Thirty Tree

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d i a e s t r a n h o

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A festa ia se estendendo até a noite já que meus amigos não queriam sair de perto de mim, querendo compensar as duas semanas de susto que me deram. Porém, acabei os convencendo de que não era necessário e as poucos todos voltaram para suas casas. Seungmin se ofereceu para acompanhar Momo até em casa e fiz com que Jisung tomasse coragem e acompanhasse Mina. Félix seguiu sozinho. Eu esperava que ele encontrasse alguém que o fizesse feliz embora ele não se incomodasse de ser a vela da turma.

Os únicos que permaneceram após o fim da festa foram Changbin e Minho.

— Tem certeza que quer ficar um pouco mais? Seus pais podem ficar preocupados - Chan parecia um pouco desconfortável com a decisão do amigo.

O moreno riu e se aproximou do amigo, fazendo com que o mesmo desse um passo para trás, assustado.

Eu apenas observava tudo, encostada na porta da cozinha, com um sorriso divertido.

— O que foi, Chan? Não me quer aqui? - rebateu o Seo, com um sorriso levemente malicioso no rosto.

Eu teria ouvido mais da conversa se meu braço não tivesse sido puxado e um certo garoto não tivesse me prensado na parede da cozinha.

Garoto esse que fazia meu coração bater mais rápido com seus sorrisos malandros e arrasadores.

— Nunca se cansa de me pegar de surpresa? - questionei, arqueando a sobrancelha.

Minho fez uma careta pensativa e logo em seguida esboçou uma risada, piscando para mim.

— Não. Vim ao mundo para arrasar seu coração - brincou com mais uma piscadela e ainda teve a audácia de passar a lingua pelos lábios.

E as fãs dele que lutem.

— Então está cumprindo muito bem seu trabalho - ri fraco, enlaçando os braços em seu pescoço e o puxando para mais perto.

Uma coisa que eu não podia deixar de comentar sobre os beijos de Minho: ele sempre dava um jeito de deixar um melhor do que o outro. Eu não me concentrava em mais nada quando estava em seus braços e naquele momento não estava sendo diferente. Me desliguei tanto da realidade que mal percebi quando minhas costas bateram contra a bancada.

Dessa vez porém não fora eu a parar o beijo.

— Quero te dar uma coisa - Minho separou nossos lábios mas deixou nossos rostos praticamente colados.

Só eu que fico tímida de receber presentes?

— Minho você já é um presente para mim - acariciei o rosto dele, olhando profundamente dentro daquelas órbitas negras que pareciam brilhar toda vez que ele me encarava.

O mesmo mordeu o lábio.

— Mesmo assim, quero te dar algo porque você merece e porque quero que lembre de mim quando eu não estiver por perto - garantiu, soltando uma das mãos que estavam em minha cintura e mexendo no bolso de seu moletom.

Decidi não insistir no contrário. Além de ser falta de educação recusar presentes eu sabia que Minho não era fácil de ser impedido quando queria algo.

— Você sempre está por perto - comentei porque realmente havia tido um mal pressentimento.

— Mas alguma hora posso não estar, é bom andar precavido - ele sorriu fraco mas seus olhos não esboçavam humor algum.

HeartBeat | Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora