A.V.A.S.S.A.L.A.D.O.R...

Capítulo Nove: Ponto de Partida...

Megan Monteiro...

O Ricardo me deixa em casa nos despedimos e seguir pra dentro, não sei que horas eram, mas já tinha anoitecido e eu estou exausta. Nunca vi um homem tão exigente como ele, mal saia de dentro de mim e logo voltava me agarrando. E admito tinha superado minhas expectativas jurava que ele era o tipo de homem egoísta e prepotente, mas não provou que sabe muito bem dá prazer e deixar uma mulher saciada. No meu caso bem comida! Sorrio com o pensamento, abro a porta deparando-me com a Ari deitada comendo um pote de sorvete assim que me ver sua expressão muda de entediada para animada. Fico empolgada com o pote em suas mãos.

- Me conta tudo! – Exclama se sentando no sofá e acabo caindo na gargalhada vou até a cozinha pegando uma colher, já que vou contar a respeito da boa foda com o Ricardo eu pelo menos quero aproveitar do sorvete de chocolate. Ela me entrega o pote e delicio-me com o sorvete.

- Transamos a tarde inteira. Pense em um homem fogoso. – Digo a fazendo cair na gargalhada e me junto a ela. Não devia fazer nenhuma comparação, mas não consigo. Com o Ian é uma delícia não podíamos ficar sozinhos que já estávamos arrancando a roupa do outro em tempo recorde e logo começamos a transar é muito bom mesmo ele sempre deu conta do recado, mas não sei explicar a sintonia que aconteceu com o Ricardo foi uma explosão de sintonia esplêndida. Se eu fechasse os olhos ainda poderia sentir a boca dele em mim, me chupando de uma forma tão intensa e profunda que me fez esquecer profundamente do quanto eu devia estar repelindo esse tipo de pensamento. Até por que não sou o tipo de mulher que fica com homem na cabeça depois de uma transa por mais boa que ela seja!

Principalmente por se tratar do homem em questão.,.

- Ainda bem já estava na hora de tirar a teia de aranha. – Brinca. Não tem tanto tempo assim que fiz sexo, mas como minha amiga ela tem uma vida sexual muito ativa uma mulher que transa duas vezes em uma semana pra ela é pouco, e pra piorar ela ainda usa o argumento que quem muito trepa vive mais, então a Ari é quase imortal. No meu caso sou apenas um rele mortal. Não tive um começo de vida sexual muito saudável, primeiro por que eu não tive uma mãe para poder me guiar nessa área, com a minha tia nem chegamos a tal ponto por que eu precisei fugir do seu marido quando tentou me atacar e quando encontrei um lar de verdade não tive tempo de poder ser ensinada como devia, então aprendi algumas coisas com a Ari, algumas na internet e outras na prática.

Claro que tenho os meus traumas, mas que lutei dia após dia para entender que o que tinha me acontecido, não poderia me influenciar para o resto da vida, precisei tirar forças de onde não tinha, matando dois leões por dia e não foi fácil para que eu pudesse me libertar das travas sexuais e poder me definir como uma mulher saudável sexualmente falando.

- Bem menos né! – Exclamo. – E você ficou aqui a tarde inteira sem fazer nada? – Pergunto passando a colher no pote e levando a boca. Não é do feitio da minha amiga ficar em casa em um domingo, ela saía pra curtir, beber, voltava cedo, mas não ficava em casa de jeito nenhum. Então vê-la em casa comendo sorvete me fazia ter certeza que tinha algo de errado. A não ser que tivesse menstruada.

- Sim. Digamos que o Eros me ligou. – Fala com desgosto. E é aquela velha questão o passado querendo ser presente. Eu nunca tive uma opinião sobre o relacionamento deles dois, mas o que eu lembro é dele sendo fraco para lutar pela Ariel. A família dele nunca aceitou o relacionamento por ela ser negra, o velho preconceito que nunca teria fim. Ele foi embora e não deu nenhum até logo o que fez com que minha amiga se fechasse completamente para o amor. E por mais que odeie admitir acho que ela continua apaixonada por ele. E por mais que ela curta bem as noitadas, nunca assumiu nenhum relacionamento até por que o seu coração ainda tinha um morador permanente.

- Digamos? – Indago devolvendo o pote de sorvete. Nossos motivos para se esbaldar no doce são totalmente diferentes. Eu por que tive uma tarde muito proveitosa e ela por ter que lidar com o passado mal resolvido, acredito que ela só vá conseguir viver plenamente quando resolver toda essa questão.