Mariana estava acostumada a não se apegar depois que seu primeiro amor foi embora, mas uma bendita foto a faz olhar Olivia com outros olhos e aos poucos perceber que a pequena garota de olhos cor de chocolate trás com ela uma história triste e traum...
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GALARA DA PLAY NA MUSICA DO ONE DIRECTION OLIVIA.
BOA LEITURA.
Vamos fazer sessão cinema aqui! — Vivi deu a ideia.
— É o jeito! — Vini disse — Eu faço a pipoca!
— E eu observo! — eu disse.
— Escolhe o filme! — ele disse pra Vivian e indo para a cozinha.
— Não! Ela vai escolher terror! — eu revirei os olhos — ou pior, romance!
— Romance é pior que terror? — ela estranhou olhando na netflix.
— No momento sim, porque estou segurando vela!
— Vocês estão ouvindo isso? — Vivian perguntou
— A chuva? — perguntei sem entender.
— Não! — ela foi até a porta e abriu deixando uma rajada de vento entrar em casa.
— Está frio, fecha isso ai! — pedi afagando meus próprios braços.
— Vem ver isso! — ela chamou e tanto eu quanto o Vini fomos para a porta.
E lá estava a Mariana ensopada no meio da minha calçada, do lado dela tinha um banquinho e um saco preto de plástico em cima do banco, no meio do escuro só dava pra ver direto suas roupas porque eram claras e o banquinho que era branco, havia uma melodia saindo da onde ela estava, olhei para os meninos e suas feições podiam facilmente ser trocados por um ponto de interrogação igual a minha, imaginei que houvesse alguma caixa de som dentro do saco preto, algo bem potente porque estava conseguindo ouvir mesmo com a chuva.
— VOCÊ ESTÁ MALUCA? — Perguntei gritando por causa da chuva e do som, mas ela sorriu toda molhada, percebi de que música era aquela melodia um segundo antes dela começar a cantar junto com a música.
Você se lembra do dia em que estávamos desistindo, quando você me disse que eu não te dei o suficiente
E todos os seus amigos estavam dizendo que eu iria deixar você
Ela está deitada na cama com a minha blusa, pensando em como eu estava errado sobre isso
Essa não é uma mancha de um vinho tinto, eu estou sangrando amor
Por favor, acredite em mim, você não vê
As coisas que você significa para mim?
Oh, eu te amo, eu te amo
Eu amo, eu amo, eu amo a Olivia
Comecei a rir, obviamente eu saberia a letra da música que tem meu nome, ela cantava desafinadamente, mas estava fofa pelo menos.
Eu vivo por você, eu anseio por você, Olivia
Eu tenho idolatrado a luz em seus olhos, Olivia
Eu vivo por você, eu anseio por você, Olivia
Não me deixe ir, não me deixe ir
Diga o que você está sentindo e diga agora, porque eu tenho a sensação de que você está indo embora
E o tempo é irrelevante quando eu não tenho te visto
As consequências estão agindo, tem algo que está me fazendo ter pesadelos
E são por esses motivos que eu estou imploro por você
— Acho que é uma serenata! — Vivian disse baixo.
— Na chuva? — meu irmão estranhou.
— O que posso dizer? Ela é maluca! — Vivian retrucou.
Por favor, acredite em mim, você não vê
As coisas que você significa para mim?
Oh, eu te amo, eu te amo
Eu amo, eu amo, eu amo a Olivia
Eu vivo por você, eu anseio por você, Olivia
Eu tenho idolatrado a luz em seus olhos, Olivia
Eu vivo por você, eu espero por você, Olivia
Não me deixe ir, não me deixe ir
Ela tinha obviamente saído da zona de conforto dela com flores e agora uma serenata mesmo que fosse na chuva, mas ela estava doente e aquilo ia a fazer piorar.
Quando você sai e eu fico sozinho, você vive em minha imaginação
O verão e as borboletas
Tudo pertence a sua criação
Eu amo você, é tudo que eu faço, eu te amo
Eu vivo por você, eu anseio por você, Olivia
Eu tenho idolatrado a luz em seus olhos, Olivia
Eu vivo por você, eu espero por você, Olivia
Não me deixe ir, não me deixe ir, não me deixe ir
Ela acabou e mexeu na sacola, provavelmente desligando o som.
— SAI DAI MARIANA! — Gritei.
— NÃO! — Gritou de volta.
Entrei em casa e peguei um guarda chuva, sai irritada sentindo a chuva gelada molhar meus pés, abri o portão e fui até ela, a colocando de baixo do guarda chuva também, mas ela deu um passo pra trás saindo dele.
— Você está maluca? — perguntei irritada — Quer morrer?
— Não!
— Então entra aqui, você estava com gripe, vai pegar uma pneumonia.
— Eu não me importo — ela disse me olhando, os cabelos caindo no seu rosto pareciam mais escuros por estarem molhados. — Eu vim te provar que eu não sou mais uma covarde Liv, eu estou aqui, me molhando por você e eu levaria um tiro por você também se você pedisse, porque eu prefiro isso a ficar sem você!
— Vamos sair da chuva!
— Eu fui covarde e até permissiva muitas vezes, mas eu mudei por você, eu mudei na hora que percebi que tinha que ser diferente pra te conquistar, ai eu fui gostando de quem eu era quando eu estava com você, eu fui gostando do que estava me tornando por sua causa, então Olivia, você me faz uma pessoa melhor e eu quero te provar isso e eu sei que o perdão é algo gradual, mas eu posso esperar.
— Você não entende, eu já te perdoei! — disse sem forças mais pra mentir — só não sei que vale a pena, sabe? Você entende que não importa o fato da gente querer ficar junto, porque parece que o destino não quer!
— Como você pode dizer se toda vez que resolvemos nos afastar a gente sempre acabou indo uma atrás da outra de novo?
— É, e nunca deu certo! É como subir pra superfície, mas sempre ter alguma coisa puxando a gente pra baixo de novo, pro fundo de novo e de novo! — eu disse cansada, mas inevitavelmente me lembrei do meu pai contando sobre ele e minha mãe e como o que é seu dá um jeito de chegar até você.
— Eu não me importo se você ver o que eu vejo!
— E o que você vê?
— Que eu e você somos a prova d'agua! — ela sorriu
— Não parece que você é a prova d'agua agora! — eu disse tentando fazer as coisas serem mais leves, mas ela só riu. — Vamos lá pra dentro por favor! — pedi.
— Não, eu acho que vou pra casa! — ela disse parecendo triste.
— Em baixo de chuva Mari? — perguntei preocupada.
— Eu não ligo! — ela deu um sorriso meio sem graça e foi pegar as coisas dela. — Boa noite Liv!
