Capítulo Dois: Muita Coincidência...

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" Ainda não sei como vão ficar as postagens, mas vou tentar postar dois na semana."


No dia seguinte do meu acidente acordei com um arranjo lindo de rosas vermelhas no meu quarto, e nem precisava ler o cartão para saber quem tinha enviado, até por que as únicas pessoas que sabiam que eu estava aqui nesse hospital é a Ari que está aqui comigo e o metido a gostosão que parece um deus nórdico. Então sabia que tinha sido ele a me mandar as flores mesmo que não precisasse, e admito que gostei, vermelho é a minha cor preferida acho que ela se destaca bem no meio das outras e embora não me sinta assim na maior parte do tempo tinha outras que sentia que o mundo lembrava de mim e acontecia coisas legais. Claro que o fato de eu ter pedido um filho que eu nem sabia que amava tanto podia me abalar de maneira tão intensa, mas talvez fosse melhor assim. A intrometida da minha amiga já estava pegando o cartão sem a minha permissão e lendo em voz alta tirando-me dos meus devaneios.

- Megan eu sinto muito pela sua perda. Te desejo melhoras. Ricardo. – Fala pausadamente dando ênfase a cada palavra. Muito educado da parte dele eu admito, levantei a mão passando a mão nas flores, sempre achei as rosas vermelhas lindas e perfumadas. Amo flores, rosas então me encanta, acho que encanta qualquer mulher. Mas eu não sou qualquer mulher. – Não vai me contar nada mesmo Meg? – Pergunta ela me dando o cartão, o olho por cima vendo as letras curvadas em um recado rápido. Será que tinha sido ele a escrever? Não sabia o que pensar desse estranho. Um estranho gentil.

- Não tem nada pra contar dona Ariel. Cadê esse médico para vim me dá alta? – Pergunto impaciente. Odeio hospitais, por mais que esse seja totalmente diferente dos que já tenha freqüentado ainda assim não deixa de ser um hospital. E quero mudar de assunto, não quero falar sobre o Ricardo até por que não tem nada pra falar. Mas ela me encara como se tivesse escondendo algo, o que é quase ofensivo já que não tem nada que ela não saiba da minha vida.

- Tem sim. Você conhece um homem maravilhoso que ficou aqui com você, pagou a conta altíssima deste lugar e ainda te manda flores e quer que eu caia nessa estória de que não rolou nada! – Exclama cruzando as mãos em cima dos peitos. Realmente ele fez algo que não devia, mas se parar pra analisar eu estou aqui por conta dele que foi irresponsável e me atropelou, não estou colando a culpa que ele não tem, mas de certa forma estou aqui por causa dele!

- Culpa, sofri o acidente por conta dele, não fez mais que a obrigação, e você sabe que eu não sou de esconder nada. Sim ele é um homão da porra, mas acabei de perder meu filho de um homem que nem lembra da minha existência, acha mesmo que quero romance? – Pergunto cansada. Ela fez um biquinho e vem em minha direção me abraçando. O Ian foi um romance tórrido, nos conhecemos e logo estávamos em uma cama e todos nossos encontros envolviam uma cama onde a gente se pegava feito animais. E quando ele foi embora não sentir falta ou fiquei triste alias foi necessário para que não nos envolvêssemos mais do que devia. E de tudo que eu tenho, preso minha liberdade mais que tudo.

- Desculpas por ser tão insensível. – Se desculpa ainda agarrada a mim, minha doidinha favorita. Praticamente crescemos juntas e é sempre assim não escondemos nada uma da outra. – E sendo inconveniente foi você que não quis nada com Ian. – Completa. Sendo inconveniente mesmo.

Não demora para que o médico me dê alta e ainda bem não iria suportar ficar mais um segundo aqui. Seguimos pra casa e sinto um vazio dentro de mim, como se faltasse algo, mas desde muito cedo eu aprendi a dá volta por cima e já chorei o suficiente para uma vida. Ainda bem que consegui chegar a tarde assim consigo chegar na Pizzaria a tempo, além de ajudar na cozinha sou garçonete também e com muito orgulho, um dia chegarei a ter o meu próprio restaurante, mas até lá eu continuo batalhando. Coloco minha calça jeans e uma blusa de alças e prendo meu cabelo em um coque alto. Não posso me dá ao luxo de me abater tão facilmente. E nada como o trabalho para fazer com que a gente se esqueça dos problemas e é disso que estou precisando me distrair.

A.V.A.S.S.A.L.A.D.O.R... Onde histórias criam vida. Descubra agora