Preso Nas Garras De Um Lobo Perverso

02° Capítulo

*Jayke narrando*

Eu tenho 14 anos e minha primeira transformação aconteceu, eu estava no meu quarto ouvindo música junto com Rubi, na verdade eu ouvia ela dormir.
Meu corpo do nada começou a doer, parecia que meus ossos estavam se quebrando.
— Rubiii!! – Gritei minha irmã.
— Jayke! O que foi? – Ela pergunta espantada, eu estava apertando a cama onde eu e ela estávamos deitados.
— Meus ossos! Vão se quebrar!
— Pai! Mãe! – Rubi gritava por meu pai da porta do quarto, que bom que ela não me deixou sozinho, eu fiquei com muito medo.
— Rubi! O que foi? – Minha mãe pergunta com a mão no coração.
— Jayke tá com os ossos doendo – Minha mãe corre até mim.
— Jayke! Jayke! Olhe pra mim – Eu rolei da cama e cai no chão, tudo doía – Jayke!
— Cristal, deixe comigo – Escuto meu pai falar, ele vai até onde estou, me vira de frente pra ele – Jayke, você tem que relaxar, precisa deixa acontecer, vai ser dolorosos, mas ficará melhor, confie em mim.

Fiz o que ele disse, tentei ao máximo até que me transformei, realmente depois de tudo aqui aliviou, mas...eu agorao era um lobo, fiquei feliz, mas desmaiei. Abri os olhos e estava deitado na minha cama com meu pijama antigo de carrinhos, eu não cresce muito, mas tenho certeza que esse pijama foi ideia da minha mãe, segundo ela fico fofo com esse troço feio, eu só tenho 1,65 o que não gosto nem um pouco, minha irmã tem 1,73 e meu irmão mais velho 1,82 todos são altos, exceto eu e Cristal...o que é injustiça, mas eu estou muito feliz por finalmente ter virado lobo.
Sou tirado de meus pensamentos quando Joana entra no quarto junto com minha mãe, meu irmão mais velho Júnior, minha irmã Rubi e meu pai, pensei logo que tinha feito algo de errado.
— Você está bem irmãozinho – Júnior pergunta vindo até mim e passando a mão no meu cabelo.

— Acho que tô – Falo tirando sua mão do meu cabelo – Não bagunça ele – Digo em relação ao meu cabelo, Júnior ri e bagunça de novo.
— Júnior, não abuse seu irmão – Meu pai fala meio sério, tava todo mundo meio triste e com caras de sérios na verdade.
— Vocês estão bem? – Pergunto olhando pra Rubi.
— Sim, nós só estávamos preocupados... – Rubi tava mentindo.
— Rubi, não gosto que fiquem mentindo pra mim.
— É o seguinte meu amor – Cristal vem e senta na beirada da cama – Você sabe o que é um ômega lúpus né?
— Sim... não não sei...
— Vocês podiam sair pra mim falar com ele?
Cristal quase nem terminou de falar e já estavam saindo, até Joana saio. Olho pra Cristal com medo.
— Ômegas lúpus são os mais fracos das raças dos lobos, eles são bem raros...
— Eu sou ômega lúpus...num sou – Falo olhando pro lado.
— Sim...mas não se preocupe, seu pai tá aqui pra te ajudar, e você também tem a mim, eu também sou ômega.
— Mas você não é a mais fraca.. – Falo com o olho cheio de lágrimas, não queria ser ômega lúpus.
— Quem disse?! Eu sou bem fraca também. Mas o que tô tentando dizer é que não tem pq ficar triste, você é você, e é a pessoa mais linda do mundo, não importa se alfa, se ômega ou beta o que importa é o que temos aqui – Cristal aponta pro meu coração
— Então você não vai me odiar?
— Não! Ninguém vai!
— Nem o papai?
— Não. Tenha orgulho de que você é meu bem, tudo que você tem é especial – Cristal fala já me abraçando. Ela não é minha mãe de sangue, mas é como se fosse.