Fifty Two

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m a d r u g a d a

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Félix

Apesar de sentir vontade de quebrar a cara do meu melhor amigo por não me avisar sobre sua volta, eu estava feliz e com medo.
Feliz por ele estar de volta, mas com medo de como as coisas seriam dali em diante.

Chegamos bem tarde da festa e eu agradecia por ainda estarmos no fim de semana e não ter expediente até segunda-feira.
Eu não aguentaria servir mesas com sono acumulado.

— Ainda não acredito que ele realmente está de volta - S/n se jogou no sofá, cansada, e me encarou em busca de explicações.

Estendi as mãos em rendição.

— Eu juro que não sabia. Ele não me avisou absolutamente nada - esclareci rapidamente.

Já bastava o próprio Minho ter dito durante a festa que mantivemos contato durante todo esse tempo que ele estava ausente, causando uma raiva ainda maior em S/n.

— Bom, você e ele se falavam né, vai que ele te contou os planinhos dele de aparecer e ser o centro das atenções na festa do Jisung e da Mina - S/n cruzou os braços, claramente aborrecida.

Bang Chan terminou de trancar a porta e se aproximou de onde estávamos.

— Melhor nem falarmos desse cara. Se ele acha que pode ir embora, terminar com a namorada por ligação,cortar contato por dois anos e voltar do nada achando que todo mundo vai aplaudir está muito enganado - o moreno parecia a ponto de quebrar todos os dentes do Lee.

— Sei que estão chateados com ele mas deviam deixar que ele se explique - tentei argumentar, visto que sabia da verdade.

Minho não era o culpado por aquela ligação.
Tentei contar a S/n mas desisti no momento em que a vi beijar Jeongin na cozinha um ano atrás.
Foi uma cena difícil de engolir, no momento em que vi os dois senti um aperto no peito, o que ainda acreditava ser por conta de Minho.
Então deixei para que o mesmo arrumasse um jeito de provar sua inocência.
Só esperava que ele realmente tenha trazido provas consigo.

— Não tem o que explicar, Félix. Ele foi um otario e pronto. Não passe pano só porque é o seu melhor amigo - Chan respondeu rispidamente.

Olhei para S/n, na esperança de que a mesma pensasse o contrário. Eu sabia que ela ainda o amava, apesar das mágoas e do tempo separados sem contato um com o outro.
Ela ainda mantinha suas fotos do colegial intactas e guardadas, fora a pulseira que até hoje usava no pulso.

— O Chan tem razão. Não há nada a ser explicado - para meu azar, essa foi sua resposta.

S/n não me permitiu falar mais nada, pois se digiriu rapidamente até seu quarto e pude ouvir o barulho da chave girando.

— Deixe-a Félix - Chan tocou meu ombro, adivinhando o que eu pensava em fazer, que era tentar falar com ela — nós dois sabemos que um coração partido é muito difícil de ser restaurado. Ela precisa lidar com isso sozinha - aconselhou.

Com um suspiro, me dei por vencido.
Não havia nada que eu pudesse fazer senão esperar as coisas se acertarem.

Irei dormir agora, se precisar de algo é só bater na porta - disse o Bang enquanto se dirigia ao seu quarto.

HeartBeat | Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora