*Jayke narrando*
— Você tá mentindo! – Foi a primeira vez que Leandro falou assim comigo.
— Não tô...
— Jayke. Eu não suporto mentiras! Me diz! Me diz agora!
— Eu nem tenho certeza...
— Jayke! – Respiro fundo.
— Ontem... lá no parque...eu me... eu me...eu me encontrei com Diogo...acho que meu lobo não te deixa me tocar pq ainda o deseja...
— Pq não me contou isso?
— Achei que não fosse fazer diferença.
— E o Miguel?
— Ele o reconheceu, chamou por ele...mas não abriu os olhos.
— Até quando ia esconder isso de mim?
— Desculpa...
— Já parou pra pensar se ele seguiu a gente? Já parou pra pensar se quando formos dormir ele invada aqui e leve você e meu filho?!
— Não fala assim comigo...
— E eu vou falar como?! – Ele se levanta e vira para mim – Você disse que seu lobo o deseja! Mas e você?! O deseja! – Não respondi nada, fiquei calado, não tinha o que dizer... – Francamente... – Ele pega o celular de cima da comodazinha – Pietro?
— Não! Meu pai não! – Ele sai do quarto batendo a porta. – Leandro! Leandro! – Digo correndo até ele.
— Eu sei! Eu sei! Não tenho certeza, ele pode tá nos vigiando agora, ou até mesmo nosso filho.
— Leandro... Leandroooooo.
— Certo – Ele olha sério – Fale.
— Não precisa fazer tempestade em copo d'água! Ele não nos seguiu! E não vai nos machucar!
— Como você tem tanta certeza?!
— Eu apenas sei...
— Não é o bastante.
Ele me agarra no braço e me arrasta até o quarto.
— Vista uma roupa. – Logo em seguida me leva até o carro.
— Onde vamos Leandro?
— Para casa de seus pais, estaremos mais seguros lá.
— Não vejo necessidade disso.
— Eu vejo, e muita por sinal.
Ele liga o carro pegando a rota para a casa de meus pais.
Quando chegamos lá minha mãe nos aguardava ansiosa.
— Filho! – Me abraça forte.
— Pra que isso tudo! Ele não vai matar ninguém! Pelo amor de Deus! – Digo me afastando do abraço e correndo para onde antes era meu quarto e adivinha quem tava lá...
— Miguelzinho! – Digo o pegando do berço, pq ele tem um quarto só pra ele, minha cama ainda estava ali, mas tinha umas coisas de criança.
— Papa.
— Ainda acordado né, igual a papai... não consegui dormir...vamos dormir agarradinho Miguel.
E assim eu fiz, meu bolinho bem gordinho e de olhos de mel em meus braços era tudo que meu coração precisava para se acalmar.
Na manhã seguinte não tive presa para descer, só acordei pq Miguel me fez acordar já que o mesmo despertou antes de mim.
— Preciso de uma escova... – Digo coçando o olho.
Levanto vou em direção ao banheiro e tinha um pacote com duas escolas ainda lacrado, peguei uma e deixei a outra.
Logo depois desci para tomar café, claro que com meu bolinho de gente, já era bem tarde, umas 10:00h, não tinha ninguém na cozinha mas tinha café e panquecas em cima da mesa, presumi que era pra mim.
Sentei e coloquei meu bolinho no colo e a cada vez que levava um pedaço da panqueca na boca, meu bolinho tentava comer, ria toda vez.
Esquentei uma mamadeira de leite pro meu bolinho e dei a ele, mas ele não se contentou e eu acabei dando outra ' né atoa que parece um bolinho' pensei.— Jayke? – Leandro me chama enquanto subo as escadas, mas eu o iginoro, estou bravo com ele.
— Jayke! – Ele agarra minha mão e eu puxo com força e meu bolinho começa a chorar.
— Não chora Miguel, não choro – Falo balançando ele de leve e isso o fez parar.
— Vamos conversar Jayke.
— Não quero Leandro! – Digo subindo o último degrau.
— Jayke – Esse olhar dele... – Não fique bravo comigo. Né Miguel? – Ele fala apertando a bochecha de Miguel o fazendo rir – Tá vendo? Nem ele quer que você fique bravo comigo.
— Como não ficar? Você tá me prendendo!
— Quem tá te prendendo? Você pode sair quando quiser.
— Não é assim!
— Olha Jayke – Ele pega Miguel no colo – Eu te promete no dia do nosso casamento, que você e essa coisinha fofa – Ele beija a bochecha de Miguel – Sempre estariam seguros e nunca deixarei que machucassem vocês dois, isso nunca aconteceu, e nem vai. Esse tempo aqui logo vai se acabar e voltaremos para casa.
— Promete?
— Com toda certeza.
— Vai me dá uma caixa de chocolate – Digo olhando pro chão.
— Te do até três – Rimos.
— Já que é assim – Pego Miguel – Quero as três.
— Ganancioso!
— Hahaha! Você não viu nada!
Sigo para meu quarto.Tava brincando com Miguel, ele parou e ficou me encarando com aqueles olhos redondinhos.
— Miguel? – Ele continua me encarando, apenas piscava – Miguel? – Toco nele o mesmo se acaba na gargalhada. Não gosto quando ele fica assim, me olhando com esses olhos grandes, fico meio assustado mesmo ele sendo um bebê, as vezes penso que ele senti Diogo – Faça mais isso não Miguel – Passo a mão na cabeça dele e dou um beijinho – Assim você assusta seu pai.
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Preso Nas Garras De Um Lobo Perverso
LobisomemEssa história é continuação do livro MINHA DOCE COMPANHEIRA VOCÊ ME DEVE UM BOQUETE (também escrito por mim), num entanto não é TÃO nesessario ler o primeiro livro já que não menciono muita coisa dele. AVISO: TEM CONTEÚDO GAY, SE NÃO GOSTAR NÃO LEIA...