Penelope's POV
- Quis dizer que também quero que... – Omar respirou fundo – seja minha primeira e única.
Tudo bem, eu não estava preparada para ouvir o que ele disse.
Como poderia imaginar que o homem que estava ao meu lado nunca tinha dormido com alguém antes? Lindo, maior de idade, formado, independente e com uma vida social normal para um jovem adulto de 24 anos. Ninguém pode me culpar por estar surpresa.
- Ouvi bem? – Assentiu. – Como? Por quê?
Foi então que me contou que, quando mais novo, passava por sua cabeça que fôssemos os primeiros um do outro e que, ao nos afastarmos, deixou esse pensamento de lado. Senti-me desconfortável quando ele ficou com outras meninas, porém, que nunca havia conseguido chegar até o fim com elas. E isso incluía a tal Tanisha, que vimos se insinuando para ele na praia.
Confesso que fiquei aliviada. Já sai com outros rapazes antes, não poderia cobrá-lo sobre seu passado quando ele se demonstra tão compreensivo em relação ao meu, mas pensar que aquela mulher teria tido o corpo de Omar me embrulha o estômago.
Ao que parece, sua postura ao reencontrá-lo não passa de birra de quem sofreu uma rejeição.
Enquanto Omar falava, passei a alisar sua pele, abaixo do meu umbigo. Toda vez que as pontas dos meus dedos se aproximavam do elástico da sua calça de moletom, ele respirava pesado e me deliciava com sua reação. Não fazia meu gênero ter esse tipo de iniciativa, mas com aquele que havia me pedido em namoro horas antes era diferente.
Não passei de beijos quentes com meus ficantes – que nem foram tantos assim – e sei que seu estivesse disposta a ir para a cama com eles, aceitariam de bom agrado. Então, não entendia como meu namorado pôde ficar tanto tempo sem sexo, se os caras com quem sai só faltavam implorar para transarem comigo, como se a vida deles dependesse disso. Quis saber se não tinha sido difícil e a resposta foi bem ao seu estilo, de derreter meu coração.
- Difícil enquanto homem foi ter ficado tanto tempo sem ter a mulher que eu amo nos meus braços. – Lhe dei um suave selinho. – Só queria ter chegado a esse ponto mais experiente para te passar a segurança que você merece quando fizermos amor.
- Omar, não seja tolo! Isso não muda em nada o que penso e não afeta minha vontade de ter minha primeira vez com você. Na verdade, estou feliz porque teremos a oportunidade de aprender juntos a nos amarmos. – Sussurrei com o queixo apoiado em seu peito. – Se preferir, podemos começar aos poucos, sem qualquer tipo de pressão.
Sabia que corria o risco de parecer uma idiota dizendo isso, mas precisava deixar claro que realmente não me importava com o fato dele ser virgem como eu sou. Apesar de meu pai ser protetor ao extremo comigo, sexualidade nunca foi um tabu entre mim e mamãe. Em nossas conversas, ela falou sobre sua experiência, no caso, com meu pai. Sem detalhes, óbvio. Fiquei emocionada por sua primeira vez ter sido com alguém que amava de verdade e, no fundo, era o que eu mais queria: fazer amor e não apenas transar. Assim como Omar, por anos pensei que pudéssemos dividir esse momento. Também achei que isso não passaria de um desejo adolescente e hoje, a possibilidade disso acontecer me deixa nas nuvens.
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Hora de aceitar
RomanceCriados como primos, sempre foram alvos de brincadeiras de Keenan, pai do rapaz, sobre um possível relacionamento, tudo para tirar o melhor amigo Brian, pai de Penny do sério. O que eles não imaginavam é que as gozações tinham um fundo de verdade: O...