Estou em casa ao lado de Leandro, Miguel parou de chorar, mas tá tão tristonho.
— Miguel... você quer um doce? – Pergunto sentando do seu lado no chão.
— Não...quelo meu papai...
— Mas Leandro tá aqui.
— Não esses papai...o outo.
— Miguel – Leandro vem até ele de senta do seu lado – Você não pode ficar com ele agora.
— Pq?
— Pq está acontecendo muitas coisas, e ele não pode te proteger.
— Pode sim! O lobo do papai é glandão, e coli (corre) rapidu...
— Como você sabe? Ele te mostrou? – Pergunto pegando na mãozinha dele.
— Mostlo...o lobo é glandão, igual a do vovô...
— Eu não sabia que você já tinha visto o lobo de meu pai.
— Minha vovó mostro...quelo meu papai...
Leandro levanta e me olha, eu atendo o sinal e o sigo um pouco afastado de Miguel.
— E agora? Ele não vai ceder.
— É, eu sei Leandro, será que isso vai fazer mal a ele?
— Boa pergunta.
— Talvez eu devesse ter-
— Nem complete essa frase, ele vai ficar bem, não acho que isso vá deixar ele assim pra sempre, uma hora ou outra ele esquece.Resolvi seguir o que Leandro disse, Miguel não negava comida, mas não queria brincar, nem de mesmo de aviãozinho.
— Jayke? – Leandro vem até o banheiro onde estou dando um banho em Miguel – Eu preciso ir me encontrar com seus irmãos agora, sua mãe vem te buscar – Ele me dá um celinho e um beijo na testa de Miguel. Escutei a porta bater, me deu uma tristeza no peito.
Terminei o banho de meu bolinho e vesti uma roupinha qualquer.
— Tava me esperando né? Eu sei pode falar – Diogo entra pela porta sentando do meu lado no sofá.
— Papai! Papai!
— Meu bebê! – Diogo pega Miguel e o enche de beijos.
— Vai babar meu bolinho todo – Falo puxando Miguel pro meu colo.
— Largue de ser ciumento – Ele pega Miguel, sim eu tava com ciúmes, o bebê é meu.
— Não é ciúmes!
— Papai! Papai! Saudade!
— Duvido ele ter dito isso pra aquele cachorro.
— Não fale isso perto dele, ele fica repetindo.
— Eu não aguento, só de pensar que ele- – Diogo me olha e sorri – Quer tomar um banho comigo não?
— Sabe o que eu quero? – Chego perto tampo os ouvidos de Miguel e faço cara de malícia – Eu quero que você vá tomar – Mordo canto dos lábios.
— O que em? – Ele se aproxima mais.
— Eu quero muito...que você...
— Fale, eu o que?
— Que você vá tomar na rodela do seu cu! Seu corno inútil – Tiro a mão do ouvido de Miguel e dou um peteleco na cabeça de Diogo.
— Que crueldade, eu vou te processar – Ele faz cara de dengo – Seu amigo Nan é do seu tamanho, achei que você fosse menor.
— É, eu também achava que... é o que! Você viu meu amigo?
— Sim quando estava colocando Margarida no carro Rangel passou por mim e gritou "olha só! Um corno de pau pequeno" quando eu olhei seu amigo tava no banco de trás e arregalou o olho para mim, soube na hora que era ou pra falar com você, ou pessoa que te matei.
— E pq você não o salvou!? Ele poderia estar aqui!
— Tá doido, se ele pega a Margarida na hora que eu tivesse pegando seu amigo, minha mãe voltaria a vida e cortaria meu pau.
— O número da-da-daaaaa!
— Calma, se ficar gritando no meu ouvido vou ficar surdo – Ele coça o ouvido e Miguel imita ele – A placa eu nem me toquei em olhar, mas tinha um 0.
— Obrigada, isso vai ajudar bastante, só existe um carro com 0 na placa, isso é certeza.
— Tanto faz.
— Meu amigo tava bem.
— Se tava bem? Seu amigo parecia tá mais cuidado que eu e você juntos, só faltou uma coroa na cabeça dele.
— Não brinque com coisa séria.
— É sério, ele tava muito bem e pelo que eu vi ele ainda tá grávido, tava passando a mão na barriga.
— Que bom que ele ainda tá – Falo aliviado.
— Ou então era bosta – Diogo vai na gargalhada – Ou então gases – Ele ri eu do um tapa nele.
— Não – Miguel fala cruzando os braços e Diogo ri.
— Com um guarda desses não temerei.
— Diogo, me responda por favor, não minta – Ele me olha sério – Você conseguiria achar Rangel?
— Não. É claro que sim! – Recebo um peteleco na testa – Eu o conheço desde criança, sei como aquele bundão pensa. Assim como também sei que ele não machucaria seu amigo, e assim como também sei... – Ele me encara – Que ainda se te algo por mim, sei que minha presença mexe com você.
— Para.
— Ok.
— Por favor ache meu amigo... Te dou tudo que você quiser.
— Tudo? Não diga aquilo que não está pronto pra ceder.
— É sexo que você quer?
— Hum... quero mais o Miguel.
— Você quer mais é rola! – Miguel me olhou – Não repita isso que é feio.
— Se eu ficar uma semana com ele, eu acho o Nan e informo onde – Ele fica pensativo – Um mês com Miguel.
— Um mês é muito.
— Três semanas.
— Isso equivale a uma mês! Uma semana!
— Calma, vai me deixar surdo. Dez dias e encontro seu amigo no quinto.
— Não! Não quero! Não posso ficar longe dele.
— Você pode me achar a pior pessoa do mundo por tá te fazendo escolher entre seu amigo e essa bolinha de gente, mas... eu sei que serão poucas as vezes que poderei estar com Miguel, então preciso aproveitar.
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Preso Nas Garras De Um Lobo Perverso
LobisomemEssa história é continuação do livro MINHA DOCE COMPANHEIRA VOCÊ ME DEVE UM BOQUETE (também escrito por mim), num entanto não é TÃO nesessario ler o primeiro livro já que não menciono muita coisa dele. AVISO: TEM CONTEÚDO GAY, SE NÃO GOSTAR NÃO LEIA...