Logo depois que Diogo saiu ele voltou com uma mochilinha do leão com alguns brinquedos, agora Miguel não larga eles de jeito nenhum, acho que tô ficando com ciúmes.
— Miguel, você não quer deixar eu jogar esses brinquedos fora não? – Já era quase noite e ele não deixava esses malditos brinquedos, até no banho ele queria levar. Sento no chão ao seu lado.
— Não – Ele balança o dedinho.
— São só quarto, se você deixa eu te do oito.
— Oto? – Ele fica pensativo.
— Oito é maior que quatro.
— Não, eu gosto desses! Foi papai que me deu!
— Não – Faço voz de dengo.
— Siiiiim! – Ele responde levantando os bracinho.
— Jayke – Leandro vem até mim colocando a camisa, o tempo está tão frio, não sei pq. – Eu vou atrás do Nan, seu irmão já verificou a casa daqui desse território e vai para o seguinte, eu irei encontrá-lo na fronteira.
— Eu também vou! – Digo levantando do chão.
— Não! Não senhor! Já pensou no perigo.
— Mas se eu ficasse aqui sozinho seria mais perigoso – Ele ficou um pouco pensativo.
— Eu vou te levar até a casa de seu pai, sua mãe tá lá.
— E minha tia?
— Vai vir com a gente.
— O que? Eu não posso mais minha tia pode?! Eu não acredito?
— Não aceito! – Miguel diz rindo.
— Por favor Jayke, assim que eu chegar vou atrás de você, eu te prometo.
— Mas eu queria ir atrás de meu amigo.
— Por favor – Ele segura minha mão – Não sei o que seria de mim sem você. Eu te amo Jayke – Ele me dá um celinho.
— Assim não vale! – Faço cara de dengo – Você vai demorar?
— Não sei, mas acho que não.
— Eu vou até a casa de minha mãe, irei arrumar uma mala pra mim e Miguel.
Arrumei a mala bem rápido, coloquei uma roupa mais quentinha em Miguel só pra garantir.— Não precisa de capote, você é lobo, tem temperatura corporal alta – Leandro diz enquanto dirrigi.
— Melhor previnir, nunca se sabe – Olho para trás – Né Miguel? – Ele rir na sua cadeirinha, abraçado com aquela maldita mochila de leão com brinquedos.— Tchau Jayke! Se cuide! – Leandro diz entrando no carro e seguindo estrada a frente.
— Vem filho, vamos entrar – Minha mãe segura minha mão me puxando devagar, tranco a porta e a olho – Quer me dar ele?
— Não, quero ficar com meu bolinho.
— Filho não fique triste, Nan vai ficar bem – Ela me abraça.
— Eu não tenho certeza, tô com mal pressentimento... – Me afasto um pouco – Vou para meu quarto.
— Certo, pode descansar com calma, tem alguns seguranças aqui na casa.
— Mãe – Viro para olha-la – Não é de Diogo que eu tenho medo...
— É do Rangel?
— Sim, já pensou se ele faz mal a Nan! Eu me mato!
— Calma, calma – Eu vou fazer um chá pra você e levo no seu quarto, você precisa descansar.
— Tá bom.
Subo as escadas indo até meu quarto, deito na cama, olho para a janela e vejo que está aberta, levanto e tranco, volto a deitar ao lado de meu bolinho.
— Papai – Ele passa a mão no meu rosto, aquelas mãos gordinhas e uma lágrima escorreu de meu olho. Ele passou os dedinho e as enxugou, essa criança não existe.
— Meu bebê...papai tá tão triste.
— Pq?
— Pq o amigo do papai tá longe. Muito longe.
— Jayke, beba um pouco – Minha mãe entra no meu quarto com uma xícara de chá.
Bebo um pouco.
— Também quelo! – Miguel estica os bracinhos para tentar pegar mas eu não deixo.
— Pode dá, é bom que ele dorme – Minha mãe fala rindo – Depois desça, vamos fazer coxinhas! Temos que fazer alguma coisa diferente, faz tanto tempo que não ficamos juntos.
— Certo – Dito e certo, depois de um tempinho ninando Miguel ele agarrou no sono. O coloquei na cama, mas fiquei com medo que ele caísse então o coloquei no berço.
Desce até a cozinha e minha mãe tava mexendo a massa de coxinha.
— Cadê Joana?
— Forcei ela ah ter férias – Minha na fala rindo.
— Forçou?
— Sim, você sabe, Joana adora nossa família, ela já faz parte, mas se não força essa mulher não sai daqui – Rimos.
— Vamos fazer apimentado! Tô numa vontade!
— Olha lá pra isso não ser desejo.
— Mãe!
— Parei! Parei! – Rimos – Mexe aqui pra mim, eu vou inovar e vou colocar pimenta bem triturada, vai ficar muito bom.
— Ok cozinheira.Enquanto a massa da cozinha dava uma esfriadinha, eu estava cortando cebola, pq minha mãe teve a brilhante ideia de fazer uma torta salgada, comecei a chorar.
— Meu Deus Jayke, não chora – Minha mãe passa os polegares nos meus olhos.
— Foi o diabo da cebolaaaaaaa! Mãe! O que a tava cortando!? Meus olhos!
— Meu Deus! Eu esqueci que tava cortando pimenta! Meu Deus! Passa água!
— Mãeeeeee! – Ela me puxa até a pia e lava meu rosto.Eu e minha mãe fizemos as coxinha, os apimentados e a torta, mas meu olho inchou de tanto eu coçar, passei um negócio para diminuir a irritação, minha mãe mesmo sendo a culpada ria feito hiena.
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Preso Nas Garras De Um Lobo Perverso
Loup-garouEssa história é continuação do livro MINHA DOCE COMPANHEIRA VOCÊ ME DEVE UM BOQUETE (também escrito por mim), num entanto não é TÃO nesessario ler o primeiro livro já que não menciono muita coisa dele. AVISO: TEM CONTEÚDO GAY, SE NÃO GOSTAR NÃO LEIA...