Nine

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De todas os beijos que já provei durante os anos de vida aquele com certeza era o melhor de todos.
Devo dizer que fui bastante surpreendida naquela noite.

Apesar de estar receosa em ser beijada por um desconhecido, não me afastei. Pelo contrário, escolhi aproveitar aquele momento.

Então, quando senti sua língua pedir passagem, abri meus lábios para aceitar o convite de aprofundar o beijo.
A mão que estava em meu rosto deslizou até minha cintura, onde a outra já se encontrava, e fui puxada para mais perto, sendo colada ao corpo do indivíduo.
Minhas mãos saíram de seus braços e subiram, entrelaçando-se em sua nuca e explorando a região, focando principalmente nos cabelos macios.

Arrepiei ao sentir um leve aperto em minha cintura e deixei escapar um suspiro.
Com certeza aquele beijo havia sido o melhor que já experimentei.
O sujeito podia ser quem for, mas precisava admitir: Ele sabia bem como comandar um beijo.

Surpreendentemente, comecei a desejar que o tempo parasse, pois 7 minutos era pouquíssimo.
Mas, infelizmente, esses minutos logo passariam.

Apertei meus dedos em seus fios de cabelo quando nossos lábios se separaram, mas o sujeito permaneceu com sua testa colada á minha.
Suas mãos apertaram novamente minha cintura enquanto ele suspirava.

E novamente antes que eu pudesse falar algo, a porta foi se abrindo, indicando que o tempo havia acabado.
E foi quando Félix abriu a porta que pude ver quem eu havia beijado.

Arregalei os olhos ao conhecer aquele rosto e saí imediatamente de seus braços, o empurrando.

Eu havia beijado ninguém menos que Lee Minho.

Não era atoa que eu estava com medo daquele jogo.

— O tempo acabou, gente. Podem voltar pra roda - o australiano riu, notando nossas expressões atordoadas.

Não esperei nem mais um minuto e sai daquele quartinho, nem sequer vendo se os dois me acompanharam.
Naquele momento eu só queria ir embora.

Passei pela roda dos que ainda esperavam por sua vez no jogo e continuei andando, com o único objetivo de chegar até a porta e sair daquela festa.

Nem sequer esperei qualquer reação dos meus amigos.

Já me encontrava fora da casa quando uma mão agarrou meu braço, me puxando para si.
Já mencionei o quanto Minho era insistente?

— S/n, a gente precisa conversar... - disse ele.

Com um pouco de força, soltei o meu braço, dando passos para aumentar a distância entre nós.

— Não temos nada para falar, Lee Minho. O que aconteceu nessa festa foi só um beijo e nada mais. Não é como se um soubesse que era o outro, estávamos no escuro - eu pronunciava as palavras um pouco rápido demais e sem pensar antes.
Temia estar falando besteira mas naquele momento eu não me importava.
Só queria me livrar daquela conversa e ir para casa.
Sentia minha cabeça latejar, tão confusa quanto as batidas do meu coração.

O maior balançou a cabeça lentamente.

— Eu sabia que era você - foi o que ele respondeu.

HeartBeat | Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora