47° Capítulo

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*Jayke narrando*

Com oito meses de vida meu bebê não para quieto, principalmente agora que está engatinhando e ficando em pé. Para minha sorte ele não rejeita Leandro, pelo contrário, é um apego que nem eu entendo, mas quando ele começa a chorar, o que é bem raro, só eu faço ele parar.
— Miguel? – Digo alisando a barriguinha dele o fazendo sorri – Que menininho mais lindo – Ele continua sorrindo – Você quer brincar? Você quer que eu sei – Pego ele do berço e vou até a cozinha, pego um pacote de pipoca e vou a sala assistir e brincar com ele.
Sento no chão e o coloco a minha frete, sintonizo em algum desenho animado, sim! Mesmo aos 19 anos ainda gosto de desenhos.
— Toma – Entrego a Miguel o seu ursinho favorito e que por coincidência foi meu pai que deu, é um lobinho de pelúcia branca e preta de olhos grandes e verdes. Ele pega com aquelas mãozinhas gordinhas e abraça.
Miguel ainda não aprendeu a falar, ou não quer, eu não sei, quer dizer, ele diz papa, e umas palavras todas emboladas, mais é normal.
— Jayke? – Leandro entra na sala sentando do meu lado e me dando um celinho, Miguel me encara curioso e eu fico com vergonha – Vamos fazer um passeio no parque? Tô afim de dá uma voltinha.
— Pode ser – Coloco Miguel na cadeirinha do carro e vou para frente no banco carona com Leandro.
Quando chegamos no parque coloquei Miguel no carrinho e ficamos andando, ele acabou dormindo e isso não é surpresa.
— Quer sorvete? – Leandro pergunta olhando um carrinho de sorvete.
— Sim.
Ele vai até lá e eu fico em pé o esperando. Quando viro para o lado Diogo me olhava de longe, meu coração começou a bater forte e minha voz para gritar Leandro sumiu. Diogo começou a se aproximar e eu travei.
— Oi Jayke...a quanto tempo... – Não digo nada, apenas o olho – Seu filho? Quantos meses.
— Quatro! Nasceu prematuro – Respondo rápido.
— Está bem grande para quem nasceu prematuro – Ele se abaixa um pouco e passa a mão no rostinho de meu filho.
— Papa – Miguel murmurou.
— Parece que ele está sonhando com você – Miguel agarra o dedo indicador dele eu quase pego ele no colo e saiu correndo.
— Papa... – Poha Miguel, faz isso comigo não.
— Que fofo... – Se Miguel abri os olhos tenho certeza que ele vai saber que é filho dele – Então... você seguiu sua vida...que bom – Diogo tira o dedo de perto do meu filho e me encara curioso – Pq seu parceiro ainda não te marcou?
— Pq...pq... pq ele... – Tava quase entregando tudo, tem algo dentro de mim que fica desconfiado quando ele estar por perto, acho que é meu lobo o chamado.
— Jayke! Chocolate ou flocos?! – Leandro gritou ao longe. Salvo pelo gongo!
— Chocolate! – Responde ao grito, nem lembrei de Miguel ali dormindo.
— Tchau Jayke. – Diogo diz dando as costas para mim e seguindo em frente.
— Tchau... – Digo quase num murmuro.
— Toma seu sorvete – Leandro me entrega meu sorvete na casquinha.
— Obrigada...
— Quem era?
— Quem? – Ele viu, que merda.
— O homem que estava aqui.
— Ah tá, era um cara que eu tinha conhecido na escola.
— Hum...quer voltar?
— Não, vamos ficar um pouco mais, essa tarde tá perfeita – Diogo não vai estragar minha vida.

Acabamos ficando por lá durante um bom tempo, o sol já está se pondo quando formos embora e Miguel já havia despertado.
Assim que chegamos em casa dei um banho em Miguel e o mesmo dormiu de novo e eu o coloquei no seu quarto.
— Leandro... – Digo entrando e fechando a porta – Acho que está na hora de você me marcar...
— Mas ainda não é seu cio.
— Amanhã será, irei deixar Miguel na casa de meus pais, assim teremos mais privacidade.
— Sério Jayke!? Que maravilha! Irei até tomar um banho depois dessa – Ele diz se dirigindo ao banheiro.
Deixar que Leandro me marque já não é uma escolha ou opção, é uma necessidade, pareço estar sendo cruel, mas eu não quero Diogo perto de mim e de meu filho.

No dia seguinte, Leandro deixou Miguel na casa de meus pais. Fazia muito tempo que não tinha um cio, talvez por conta da gravidez, eu não.
Tomei um banho e estou esperando ele no quarto, deitado na cama só de cueca, tava atacado, o ruim do cio é isso, fica descontrolado.
— Jayke – Ele entra trancando a porta e já tirando a camisa.
— Leandro – Digo o puxando para mais perto de mim e dando um beijo selvagem.
— Um Jayke mais agressivo, gostei disso. – Leandro virou me fazendo ficar por cima dele.
O viro fazendo ficar por cima de mim, me viro de barriga para baixo.
— Por favor, me torne seu! Eu quero ser marcado!
Leandro aproxima sua boca de meu pescoço me dando um beijo suave na nuca o que me vez arrepiar, assim que ele colocou a presas perto do meu pescoço fiquei sem ar. O empurro e ele se assuste.
— O que foi isso? – Ele pergunta passando a mão na barriga, acho que empurrei muito forte.
— Eu fiquei sem ar, do nada!
— Você quase atravessou minha barriga com sua mão.
— Me desculpa. Acho que meu lobo tá rejeitando você...
— O que? E pq só agora?
— Não sei...
— Você tá mentindo!

Preso Nas Garras De Um Lobo PerversoOnde histórias criam vida. Descubra agora