Capítulo Trinta e Dois: Incerto.

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Megan Monteiro...

Meu coração está acelerado e não tenho mais força para escutar nada que o Caio está me dizendo. Não consigo acreditar que o Menezes tinha levado um tiro, tudo pra mim tinha parado. Não consigo respirar e começo a tremer, as lágrimas descem por meu rosto e me mantenho imóvel. Não pode ser, tem que ser mentira. Fecho os olhos e antes que eu caia no chão ele me segura. Assim que me abraça começo a chorar copiosamente tendo a única certeza que preciso vê-lo, preciso saber como ele está e que nem ouse a me deixar não quando eu demorei tanto para conseguir confiar novamente em alguém.

Não sei dizer quanto tempo fico no abraço do Caio tudo que eu quero no momento é saber do Ricardo. Quanto mais ele diz que não é pra me preocupar, mais preocupada eu fico. Quero ir onde ele está. Minha noite estava tranqüila, estava praticamente dormindo quando escutei batidas na porta, achei estranho pelo horário, mas pensei que era o Menezes que tinha conseguido sair antes de sua reunião, mas sabia que tinha algo de errado quando deparo-me com o Caio em minha frente e sabia que com certeza não era notícia boa, pelo contrário e pelo visto não estava errada.

- O que aconteceu Caio? Como ele levou esse tiro? Onde ele está? – Pergunto o enchendo de perguntas. Afasto-me para encará-lo, espero que não minta pra mim, percebo que está preocupado tanto quanto eu, o que faz com que comece a pensar no pior. Levo a mão no peito e sinto que a qualquer momento vou ter um ataque cardíaco se ele não começar a me responder.

- Assim que ele saiu do carro, levou o tiro abaixo do peito, não demorou que ambulância chegasse, ele estava delirando te chamando. O Michel o acompanhou e eu vim te buscar. – Conta. Meu coração aperta e minha vontade de vê-lo aumenta ainda mais.

- Quem poderia ter feito algo assim? O Ricardo tem algum inimigo? – Pergunto. Estou devastada não sei quem teria a coragem de fazer algo desse porte justamente com o Menezes. Fico ainda mais confusa, só que no momento a prioridade é ele.

- Tem Megan muitos, acredite o Ricardo não chegou onde ele está sem fazer uma porção deles, mas acredite duvidamos da mesma pessoa e eu vou fazer o que for possível para descobrir quem foi. – Menciona e não tenho dúvidas que de fato ele vai sim descobrir se tem dedo da vagabunda da Ágata. Uma mulher linda, mas sem um pingo de caráter e a cada momento minha simpatia que já era nula diminui cada segundo mais, minha intuição grita que ela tem culpa no cartório, posso até estar julgando mal, mas de uma coisa eu tenho certeza. Dessa ela não escapa e muito menos sai impune de suas maldades.

- Vou só me trocar e podemos ir. Quero vê-lo. – Digo. Sigo para o meu quarto troco de roupa o mais rápido que consigo e encontro o Caio na sala, seguimos para o hospital ambos em silencio. Ele está tão pensativo com certeza pensando em como tudo isso aconteceu. Será que está escondendo algo de mim? Por que eu mereço saber se tem algo a mais nessa historia toda.

Paramos no hospital e seguimos para recepção onde encontramos o Michel todo sujo de sangue, minha respiração acelera e o meu medo que já não era pouco se intensifica. Como será que o Menezes está. Nos aproximamos e pergunto como está o Ricardo, sento frustrada assim que ouço que ele ainda estar lá dentro que o médico ainda não tinha dado nenhum parecer e o que nos restava é aguardar.

Sento em uma das poltronas enquanto aguardo alguma notícia dele, mínima que seja, que amenize um pouco dessa angustia. Sinceramente eu não sei o que é pior não ter notícia alguma ou ter e não ser uma boa. O Moura se levanta diz que vai pegar um café, me oferece, mas balanço a cabeça que não. Nada vai descer no momento o Michel aproveita para acompanhá-lo avisando que vai em casa se trocar e que assim que possível volta para o hospital saber do Ricardo. Balanço a cabeça confirmando e não sei muito o que pensar simplesmente rezo para que o meu amor saia dessa bem.

A.V.A.S.S.A.L.A.D.O.R... Onde histórias criam vida. Descubra agora