Capítulo 28

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Penelope's POV

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Penelope's POV

- Te espero na cama, amor.

Omar estava sentado em uma das poltronas da sala, aparentemente cochilando. Pus-me de pé, entre suas pernas, projetada em sua direção, com as mãos apoiadas no encosto do estofado. Seus olhos arregalaram no instante que a última palavra saiu da minha boca.

Tentei ler seu semblante. Ele estava surpreso e eu o compreendia. A ligação de papai desacelerou nosso amasso e o interrompi de vez quando pedi para tomar banho em seu banheiro.

Foi uma espécie de fuga, admito. Precisava me resolver, tinha assuntos pendentes comigo mesma e teria que ser antes de eu entrar no quarto do meu namorado. Apesar de termos tido várias experiências íntimas na viagem à Coney Island, não fomos até o fim, seja pela limitação de tempo, possibilidade de sermos flagrados, ou falta de privacidade. Aqui é diferente. Temos uma madrugada inteira sozinhos, sem chance de o meu pai bater a nossa porta do nada.

Bem, assim espero, pois do jeito que papai é ciumento, não seria impossível ele aparecer aqui no meio da noite.

Enquanto a água morna escorria pela minha pele, cheguei à conclusão que não tinha mais no que pensar: Eu o desejava tanto quanto ele me queria. Sentia-me finalmente pronta para me entregar a alguém. A alguém não, a ele, quem eu sempre amei e nunca esqueci.

- Na... Na... — Omar engoliu seco — Na cama? Segurei o riso para não deixá-lo constrangido. Adoro quando o desarmo desse jeito.

Meneei a cabeça positivamente. Para terminar de vez com sua confusão, o beijei. As dúvidas sobre meu comunicado morreram ali.

- Ok... Eu também vou tomar uma ducha. Nos vemos no quarto. — Sua voz saiu rouca, fazendo com que eu me arrepiasse. Ele apontou para a porta onde seria seu dormitório. Peguei meu celular e segui meu caminho, sentindo seu olhar sobre mim.

Antes de passar pelo batente, virei-me e o fitei, ainda sentado, apertando com força o braço da poltrona, sério.

Será que fui longe demais com as provocações?

O cômodo era bem sóbrio e masculino. Cores neutras e poucos objetos coloridos traziam contraste ao ambiente. Algumas roupas estavam em cima da cama e deduzi que ele teve tanta dificuldade quanto eu para escolher o que vestir em nosso encontro. Meu namorado me disse várias vezes durante o jantar que eu estava linda e me senti recompensada. Mal sabia que botei meu guarda-roupa abaixo para achar o bendito vestido que usei, um presente de mamãe que nunca havia usado. E ele, nossa, estava um espetáculo naquele terno azul.

Deixei meu telefone à vista e tomei a liberdade de juntar as peças e guardá-las em seu closet. Tirando essa pequena bagunça, tudo estava em seus devidos lugares, organizado até demais para um homem.

Ou talvez eu já estivesse acostumada com a bagunça do quarto de Nick.

Apaguei a luz, mantendo apenas os dois abajures ligados, cada um de um lado da cama de casal. Por um momento me questionei se, mesmo sendo virgem, alguma garota teria estado ali, em uma tentativa de me esquecer, como ele fez com Tanisha.

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