*Jayke narrando*
Acordei com uma tenebrosa dor todo meu corpo. Diogo me olha totalmente sereno em pé ao meu lado, parecendo até aqueles psicopatas de filmes que observam as vítimas dormindo.
— Meu corpo....tá doendo muito... Diogo...
— Eu sei... – Ele dá a volta senta do meu lado – Desculpa...
— Quê?
— Desculpa... não dívida ter feito isso, peguei muito pesado dessa vez.
— Desculpa?! Desculpa?! Pegue suas desculpas e enfie no seu cu! Não consigo mexer nenhuma parte de meu corpo que dói tudo! E você me pedi desculpas! Se quer se desculpar, me deixe ir embora! Me deixe seguir minha vida! Traga de volta às memórias de minha família! Pare de me estuprar e me esqueça! – Digo chorando.
— Não posso.
— Sim você pode! Assim como pode estuprar, sequestrar e me assustar o tempo todo! Você pode me deixar ir!
— Sabe pq pareço ter tanta raiva de sua família?
— Não! Dá minha família não! Você tem raiva de mim! Você quer me matar né?! Só pode! Eu não aguento mais você! Eu achei que fosse me deixar em paz depois do primeiro estupro! Mas você não deixou! Piorou minha vida de um jeito que até o diabo dúvida! Seu desgraçado! – As lágrimas caiam sem controle...
— Seu pai matou o meu pai e eu jurei vingaça contra a família dele.
— Meu pai...matou seu pai...?
— Sim, Renan era o nome dele...
— Se pai quase matou minha mãe, minha irmã e minha tia! Meu pai salvou vida de tanta gente que você não faz ideia!
— Se pai machucou tanta gente que você não faz ideia! Minha mãe nunca consegui esquecer ele! Ela nunca disse tchau a meu pai! Ele não teve nem direito a um enterro digno! Eu vou me vingar! E desconheço melhor jeito que atrás do filho preferido! Seu pai já está com todas as memórias restauradas assim como todos os outros! Vou acabar com aquela família! A começar por você!Ele levanta da cama e me olha com sangue no olho.
— Me mate Diogo...
— O que?
— Me mate e acabe logo com isso, não quero mais sofrer nas suas mãos... nunca mais.
— Eu não conseguiria... talvez não começo sim, mas agora... agora sei que nunca conseguiria...
Ele se retira do quarto e eu fico lá, deitado com dores por todo meu corpo.Fiquei ali deitado por um bom tempo, Diogo trouxe meu café e saiu na cama e me deu banho, eu reclamei o tempo todo, mas ele não demostrava nenhuma reação.
...
Se passaram uma semana e eu já estou melhor, consigo andar sozinho, Diogo ainda prepara tudo que eu como, me trás uns analgésicos que melhora minhas pernas dores.
Neste momento eu estou deitado na cama e Diogo está sentado de costa para a porta de vidro do quarto. Ele ficava assim o dia todo, olhando o mar ir e vir, sentindo o vento no rosto.
O meu diálogo com ele já não existia...Diogo nunca mais dirigiu uma palavra comigo e nem eu com ele...Diogo levantou se transformou em lobo e saiu correndo, e eu fiquei lá.
Levantei da cama e fui em direção a cozinha, tava com um pouco de fome, talvez tivesse algum doce pra "adoçar" minha vida.
Aceite! Tinha um pote de doce de leite na geladeira. Peguei o pode, uma colher, sentei na mesa e comecei a comer, adoro doce.
Comi quase tudo, depois guardei o restinho que havia sobrado. Segui para sala e liguei a tv, o que eu nunca havia feito antes, sentei no sofá e fiquei assistindo um desenho animado.— Jayke? – Escuto Diogo me chamar e levei um susto – Vá pra cama. Esse sofá não é bom para se dormir.
Não respondi nada, apenas o olhei, na hora de acabar comigo ele não se importou.
Diogo sai e vai em direção ao quarto, desligo a tv e também vou em direção ao quarto.
Já era noite, dormi muito, meu sono nunca vai chegar.
Deito na cama e não demorou muito para Diogo deitar também, sempre do mesmo lado da cama e do mesmo jeito, de costas para mim.Deu 00:00, 01:00h da manhã e eu ainda não tinha sono.
— Não... – Diogo falou baixinho e levei um susto. Diogo virou para mim e falou novamente.
— Não...
Fiquei deitado olhando e ouvindo cada palavra.
— Mãe...te amo...
Será que ele sempre falava dormindo e eu nunca ouvia?
— Prometo...vou cuidar dela... Margarida crescerá como uma princesa...te prometo mãe... – 'Que fofo'
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Preso Nas Garras De Um Lobo Perverso
Hombres LoboEssa história é continuação do livro MINHA DOCE COMPANHEIRA VOCÊ ME DEVE UM BOQUETE (também escrito por mim), num entanto não é TÃO nesessario ler o primeiro livro já que não menciono muita coisa dele. AVISO: TEM CONTEÚDO GAY, SE NÃO GOSTAR NÃO LEIA...