35° Capítulo

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*Jayke narrando*

Eu estou nas fontes termais com Diogo, ele tá pelado e fez questão que eu também estivesse e também ao lado dele.
— Pq me trouxe aqui? – Pergunto me afastando.
— Pq? – Ele me puxa pra mais perto – Simples, para ver seus pais.
— O que! Meus pais estão aqui?! Onde?! Ondeeeee! – Me levanto, tava tão feliz.
— Se não se acalmar vamos pra casa agora. E vê se senta aí – Ele me puxa.
— Não consegui, tô com saudades.
— Quer vê-los?
— Siiiim! Muito!
— Peça direito.
— O que? Não entendi.
— Sua mãe não lhe ensinou a como tratar um supremo alfa não?
— Hum...
— Tá bom então. Vamos – Ele diz se levantando. O seguro no braço, ele se senta novamente – Que é?
— Al-alfa... será que eu posso...ir ver meus pais?
— Ótimo, isso tá horrível, mas tá bom, por enquanto – Ele levanta – Mas sabe...eu até te levaria...mas...
— Não vai me levar?!
— Eu não gosto de ser interrompido. Como ía dizendo, eu ía te levar, mas tô cansado.
— Não! Eu quero ir vê-los, falar com eles! Diogo! – Digo também me levantando – Eu-eu quero ver minha mãe!
— Ela nem é sua mãe! Francamente, eu não sei como ela aceitou o filho de outra mulher!
Meu coração se partiu com aquelas palavras, eu sei que todo mundo pensa isso, mas ninguém nunca diz. Essas palavras machucam tanto, como alguém pode ser tão frio?!
— Não fala isso por favor... – Digo chorando.
— Disse algo que todo mundo sempre quis dizer – Ele agarra me braço e sai me puxando até o quarto.
— Palavras machucam... – Digo murmurando, aqueles dias serão difíceis de suportar.
...
A noite chegou e eu estou na cama, Diogo saiu dizendo que tem algo pra fazer, e obviamente pediu para que eu não saísse. Claro que isso não vai acontecer.
Levanto da cama e vou em direção a porta, não estava trancada, saiu e a fecho. A noite estava tão bela, queria chat logo meus pais, vou abraça-los.
Saiu correndo pra ricamente, acabo me batendo numa pilastra, acho que é a emoção.
Cai em um arbusto, assim que me levantei vi Rubi conversando com minha mãe. Sai dos arbustos e fui puxando novamente.
— Diogo! – Grito quando o vejo.
— Eu imaginei que você fosse fazer isso. Vai lá Jayke.
Isso tá tão estranho. Diogo tá tramando alguma coisa.
Sai correndo.
— Rubi! – Digo a abraçando por trás.
— Sai garoto! – Que?! – Eu nem te conheço, como pode fazer isso?
— Mas...mas eu achei...eu...
— Tá tudo bem Rubi. Ele pode ter se confundido. Desculpe minha filha, ela tá meio irritada, e então meu jovem, quem está procurando? Talvez já tenha visto. – Minha mãe não lembra de mim?
— Você me acha familiar? – Digo com o olho cheio de lágrimas.
— Hum... não. Nunca te vi. Pq?
Ah Meu Deus! Elas não lembram de mim! Como? Pq?
— Onde está meu pa- é quer disser o Sr. Pietro.
— Sinto muito. Meu pai está descansando, não está aceitando visitas – Rubi diz cruzando os braços.
— Ah..eu entendo – Digo chorando.
— Pq você tá chorando? – Minha mãe pergunta com cara de triste.
— Não é – Uma lágrima – não é nada...
— Você é um menino lindo...qual seu nome? – Isso dói.
— Jay...Jayke.
— Jayke, esse nome é bonito, sempre quis ter um ômega como filho – Não consigo parar de chorar – Não chora – Ela levanta e toca meu rosto.
— Algum alfa fez algo de ruim com você? – Rubi pergunta.
— Sim...eu...eu quero minha mãe! – Já não tava conseguindo prender mais nada.
— O que ele fez? – Rubi pergunta séria.
— Eu não fiz nada – Diogo aparece e me puxa pra perto dele.
— O que fez com esse pobre menino? – Minha fala super séria.
— Eu não fiz nada! Ele é meu ômega! Eu faço o que quero com ele! E não se esqueça que você está no meu território, seria horrível começar uma guerra. Não acham?
— Tia Cristal – Era o Nan – O que houve?
— Nada não Nan.
— Oi, você estavam brigando? – Ele pergunta me olhando.
— Se não calar a boca acabo com os três – Diogo fala baixinho no meu ouvido.
— Não – Falo esxugando as lágrimas que insistiam em cair – Está tudo bem... – Diogo dá as costas e começa a andar.
— Vamos Jayke. – Ele diz parando no meio do caminho.
— Meu amor, se ele estiver te fazendo mal me diga. Eu posso falar com meu mari-
— Não precisa! Digo cercando os punhos – Eu vou ficar bem. Tchau. Amo todos vocês... – Digo a última frase baixinho e saiu correndo atrás do Diogo.

Ele aguardou meu braço e saiu me puxando.
— Diogo – Digo enquanto entramos no quarto – O que você fez?
Ele permanece calado.
— Me diga, eu preciso saber...
— Pedi ao Dilan que apagasse qualquer rastro de você, ninguém lembra ou sabe quem é você.
— E meu pai!
— Ele? Hahaha.
— Pq tá sorrisinho?
— Eu não sei se funcionou, mas tenho quase certeza que sim.
— Você é cruel... muito cruel.
— Não sou cruel, só vingantivo.
— Mas eu não te fiz nada!
— Já chega Jayke! Cala a boca! Sua voz tá me irritando!
Deitei na cama chorando de cara no travesseiro.
— Você me estupra! Me maltrata! Me faz chupar seu pau! Me estupra novamente! E faz essas coisas com minha família!
— E o que tem? Você me odeia?! Eu não ligo Jayke! Eu não te amo! Seu ódio, se amor, sua raiva, pra mim é tudo igual! Pra mim isso é lixo!
— Eu não te amo! Eu nunca amaria alguém que faz isso com seu companheiro! Mal posso esperar pra você- – Paro a frase no meio.
— Que eu morra! Hahaha! Eu vou esperar é que seu pai morra!
— Ele não vai morrer!
— Veja, e espere.
Diogo entra no banheiro rindo.
— Psicopata... – Digo baixinho.
— Eu ouvi isso!

Preso Nas Garras De Um Lobo PerversoOnde histórias criam vida. Descubra agora