Twenty Six

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d ia p e r f e i t o

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No dia seguinte, acordei mais feliz do que o normal e sabia que era por causa da noite anterior. Mas minha felicidade não durou tanto quanto eu gostaria, graças a um detalhe que eu havia esquecido tão repentinamente: Eu havia saído escondida de casa e agora meu celular estava lotado de mensagens e ligações de Bang Chan.

Eu odiava decepcionar meu melhor amigo, mas ele também merecia um pouco de susto e preocupação. Afinal, ele quem decidira tentar me trancar em casa.

– Acha que ele vai ficar muito bravo? - Minho perguntou enquanto descia da moto.

Respirei fundo enquanto encarava a porta á minha frente, a mesma por onde eu havia fugido anteriormente e sorri quando senti o mais velho me abraçar por trás, olhando para o mesmo ponto.

– Provavelmente vai matar você por ter me influenciado indiretamente a sair escondida de casa - sugeri, ainda sorrindo para ele.

O mesmo riu e me virou, nos deixando frente a frente. O calor de seus braços á minha volta havia se tornado minha sensação favorita.

– Bom, então é melhor lhe dar algo para se lembrar de mim - foi o que ele falou antes de me beijar calorosamente.

Descobrimos poucos minutos depois que Minho estava certo em supor a fúria do meu melhor amigo. Quando finalmente entramos, vimos um Bang Chan aflito e agitado se levantar do sofá, onde estivera sentado olhando fixamente para seu telefone. Esperando notícias minhas, logo adivinhei.

– Você tem ideia do quanto fiquei preocupado?! - ele questionou, se aproximando.

Engoli em seco, me sentindo um pouco mal.

– Não era como se eu não tivesse dito para onde iria. E também, não aconteceu nada demais, eu estou bem, não fui parar no hospital nem nada - argumentei enquanto apertava a mão de Minho, que apenas escutava a conversa em absoluto silêncio.

Eu adorava a preocupação e o cuidado que Chan tinha comigo mas as vezes ele era dramático demais. Tipo no primeiro ano quando uma colega me empurrou na escola e ele ficou desesperado querendo saber se eu havia quebrado ou torcido alguma coisa, mas no final ficou aliviado ao ver que só havia alguns arranhões no meu braço. Mas eu entendia sua preocupação naquela época, eu era nova na escola e no país, diferente dele.

Mas naquele dia em si não havia motivo para tamanho desespero já que ninguém havia me empurrado e eu havia voltado para casa sem nenhum arranhão. E já faziam três anos que eu morava na cidade, conhecia perfeitamente todos os lugares por onde andava.

O loiro deve ter concluído o mesmo que eu, pois relaxou um pouco e fixou o olhar nas mãos entrelaçadas de Minho e eu.

– Então, vocês estão juntos - a falta de animação era evidente na voz do Bang.

Minho fez um gesto engraçado com a mão livre.

– Relaxa hyung, se eu fizer sua amiga derramar uma lágrima sequer, você tem permissão para me encher de socos - afirmou, com um ar cômico.

A expressão facial de Chan ficou mais leve e animada, como se estivesse ansioso para por em prática aquela ideia.

– Acho bom mesmo - concluiu, cruzando os braços rente ao peito.

HeartBeat | Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora