Cinquenta: Tranquilizante.

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Megan Monteiro...

Eu ia matar o Ricardo com toda certeza!

Lembrava perfeitamente dessa mulher, na verdade de ambos saindo se agarrando do Banco um dia após a gente ter ficado. Eu sei que não tinha motivo para sentir ciúmes a gente não tinha absolutamente nada, e eu não pensava em ter, mas aquela cena havia mexido comigo. E sim era por que estava começando a gostar desse idiota que está brindando com uma mulher que eu sabia que já tiveram algo, minha vontade era de ir até lá, mas tinha me segurado tentando fingir que não é comigo tentando me segurar para não ir até aquela mesa e me sentar e saber qual é o motivo de tantos sorrisos.

- Megan! – Exclama uma voz ao longe enquanto bisbilhoto o Ricardo. Eu não deveria estar aqui fazendo isso. Eu confio no meu taco, se ele estivesse com segundas intenções ali quem sairia perdendo com certeza não seria eu, mas a minha curiosidade estava me matando. Olho para trás quando vejo o Pietro com os braços cruzados, fardado me olhando e sacando bem o que estava fazendo. O que não é nenhum crime, aliás, tenho certeza que ele está é se divertindo e muito com a minha cara.

- Oi! – Respondo indo em sua direção o cumprimentando. Ele sorri me soltando do seu abraço. Eu não queria ter sido pega no flagra bancando a curiosa. Mas tinha sido muito maior que eu. Atitude essa que o Ricardo nunca vai sonhar que aconteceu. Aquele ali não precisa de mais nada para alavancar aquele ego dele, pelo contrário! E não seria eu que daria munição. E sinceramente preciso começar a me controlar mesmo que a minha vontade seja de tentar entender ao menos o que está acontecendo.

- Devo dizer que o Ricardo deve ser louco ou homicida para estar em uma mesa com outra mulher no seu restaurante. – Brinca. Sinto a ironia de suas palavras. Eu sei que não devia sentir essa necessidade estranha de voltar a olhá-lo. Mas eu queria. Eu jamais agiria dessa maneira, mas sentia que tinha motivos para ficar de olho. Não tinha esquecido da ultima vez que ele veio aqui. As mulheres e até alguns homens o comiam com o olhar uma até teve o disparate de ir em sua mesa enquanto ele estava conversando comigo. Não sei como consegui ser educada, mas o culpei o caminho todo de volta para casa. O jeito seria ter que me acostumar com esse tipo de coisa e passar a confiar, mais do que confio nele! Sinceramente é mais divertido quando é o contrário.

- O pior de tudo é que eu acabei de dá munição para tal coisa! Mas me diga como você está? Já falou com a tia Elsa? – Pergunto indo direto ao ponto. Ele também vinha vindo freqüentar mais o meu restaurante, tenho certeza que tem haver com o fato do Edu está fazendo jogo duro. E eu não o culpo! Deve ser horrível estar em uma relação as escondidas quando tudo que você mais quer é explanar o que está sentindo.

- Estou indo. Mas como estava aqui, achei que seria falta de educação vim até aqui e não te dá um oi. – Responde. Sorrio para ele. Não queria me intrometer em sua vida, mas sabia que ás vezes por medo deixamos pessoas maravilhosas escaparem. Para minha sorte eu tinha conseguido me abrir com o Ricardo, mesmo com o medo do seu julgamento, com medo que não me visse como alguém que não valia ter ao seu lado, e tinha medo de perdê-lo quando eu já sabia que o amava. Mas tive uma grata surpresa ao ver que ele não se abalou com o que eu disse a ponto de me enxergar da maneira que por muito tempo me via no espelho.

- Ainda não conseguiu se acertar com o Edu? – Pergunto. Ele balança a cabeça que sim, nota-se que está abalado por isso, mas existem coisas que são tão simples e a gente complica com uma facilidade tremenda. Mas jamais o julgaria por ter medo, a reação mais comum do mundo.

- Exatamente, estou em uma base de teste e não sei mais o que fazer. A verdade eu sei o que fazer. Só que é complicado fazer, estava decidido a contar para minha mãe que eu sou gay. Mas quando ela sempre me pergunta quando vou dá netos a ela? Eu travo. Tenho medo de magoar a pessoa que eu mais amo no mundo. – Responde. Uma coisa não impedia a outra, tantos casais que adotam. Que buscam uma maneira de ser pai. Eu entendo sim que pra mim que estou de fora seja muito mais fácil achar soluções, mas só quem está dentro para saber as suas dores.

A.V.A.S.S.A.L.A.D.O.R... Onde histórias criam vida. Descubra agora