HeartBeat | Lee Minho

Fifty Tree

e x p l i c a ç õ e s

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꧁ S/N ꧂

Minho estava de volta e parecia surreal.
E minha mente estava um turbilhão de emoções.
Ao vê-lo na festa queria gritar com ele, abraçá-lo, xingar mil nomes proibidos por ter ido embora e ao mesmo tempo beijá-lo.
Mas eu simplesmente agi como se não fosse importante, sei que o deixei magoado por isso. Mas ele merecia sentir um pouco depois de tudo.

Parte de mim queria ouvir Félix e escutar a versão do Lee sobre aquela ligação, acreditar que havia uma explicação para isso mas meu coração se dobrava só de imaginar a única resposta que eu temia: a confirmação de que ele já não me amava e queria terminar mesmo.

Félix dizia que não, que ele ainda me amava. Mas todo aquele tempo sem contato só me fazia pensar que sim, ele me deixara.

Enquanto estava longe era mais fácil para esquecê-lo e seguir em frente sem pensar nele e em tudo que me fazia sentir.
Mas agora ele estava novamente morando na cidade com dois novos amigos e tudo parecia ter voltado à tona.

Dormi mal, graças aos pensamentos que não saiam da minha cabeça durante a noite.
Quando desci para a sala, o sono logo foi espantado pela visão surpreendente no sofá da sala.
Félix e Jeongin dormindo abraçados, parecendo se encaixar perfeitamente um no outro.
Não queria incomoda-los mesmo já estando um pouco tarde.
Não questionei a presença de Jeongin, sabia que provavelmente estava tendo problemas com seu pai denovo.

Sorri com a visão dos dois dormindo e apenas fiz o café para eles e Chan, que também não havia acordado ainda.

Quase deixei tudo queimar graças a imagem de Minho, que insistia em permanecer na minha cabeça.

Precisava conversar com ele, sabia que não poderia fugir disso, mas ainda não me sentia preparada, principalmente se fosse para ouvi-lo dizer que realmente estava tudo acabado.

Um toque da campainha me assustou e rapidamente deixei o café da manhã na mesa para os meninos. Eu poderia comer depois.

Abri a porta com cuidado para não acordar Félix e Jeongin, visto que dormiam tão serenamente.

Meu coração quase saltou quando Minho apareceu ali, levantando a cabeça para me encarar. O vento era mais forte pela manhã e isso fazia seus cabelos alaranjados balançarem suavemente.

— O que está fazendo aqui tão cedo? - perguntei, em um tom frio até demais.

— Precisamos conversar, S/n. Por favor - pediu com calma, numa súplica indireta.

Eu sabia pelo modo como me olhava que ele não sairia dali enquanto não dissesse tudo que tinha em mente.

— Minho eu não sei se estou preparada pra te ouvir agora - relatei, tentando ignorar a vontade que tinha de abraçá-lo.

— Apenas escute, por favor. Eu não vou insistir numa resposta agora - insistiu, me fazendo soltar o ar que nem sabia que estava segurando.

Por fim, cedi. Fechei a porta e nos sentamos na calçada mesmo, ainda era cedo e não tinha movimento nenhum na rua.

Olhei fixamente para meus dedos enquanto esperava que ele falasse.