40° Capítulo

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Feliz Ano Novo! (Era para ter sido no Natal, mas eu esqueci 😅)

Tem alguém lendo esse livro que já leu o primeiro?🤔

*Jayke narrando*

A noite toda ouvi Diogo falando, parecia que a mãe dele tava ali naquele momento, e isso me fez lembrar das minhas mães...minha mãe Cálice era cruel  com minha mãe Cristal, e a raiva, a cobiça e aquela paixão doentia que ela sentia por meu pai a levou a tudo isso, como seria minha vida se ela tivesse viva? Ou se ela não sentisse raiva da minha mãe Cristal...Adormeci quando o já estava bem claro.

Olhei para o lado e meu café estava encima da cômoda, fui fazer minha higienes , sentei na cama e tomei meu café e resolvi fazer uma caminhada, não quero ficar deitado na cama para sempre.
Assim que pisei o pé na areia veio aquelas cócegas e eu ri.
Andei um pouquinho até chegar na beira do mar. Diogo estava parado, olhando o horizonte. Sei o que ele fez comigo, sei disso mais que ninguém, mas também sei que preciso que ele me leve até a socialização.
Me aproximo também com os pés na água.
— Você fala dormindo – Início o assunto, parecia que ele tava em outro mundo.
— Am? O quê? – Ele disse chacoalhando a cabeça.
— Você fala dormindo.
— Ah tá, entendi. Clara e Margarida já me disseram isso...o que eu falo?
— Não muito, parecem mais fragmentos de suas memórias... você fala muito...ou melhor... parece estar conversando...
— Com quem?
— Sua...sua mãe... – Diogo respira fundo – Parecia que ela estava na sua frente...
— Eu sinto muito falta de minha mãe...
— Eu também... principalmente de minha mãe Cálice...eu não cheguei a conhecer ela...meu disse que tenho o jeito dela de quando tinha minha idade...mas eu não acredito – Nós dois rimos.
— Vou entrar. – Diogo me dá as costas e vai em direção a casa.

Tiro minha camisa e entrei no mar, não estava muito forte e assim estava perfeito.
Depois sai do mar e fui toner um banho para tira "o sal do corpo".
Depois do banho fui comer o resto de doce de leite e assim que entrei na cozinha o pote tava vazio encima da pia.
— Poxa... – Falei cabisbaixo.
Mas isso não me desanimou e fiz brigadeiro, sei que já tomei café, mas quando penso em doce, eu não me controlo.
Fiz e coloquei num prato de vidro e só faltava esfriar, então resolvi ligar a TV e assistir algo, fiz isso durante um tempo e voltei pra comer. Quando olhei pro prato Diogo havia comigo metade de meu brigadeiro.
— Mísera! – Falei bem alto. Não ia comer tudo, mas era meu!

Sentei e comi o resto enquanto lembrava de quando eu e Nan fazíamos isso e conversamos e falávamos mal de quase todo mundo.
Eu corri na pela areia por um tempo, mas não na forma de lobo, não sei se tinha forças ainda pra isso, almocei na mesinha que ficava de frete para o mar, Diogo jantou comigo, mas não falamos nada um com o outro.

Pela tarde enquanto assistia tv ouvi um barulho de barco.
— Levanta, tome um banho, vamos para um apartamento na cidade, preciso visitar Margarida – Diogo disse para mim e claro que não pensei duas vezes, corri para o quarto e vesti uma roupa qualquer, seria minha chance de ir embora daquela da vida desse homem.
Assim que cheguei na praia tava Dilan com um chapéu de capitão e Diogo sem paciência.
— Vamos Jayke, entra logo. – Disse Dilan, entro no bote e Dilan vai remando.
Entrei no iate, logo atrás de mim Diogo e Dilan.
Não trouxe nada, até pq vou dar trabalho, ele que lute pra me da roupa. Sento na parte de dentro do iate, ou seja, na cabine Dilan e Diogo ficam na parte de cima.
Demorou muito, mais muito mesmo para chegar a uma cidade.
— Vêm. – Diogo disse e eu o segui.
Saímos do iate.
— Cadê Dilan?
— Já tá longe daqui. Vamos, temos que pegar carro ainda. Me dá a mão.
— Pq?!
— Me dê logo – Ele agarra me braço e sai me arrastando.
Entramos num carro branco e ele começou a dirigir, ficamos completamente calados.
Diogo parou o carro e eu fiquei assustado.
— Desce do carro – Diogo disse de cabeça baixa.
— O quê?
— Você está livre, pode ir. Não vou mais te prender.
— Espera, o que? Não que eu não queria ir embora, mas pq tá me deixando ir?
— Pq eu...eu vou...eu sei que... que não importa o quanto eu tente...eu sei que...que sempre vou acabar te machucando... e quando faço isso... não me sinto nada bem...pode me julgar a vontade, eu sei que fiz muita merda com você, por tanto não vou mais te machucar, uma vez disse a minha mãe que quando achasse meu companheiro cuidaria com minha vida... mas eu não te protege nem de mim mesmo...está livre – Ele pega uma passagem na mão e me entrega – Vai te levar ao território de seu pai, são algumas horas de viagem – Pego a passagem totalmente sem palavras, saio do carro – Dê isso a seu pai – Diogo de entrega um envelope a mim pela janela – Isso aí é o acordo que proíbe estupro e tudo de ruim contra os ômegas, está assinado por mim, aí também tem dinheiro para você comparar algo para comer.
— Obrigada, por mim e pelos outros ômegas...
Atravessei a rua, estava a quilômetros de distância da felicidade! De volta a alegria. Voltei correndo para onde estava o carro de Diogo.
— E a mordida! Como?! Como?!
— Dilan anulou quando estávamos no iate, não é bem a ligação, já que se fozesse isso nos lobos sofreriam, cortou apenas a marca, pode seguir sua vida normalmente...
Não respondi, sai correndo dali e fui para a rodoviária.
— Moça!
— Calma jovenzinho – A moça que vendia passagens falou rindo.
— Que horas sai esse ônibus? – Mostro a passagem.
— Nestante, já pode entrar se quiser.
— Obrigada!
Digo correndo, entro no ônibus e sento na janela segurando firme o envelope.

Preso Nas Garras De Um Lobo PerversoOnde histórias criam vida. Descubra agora