HeartBeat | Lee Minho

Six

ι n т e r e ѕ ѕ e

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— Vamos ficar sabe-se lá quanto tempo aqui presos apenas olhando um para o rosto do outro? - perguntou Minho, entediado.

Revirei os olhos.
O Minho quieto e legal estava bom demais para durar..

— E o que mais tem para fazer no meio do escuro, garoto? - eu já estava impaciente com a demora para a luz voltar.

A lanterna do meu celular era a unica iluminação ali e eu sabia que não duraria muito tempo. A bateria estava por um fio.

Minho deu de ombros.

— Conversar, como amigos normais, talvez? - sugeriu como se fosse algo óbvio.

— Primeiro, acho que nenhum de nós dois aqui é normal e segundo, não somos amigos - respondi, rápido e secamente.

Minho soltou um suspiro pesado.

— O que você tem contra mim, ein? - questionou, impaciente.

Vejamos...

— Desde que chegou nesta escola, você só tem mostrado que é insuportável - respondi, sempre curta e grossa.

— Você nunca também nem procurou me conhecer melhor antes de julgar - ele mencionou em voz baixa.

Eu ia encara-lo, mas a bateria do meu celular morreu, acabando com a unica luz que tinha ali.
Tateei a mesa até o aparelho e o guardei, respirando fundo.

— Maravilha, agora não tem nem como alguem saber que estamos presos aqui - murmurei para mim mesma.

Minho riu baixo.

— Relaxa, S/n. Logo seus amiguinhos vão sentir sua falta e pedir pra alguém te procurar. E aí você finalmente vai sair de perto de mim como tanto deseja - ele retrucou, com um pouco de mágoa na voz.

Me mantive, calada e pensativa.
Sei que estou sendo dura demais com ele mas foi ele quem causou a má impressão no primeiro dia!

Ah, deixa pra la, não valia a pena me preocupar com ele.

Após sei lá quantos minutos em silêncio, Minho voltou a tentar puxar assunto.

— Vai mesmo sair com o Kim Seungmin? - perguntou ele, em tom baixo.

Queria não estar no escuro para ver a expressão de seu rosto.
Seu tom baixo me causava uma leve desconfiança.

— Vou, estamos nos tornando bons amigos - respondi como se ele tivesse feito a pergunta mais absurda do mundo.

O Lee riu, voltando para sua personalidade de sempre: debochado e convencido.

— Você é bem atenta para algumas coisas, mas é tão burrinha para o obvio - pelo tom irônico de sua voz, pude deduzir que ele revirou os olhos no escuro.

Franzi a testa, confusa.

— Do que você está falando, garoto? - questionei, não entendendo aquele ponto de vista.