrás de mim.

O garoto deu de ombros.

— Relaxa, estressadinha, não vamos durar muito tempo aqui - ele disse, descontraído.

Suspirei.

Meu dia estava bom demais, eu devia ter desconfiado.

— Tem como essa situação ficar pior? - desabafei comigo mesma, ignorando o mesmo.

— Não recomendo dizer isso - ele brincou, rindo baixo.

Dei de ombros.
Por favor, ate parece que eu era algum tipo de mae dinah pra jogar praga na gente.

— E por que eu seguiria alguma recomendação sua novamente? - desprezei, cruzando os braços.

No mesmo instante em que me calei, tudo fica escuro.
Queda de energia.

O problema de ser paranóica e odiar escuro, era que você se abraçava em qualquer pessoa que estivesse na sua frente em busca de proteção.

E foi isso que eu fiz.
Gritei e abracei Lee Minho.

O maior riu do meu desespero mas me envolveu em seus braços gentilmente.

— Calma S/n, nenhum monstro vai vir pegar você - ele riu fraco e senti suas mãos acariciarem meu cabelo.

Comecei a me acalmar com o calor do corpo do maior e suas maos que deslizavam pelos fios do meu cabelo.
E já recuperada do susto, me afastei de seu abraço num pulo.

— Eu não gosto de ficar no escuro - falei, mesmo que ele não pudesse ver minha cara de atordoada no momento.

Ouvi sua risada perto de mim e senti quando a mao do maior encontrou a minha, a segurando.

— Relaxa, S/n. Foi só uma queda de energia, logo a luz volta - disse ele, com a voz tranquila até demais.

Assenti com a cabeça, mesmo que agora ele não pudesse ver meu movimento.

Então lembrei que ainda tinha meu celular comigo.
Claro, a lanterna!

Tateei os bolsos da calça jeans á procura do aparelho e o encontrei no meu bolso de trás.
Estava sem sinal para conseguir ligar para meus amigos mas pelo menos a lanterna seria útil.
O único problema era que a bateria estava quase acabando. Esqueci de carregar durante a noite passada.

Com a lanterna ja ligada, passeei pela biblioteca até uma das mesas e me sentei ali.
Logo vi a silhueta de Minho se sentando ao meu lado e repousei o celular na mesa, olhando para seu rosto, iluminado pelo brilho do aparelho.

Ele já me observava, mas não com suas expressões de deboche de sempre.
Seu rosto estava calmo.

Se eu não soubesse a peste que aquele garoto era, seria facilmente enganada por aquela carinha de cachorro bonzinho.

Se algum dia alguém dissesse antes que eu ficaria presa em uma biblioteca no escuro com Lee Minho, eu teria simplesmente rido.
Mas, agora, eu me sentia segura pelo fato de que ele estava ali.
Teria me sentido pior se tivesse ficado presa sozinha.

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Primeiramente, sorry o sumiço dos caps

Segundamente, poxa S/n, o Minho só quer se aproximar mas vc n colabora...

HeartBeat | Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora