24° Capítulo

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*Jayke narrando*

Estou muito feliz, meu pai não me impediu de viajar, mesmo estando só eu e Rubi, claro que tive que insistir e dizer que iria ligar pela tarde e de noite, mas tô muito feliz.
- Ansioso? - Rubi pergunta enquanto dirige o carro alugado.
- Sim! Rubi, você vai pra festa comigo?
- Que festa?
- Nan disse que teria uma não muito longe de onde vamos ficar.
- Não sei...
- Poxa...vaiiiii vamos!
- Ok.
- Sério? Assim do nada? Que milagre foi esse?
- Nossa mãe conversou comigo, Júnior, pai e até mesmo nossos tios pra ninguém ficar te tratando como um boneco de porcelana, pq isso não vai te preparar pra vida, se cuidarmos tanto de você... você nunca vai está preparado pra vida, vai crescer mimado e sem saber se proteger.
- Nossa... isso foi profundo - Digo olhando pra frente vermelho.
- Nós vamos a festa, vamos nos divertir, catar, beber! Mas não passe dos limites! Não tô aqui pra ser sua babá!
- Não irei ficar bêbado, tomarei muito cuidado.
- Que bom.

O caminho até o hotel onde íamos ficar foi cheio de risos e muita conversa, Rubi falava muita merda e disse que tava sentindo que algo bom fosse acontecer, espero que seja um namorado.
Quando chegamos no hotel era tudo muito lindo, meu pai pagou a cobertura e é maravilhoso, tem três quartos, certeza que Júnior e Nan vão dormir juntos.

- Jayke.
- Oi Rubi.
- Eu vou ficar com o quarto mais distante, vc vai ficar com o quarto do meio ou o primeiro?
- Não! Eu não vou ficar ouvindo os gemidos do Nan a noite toda.
- Calma seu assombrado. Os quartos ficam bem distante um dos outros.
- Tem certeza?
- Sim, eu já vi todos quartos.
- Qual tem uma sacada?
- O do meio tem uma maior que o primeiro e a ponta é de vidro então dá pra ver o céu todinho.
- Então eu quero esse!
- Certo, vamos por nossas coisas no devido lugar.

Eu e Rubi arrumamos nossas coisas e fomos pro sofá comer pipoca e assistir um filme, ainda era tarde e o clima estava ótimo.

- Acho que vou me transformar pra correr um pouco... - Rubi fala colocando uma pipoca na boca.
- Posso ir? - Pergunto enquanto olho pra tv.
- Pode, faz tempo que você não se transforma, isso faz muito bem, mas fique perto, aqui não é nosso território, então não tente nada estúpido.
- E de quem é?
- Não sei ao certo, acho que o nome dele é Fernando.
- Ufa!
- Achou que era de Diogo? - Ela pergunta num tom de ironia.
- Sim.
- O território do Diogo é bem longe daqui. Não tem com o que se preocupar. Mas sinto que algo vai acontecer.
- Algo bom como no carro?
- Não, eu não sei, pode ser só intuição...mas acho que não é uma boa ideia a gente sair...
- Poxa...vamos! Você é uma alfa de 19 anos, somos filhos de um Supremo! Podemos tudo! Vai ser legal.
- É! Acho que você tá certo! Quando é mesmo a festa?
- No dia em que o Nan chegar! Tô muito ansioso.
- Vamos logo sair daqui e nos transformar, tô tão feliz!
- Mas e a intenção.
- Acho que era mais medo de você se machucar - Olho pra ela meio bravo - Mas já passou! Ok?!
- Tá. Vamos correr!

Eu e a Rubi decidimos nos transformar um pouco afastado das pessoas, preferimos não nos transformar por lá pq Rubi sentiu cheiro de humanos, e como não sabíamos se eles estavam doentes da nossa existência, foi melhor.

Corríamos bem felizes, claro que ela era muito mais rápida, e de vez em quando ela parava e me esperava.
Nós chegamos a uma parte da floresta realmente linda, as árvores eram muito mais bonitas, tinham aquele verde fascinante, Rubi ficou ainda mais fascinada que eu.
Corria um pouco mais atrás quando um lobo pulou em cima dela, a ouvi grune assim que aquele troço a pegou.

Rubi foi pega destruída, e parece está machucada, mas isso não a derrotou ela está em posição de ataque e eu tô olhando.

— Jayke! Corra! – Rubi fala rosnando.
O lobo que ela enfrentava era homem, era um dominante, tô com tanto medo que não consigo correr.
— Pode tentar correr ômega! Mas assim que eu pegar essa daqui vou atrás de você só pra me distrair, irei te estraçalhar por inteiro – O lobo inimigo fala olhando pra minha irmã.
— No meu irmão você não toca! – Rubi rebate, ela é alfa, mas não é dominante... ele é, o que faço?
— Vamos ver. – O inimigo fala assumindo posição de ataque.
— Gente! Não briguem! Por favor!
— Foi ele quem começou! Mas vou até o final! – Rubi me responde.
—  Não seja tão confiante, adoro alfas como você, isso vai ser divertido.
Tô achando que isso vai dá merda, eles ainda não atacaram, mas estão se olhando meio torto, tô com medo...
— Desgraçada! Se livrou! – O inimigo fala se sentando ainda na forma de lobo.
— Se livrou? Não entendi. – Digo olhando pra Rubi que me olha com ódio.
— Esse filho da puta é meu companheiro.
Quase desmaiei quando ouvi isso, Rubi volta a sua forma  humana e eu também.
— Ele? Logo esse?
— Infelizmente não escolhemos isso – O inimigo fala voltando a sua forma normal, está só de calça e tira uma tatuagem de uma pata de leão no peito esquerdo, era bombadinho e muito bonito. Rubi fica vermelha quando o vê se transformar e olha pro lado.
— Droga... – Escuto ela murmurar com a mão na boca.
— Sou Nícolas. Muito prazer Rubi. – Que olhar malicioso é esse pra cima da minha irmã?!
— Vai pro inferno desgraçado! – Rubi está com a jóia que deu origem a seu nome, ela está completamente vermelha.
— Não seja tão agressiva – Nícolas fala se aproximando dela bem devagar, eu estava ali só pra marca presença, parecia uma árvore.
— Não chega perto da minha irmã! – Digo correndo até ela e ficando em sua frente.
— Sai daí que ninguém te chamou na conversa. – Nícolas diz chegando bem perto de mim, eu nunca vi Rubi tão vermelha, ofegante e sem graça.
"Espera um pouco! Vermelha e ofegante!"
— Rubi... você tá entrando no cio? – Pergunto me virando e cochichando.
— Não me culpe... aconteceu... – Rubi fala ainda olhando pro lado, pq o cio dela é diferente do meu? Que injustiça.
— Saí daí ômega! – Nícolas diz me agarrando na cintura com as duas mãos e me jogando longe, cai no chão, mas por sorte tinha muito folha seca e o tombo não foi tão ruim.
— Agora...Rubi, vamos conversar – Nícolas diz se aproximando dela e Rubi se afastado dele, até que se bate em uma árvore.
— Sai de perto de mim...– Minha irmã está indefesa perto dele.
Nícolas levanta o rosto dela a fazendo olhar nós olhos dele.
— Rubi. Não gosto que fiquem me ignorando! – Nícolas diz olhando pra ela.
— Sai... – Rubi o empurra, mas parecia que nem tinha forças.
— Não – Nícolas segura as mãos dela e a olha a apertando mais com seu corpo – Tá sentindo? Meu corpo pede você, e o seu o meu, vamos fazer isso.
Nícolas tá querendo transar com minha irmã!
— Sai de perto dela – Digo correndo e tentando puxa ele pelo braço.
— Jayke... – Rubi fala me olhando – Tá tudo bem...pode soltá-lo...
— O que? Mas...mas...
— Tudo bem, isso vai acontecer uma hora ou outra...
— Mas ele é mal! – Digo soltando o braço de Nícolas.
— Não é...e se fosse não me machucaria – Nícolas não tira os olhos dela – Sabe voltar sozinho?
— Não sei...acho que sim...
— Então volte pro hotel, vô ficar bem...chego lá logo depois de anoitecer...
— Mas e se não chegar? – Pergunto com o olho cheio de lágrimas. Tava com muito medo de tudo que Nícolas poderia fazer com minha irmã.
— Que diabo! Ela já falou pra você ir! Vai logo! Não vê que queremos transar?
Fico meio sem jeito e pela reação da Rubi era verdade tudo que ele havia dito.
— Vá Jayke...vou ficar bem...

Não questiono mais, dei as costa e segui em frente.

— Vou adora isso. – Podia ouvir Nícolas dizer e logo depois beijar Rubi.
Me transformo e corro em direção ao hotel, quando cheguei já estava perto da hora do sol se pôr, tomei um banho e sentei no sofá pra terminar de assistir o filme.
Acabei adormecendo e desperto com o celular tocar, 20:00h.

— Alô, Oi pai
— Jayke. Esta tudo bem aí?
— Sim, tudo ótimo.
— Cadê Rubi? – O cu piscou de medo, se eu contar Rubi nunca me perdoaria, vou confiar nas palavras dela.
— Tá no banheiro, acho que doce de mais não foi uma boa ideia...
— Entendo, só liguei pra saber se tudo estava bem.
— Está, e os outros?
— Hum...sua mãe e eu resolvemos fazer uma pausa na vida e vimos pra um hotel pra relaxar, Júnior saiu com Nan pra fazer um piquenique e isso foi ontem hoje de manhã.
— Haha, piquenique...claro.
— É... claro que foi só isso – Assim como eu meu pai falava num tom de deboche, claro que não foram pra um piquenique, quer dizer... Júnior vai comer algo diferente chamado Natan.
— Eu vou tomar banho agora, até amanhã.
— Tchau, beijos.
— Pro senhor também.

20:04, minha irmã não chegou, será que algo aconteceu? Tô preocupado.

Preso Nas Garras De Um Lobo PerversoOnde histórias criam vida. Descubra agora