Patrick enchia Amora de perguntas e ela não via a hora de contar tudo que tinha descoberto. Se sua cabeça não estivesse começando a doer... Ela se sentia tonta e com frio, e reclamou com o professor, que pousou a mão em sua testa.
_Santa Lady Gaga, menina, você tá ardendo em febre! - Ele comentou espantado, e no mesmo instante Gabriela entrou na sala.
_Como assim? - Ela disse preocupada pegando a menina e a sentando em cima da mesa, logo depois checando sua testa. - Ai, que bosta. Patrick, o que você tá fazendo aqui? E essa bagunça nos meus papéis?
_Eu vim...
-Ele veio me ver, eu chamei porque tava com dor de cabeça. E acabou esbarrando na mesa e derrubando tudo... - Amora o interrompeu, impedindo de contar do escândalo de Maria Laura.
_Vem, eu vou te levar pro hospital. Ligo pro seu tio no caminho. - Pegou a menina no colo, fazendo menção pra sair da sala, quando Amora deu em grito.
_NÃO, eu odeio hospital, eles vão me dar injeção! - A pequena fez menção de chorar e Gabriela a pôs de novo na mesa.
_Mas meu amor, você tá com muita febre, tem que ver um médico. - Ponderou a paulista, mas a menina já chorava.
_Não! Se você me levar pra tomar injeção, eu não vou ser mais sua amiga! - Ela protestou entre soluços e Gabriela olhou para o amigo, sem saber como agir.
_Eu não tenho nem termômetro em casa. - Disse ela, assustada.
_Amiga, tá cedo ainda. Passa na farmácia, compra um termômetro e aí, chegando em casa você dá um banho nela. Se aumentar a febre, aí você vê o que faz. - Ele disse, evitando de falar em hospital para a menina não ter um ataque.
_Calma, bebê. Eu vou te levar pra casa, tá bem? Fica calma. - Ela disse, pegando a menina ainda em prantos no colo.
Depois do banho, Gabriela mediu a febre de Amora. 36.6, praticamente sem febre. Sucesso! As duas jantaram e colocaram pijama, mas a menina ainda parecia abatida. Deitou sobre o peito da paulista, fervendo de febre outra vez.
_Gabi, minha cabeça tá doendo de novo. - Gabriela sentiu seu coração parar e colocou o termômetro outra vez. 37.8, sem notícias boas. Pensou em dar-lhe outro banho, mas Amora recusou, molinha sobre a cama. Toda vez que Gabi falava em ir pro hospital, ela caía no choro e a percussionista não tinha coragem nem de ligar para Sérgio. As horas passaram e a febre aumentou, as 22:10 Amora tinha 38.8 e já delirava, chamando a mãe.
Gabriela tinha vontade de pegá-la e ir pro hospital sem avisar ninguém, mas quem tinha os documentos de Amora era Sérgio. Não queria ligar pra ele, pois seria admitir a derrota, e logo Clarisse E Carolina iam ficar sabendo. Arriscava até Carolina não deixar mais que ela visse a menina, e isso ela não suportaria. O ar já lhe faltava e ela sentia uma crise de pânico lhe tomando, enquanto ouvia a menina murmurar chamando por Carolina.
Num ato de desespero, ela se afastou da cama e discou um número conhecido, sentindo seu coração se aliviar assim que ouviu um "alô" do outro lado da linha.
_Oi, mamãe. - Ela disse, tentando disfarçar o choro.
_Gabriela, você tá chorando minha filha? - Célia perguntou, preocupada.
_Tô, mas já vai passar. Eu preciso de ajuda e só você pode me ajudar, mãe. - Depois de atualizar a mãe de tudo, pois ela só estava sabendo da história até Carolina vir pro Rio, Gabriela já se sentia um pouquinho mais calma, mas nada aliviava sua agonia de ver Amora daquele jeito.
_Calma, meu amor. Olha, você ainda tem aqueles chás que eu te dei? - Gabriela respondeu que sim. - Então ferve uma água e coloca sabugueiro e macela, juntos. Baixa febre num instante. Enquanto o chá estiver esfriando, você dá outro banhozinho nela, morno, tá? coloca um pijaminha limpo e aí depois, dá pra ela tomar. Coloca compressa de água fria na testa, também ajuda. E vai me ligando pra dizer como ela está indo.
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O Último Eclipse
Любовные романыQuando duas almas predestinadas se encontram, é como se houvesse um Eclipse. Uma explosão de faíscas em um abraço, contagiam até quem está assistindo de muito longe. Em pouco tempo são muitas pessoas compartilhando do mesmo sentimento: o frio na bar...