Quando começou a escurecer, foram cada um para o seu canto: Clara, Sergio e Davi pro apartamento, Carolina, Amora e Victor para o apart e Gabriela e Célia para casa, se arrumar e arrumar o jantar. Combinaram oito e meia e Gabi ainda passou no mercado com a mãe para comprar as coisas para o jantar. Resistiu a tentação de comprar cerveja e resolveu comprar um vinho, de uma marca que Carolina tinha comentado uma vez que amava.
_Ué, Gá, vinho ao invés de cerveja? - Célia comentou, botando a mão na testa da filha - Tá com febre? Ou tá apaixonada? - A senhora deu um sorrisinho travesso.
_Ih, mãe, pode parar! Vinho harmoniza melhor com estrogonofe, nunca ouviu falar não? - Gabriela disse. Duas garrafas dariam de boa, pensou. E talvez, ainda sobrasse um pouquinho pra dar uma fugidinha com Carolina no meio da semana... Pensando nisso, um sorrisinho que ela não pôde frear apareceu no canto de sua boca.
_Harmoniza, né? Sei. Minha filha, qualquer um que te ver agora, vai saber que você tá apaixonada. Mas, se vocês ainda não querem abrir, eu respeito. Só acho uma bobagem, vocês já perderam tanto tempo separadas... Eu no seu lugar, não ia querer esconder mais nada. - Célia argumentou, colocando os ingredientes da salada no carrinho.
_Tem nada pra esconder não , tá? Parou, dona Célia, chega desse assunto. - Gabriela disse, séria, se dirigindo ao caixa.
_Não tá mais aqui quem falou. - A senhora disse, sentindo a filha lhe abraçar de lado e beijar sua cabeça.
_Vamo pra casa, minha véia, daqui a pouco tem um monte de baiano com fome chegando lá. - Gabriela brincou, agradecendo a mulher do caixa logo em seguida e pegando as sacolas rapidamente, antes que a mãe inventasse de ajudar.
_Véia é sua mãe, menina. - Em clima de brincadeira, as duas foram até em casa.
Quando Gabriela abriu a porta do apartamento para a turma baiana entrar, Carolina pôde sentir o cheiro maravilhoso da comida sendo feita na cozinha. Amora correu na frente e se jogou em Gabriela, que a pegou no colo, e o resto do pessoal entrou, logo indo pra sala e encontrando Patrick sentado no sofá mexendo no celular.
_Olá, povo bonito...- Disse ele sorrindo.
_Olha só, quem tá aqui de novo. - Victor provocou, e Carolina pôde jurar que havia um tom de flerte entre os dois.
_Achou que não ia me ver mais, gato? Senta aí. - O carioca se ajeitou no sofá, com um sorrisinho no rosto.
_Já venho, só vou dar um beijo em Celinha. Bora Carol? - Os dois se dirigiram até a cozinha, e Carolina tinha um sorrisinho suspeito nos lábios.
_Que cheiro maravilhoso é esse, hein, minha bonitona? - Carolina entrou na cozinha e Célia a abraçou, logo fazendo o mesmo com Victor.
_Ah, chegaram na hora certa. Eu já ia pôr o creme de leite, mas não sei se tá bom de sal e pimenta. Carolzinha, vem cá, prova um pouquinho. -A senhora assoprou um cubinho de carne colocando-o na mão da baiana. Na mesma hora, Gabriela entrou na cozinha para pegar taças de vinho para os convidados.
_Ô mamãe, vai perguntar logo pros baianos se tá bom de pimenta? É hoje que eu cuspo fogo! - Gabriela brincou, logo alcançando uma taça para cada um dos baianos.
_Pois tá ótimo, viu? Perfeito. - Carol fez um sinalzinho com a mão.
_Você não tá falando isso só pra me agradar não, né? - Célia brincou fazendo os outros rirem.
_Oxente? Claro que não, eu sou sincerona, Gabi sabe. - Carolina riu.
Nisso, Amora e Davi chegaram na cozinha abraçando Célia pela cintura.
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O Último Eclipse
RomanceQuando duas almas predestinadas se encontram, é como se houvesse um Eclipse. Uma explosão de faíscas em um abraço, contagiam até quem está assistindo de muito longe. Em pouco tempo são muitas pessoas compartilhando do mesmo sentimento: o frio na bar...