— Se quiser eu levo a Mari embora! — Liv disse
— Sério? Quem sabe hoje eu consigo sair do 0 a 0!
— Está parecendo desesperada! — eu zoei
— E eu estou, mas claro que ele não sabe disso! — ela riu.
Ela se despediu e fomos para o estacionamento.
— Que merda foi aquela? — eu perguntei quando entramos no carro dela.
— Eu dei o que ela queria um motivo pra gente estar esquisitas.
— A gente nem estava esquisitas Olivia!
— E porque ela disse aquilo?
— Era só negar, uma hora ela ia cansar!
— Eu não sei mentir!
— Mas eu sei, era só ficar quieta que eu dava um jeito!
— Eu apavorei okay? — ela confessou me fazendo rir, ela me olhou de rabo de olhos e começou a rir também.
— Ela vai me encher o saco sobre isso sabia?
— Vai? Acho pouco!
— Idiota! Então você me desculpou em partes só?
— É! — ela sorriu parando na frente da minha casa — chegamos!
Eu fui para o lado dela para me despedir, ela fez o mesmo, mas acabamos paradas uma a centímetros da outra, senti ela respirar fundo, eu passei a língua sobre meus lábios, aproximei meu rosto do dela para beijar sua bochecha, mas o destino da minha boca mudou quando senti seu perfume, descendo para seu pescoço, beijei de leve, senti ela se arrepiar.
— A gente não ia... ia parar com isso? — ela perguntou com a voz fraca.
— A gente pode fazer isso só hoje, uma despedida — eu falei baixo no seu ouvindo. — Você não acha justo? — afastei meu rosto para olhar nos seus olhos.
— Acho! — ela disse rápido antes de colar sua boca na minha e sua língua ir de encontro com a minha.
Senti seu beijo calmo apesar da rapidez que ela me beijou, Deus como eu queria aquilo, minha mão foi parar na sua nuca, ela me afastou.
— Estamos na frente da sua casa! — ela disse meio sem folego.
— Verdade! Tem uma rua morta virando ali!
Ela se virou pra dirigir, eu continuei próxima dela, beijei seu pescoço enquanto ela dirigia o carro.
— Como que dirigi assim? — ela perguntou meio mole.
Virou o carro na rua que acabava em um muro, desligou e apagou os faróis, eu coloquei a mão em baixo do banco encontrando a alavanca, puxei fazendo o banco dela ir todo para trás e subi no seu colo, ela pareceu surpresa, mas riu antes de eu a beijar, passei meus dedos pelos seus cabelos enquanto suas mãos apertavam minha coxas, subindo para minha cintura e parando nos meus seios por dentro do sutiã, senti seus dedos brincarem com os biquinhos me fazendo ficar mais excitada, como se isso fosse possível, puxei seu cabelo com força fazendo ela erguer mais a cabeça e forçar mais o beijo.
A gente se largou instantaneamente quando ouvimos alguém batendo na janela do nosso lado, olhei, era um policial com uma lanterna nas mãos, pulei pro banco do passageiro, ela me olhou assustada antes de abaixar o vidro.
— Boa noite moças! — ele disse de cara fechada — posso ver o documento do carro?
— Pode! — ela pegou o documento do carro e o dela, percebi que ela tremendo.
Ela entregou para ele, que iluminou com a lanterna para ler, foi até a esquina, vi só a bunda do carro da polícia, o que explica o porquê não termos visto ele chegar, cinco minutos depois ele voltou, parecia menos carrancudo, entregou os documentos para Liv.
— Desculpa incomodar vocês meninas, mas essas horas ficar aqui é perigoso, vou ter que insistir que vocês vão para outro lugar.
— Eu já estava indo mesmo! — disse antes de sair do carro, ele se despediu e foi andando até o carro da polícia.
— Não quer que eu te leve? — ela perguntou.
— Não Liv, são dois quarteirões! Manda mensagem quando você chegar na casa — ela me olhou estranhando o pedido — é que a cidade está perigosa! — justifiquei sem nem mesmo eu entender o porquê de ter falado aquilo.
— Está bem! — ela sorriu.
Virei a rua e fui andando para casa, vi o carro dela sair da rua sem saída e seguir o caminho inverso ao meu, entrei em casa, tudo apagado, provavelmente minha mão já tinha dormido tomei banho antes de me deitar, olhei o celular e tinha uma mensagem.
Liv: "Cheguei em casa já, nenhum bandido ou marginal a solta".
Mari: "Engraçadinha!" fiquei sem graça.
Mari: "Que situação com o policial hein?!".
Liv: "Eu acho que as marginais eram a gente haha".
Mari: "Será que ele achou que tínhamos roubado o carro?"
Liv: "Não sei, só sei que foi um climão"
Liv: "Acho que já vou dormir boa noite Mari".
Mari: "Boa noite Liv".
Liv: "Dorme bem e sonha comigo".
Mari: "Pode deixar"
Ela não imaginava o quanto eu já sonhei com ela, o fato de eu ter pedido pra ela me ligar quando ela chegasse ficou na minha cabeça até eu dormir.
No outro dia minha mãe me acordou cedo pra eu ir treinar, quando voltei ela estava em casa, eu estranhei.
— O que faz aqui? — perguntei
— Adivinha! — sério? — consegui uma semana de férias, vamos para casa da sua vó!
— Vamos é? E meu treino?
— Se você ficou uma semana sem treinar por que foi pra casa do seu pai, você pode ficar mais uma semana!
— Não sei não mãe!
— Mariana é a sua vó, você sabe que ela não vai durar a vida toda e a gente volta no domingo porque você tem aula na segunda.
— Tudo bem! — ela me convenceu.
— Vamos depois do almoço, vai ser divertido! — disse animada.
Fui pro meu quarto, mandei mensagem no grupo das meninas, as duas me desejaram boa viagem, Vivian disse pra eu mandar mensagens todo dia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A PROVA D' ÁGUA ROMANCE LÉSBICO
RomanceMariana estava acostumada a não se apegar depois que seu primeiro amor foi embora, mas uma bendita foto a faz olhar Olivia com outros olhos e aos poucos perceber que a pequena garota de olhos cor de chocolate trás com ela uma história triste e traum...