Capito 17 - JANTAR EM FAMILIA

4.4K 560 15
                                    

Por Derick

Acordo de meu sono que era pra durar  à noite inteira mas infelizmente não durou. Olho no relógio e os ponteiros marcam que são apenas 20:00 horas da noite ainda. Me levanto suado do quarto apenas de cueca, mas paro quando escuto vozes vindo da minha cozinha, então coloco minha calça e uma camiseta regata. Se Mahina me pega só de cueca escuto um sermão daqueles.

Desço animado já que não irei jantar sozinho e noto alegria de Kimura rindo alto de algo, Mahina no fogão acompanhando ele na risada e Flora que falava muito e ao me ver fica em silêncio e isso me frusta muito.

—Boa noite!— Digo e eles me respondem

Passo por Flora e bagunço o cabelo dela, vou até a geladeira pego uma garrafa de água gelada e uma maçã, me sento ao lado dela.

– Então , posso saber o motivo da reunião?

– Acabou o gás lá em casa, aí tive a brilhante ideia da gente vir jantar aqui meu querido Supremo— Kimura me responde sarcástico e meu ódio por este japonês falsificado aumenta.

– E... eles ... me obrigaram , eu particularmente não estava com fome— Flora diz mas seu estômago a denúncia roncando alto.

Eu e Kimura começamos a rir iguais duas crianças da cara dela envergonhada.

– Entendo, minha Flor —Digo rindo

– É.... minha Flor ?- Olho para Flora e vejo uma lágrima cair de seus olhos .

Kimura me olha me questionando o motivo dela ter ficado sentida pela forma que a chamei.

– Desculpa, é que meu padrinho era quem usava este apelido carinhoso comigo e depois que ele partiu o apelido o acompanhou— Mahina percebendo a situação, olhou para nós limpando suas lágrimas.

— Crianças o jantar está pronto — Diz tentando corta o clima triste

– Ótimo! Estou cheio de fome –Digo olhando
para ela como agradecimento por me tirar da situação na qual ainda não consigo lidar, mas que prometo que irei aprender.

Todos se serviram, eu fiquei olhando Flora se servir sozinha, chega ser impressionante como ela não consegue ver nada e mesmo assim ela se virava tão bem sozinha.

Terminado o jantar Flora e Mahina começam organizar tudo na cozinha e eu aproveito para subi até o quarto e pegar o livro, junto pego algo que eu deveria ter dado a muitos anos. No seu aniversário de dezoito anos comprei um par de brincos de girassol pra ela, mas não tive coragem de entregar. Passou mil coisa na minha cabeça e uma delas o medo de alguém interpretar errado meu gesto de carinho.

— Flora — Chamo e ela se vira sorrindo de algo e percebo que ela continua com mesmo sorriso de menina.

— Sim - Responde vindo até mim

—Hoje tiver quer ir na biblioteca pegar um livro sobre economia e como o Kimura anda muito cheio com o trabalho, resolvi pegar o seu livro do mês para ler. Confesso que foi muito aleatório por não entender nada o que os pontinhos querem dizer— Digo sério e ela solta uma risada gostosa, olho para Kimura e soletro baixo "PERDEU"

– Flora, quero aproveitar a oportunidade, e já que estamos todos aqui e voce lembrou de papai. Quando você estava preste a completar seus quinze anos de idade ,papai me falou que queria comprar um colar para menina dele que tivesse um pequeno girassol, mas como você se lembra ele faleceu uns dias antes do seu aniversário e não conseguiu te entrega o último presente. Então no seu aniversário de dezoito anos, eu andei em várias loja e não conseguir achar o colar de girassol, mas achei um par de brincos pequenos, em forma de girassol. E eu tolo como sempre sou, infelizmente não tive coragem de te entrega em seu aniversário, achei que você ficaria ofendida pelo gesto — Suspiro triste– Então hoje resolvi criar coragem e te dar os brincos, que devia ter dado no dia do seu aniversário no ano passado— Peguei a caixinha com os brincos e entreguei em suas mãos. — Flora, quero que você fique ciente que apesar de não termos o mesmo sangue , você sempre foi uma filha para o meu pai e ele sempre teve muita vontade de te ouvir você chama-lo de pai, mas ele não teve essa oportunidade, apesar de tudo ele se contentava com o padrinho carinhoso que vinha de sua boca. Eu como seu filho sempre aceitei e o admirei por te amar tão lindamente e quero que saibas desde o momento que você chegou aqui na alcateia eu já te aceitei como uma irmã. É isso que, seu irmão mais velho. Eu vi você aprendendo a gatinhar, ouvi suas primeiras palavras, os seus choros com medo de trovões em noites de tempestade. Quando perdi meu pai só fui forte por que tinha Mahina, Kimura e principalmente Você ao meu lado. Você foi embora desta casa por livre espontânea vontade. Seu quarto continua o mesmo e vai sempre continuar. Só quero que você saiba disso minha Flor que eu e Kimura somos seus irmãos perante todos, principalmente perante a lei.

Termino de dizer tudo e Flora me abraça chorando, eu a envolvo em meus braços, e sinto ela se encaixar em mim tão pequenininha, mesmo sendo uma mulher já crescida meus braços ainda a rodeiam como se fosse a pessoinha mais pequena desse mundo.

— Obrigado por serem minha família — Sussurra baixinho emocionada.

Senti os braços do japonês nos abraçar também e chorando pelo momento, logo ele um beta durão. Rimos quando Mahina resmungou algo e passou por baixo dos nosso braços abraçando Flora, abraço as duas fortes deixando claro que sempre protegeremos elas até o fim.

—AMO VOCÊS MEUS FILHOTES TERRÍVEIS— Diz chorosa e sinto o que sempre senti tendo eles ao meu lado, amor de uma família.

*******************************************
Revisado 01/04/2020

*******************************************Revisado 01/04/2020

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
ENCONTRO DE ALMAS (Livro 1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora